A primeira vez que alguém vê os desenhos hiperrealistas de Dirk Dzimirsky, possivelmente não dá muita atenção por pensar que se tratam de fotografias preto e branco. Daí quando alguém chama a atenção que, na verdade, são pinturas, a reação é de espanto ao olhar uma e outra e mais outra vez, sem acreditar no que os olhos estão vendo.

Ontem recebi algumas e-mails com críticas a minha crítica às obras da pintora de quadros de defuntos com cinzas, me desafiando a fazer melhor do que ela. Para começo de conversa eu não sei desenhar nem palito-man, sou uma negação com lápis ou pincel na mão ainda que um dia tenha me enveredado a pintar alguns quadros -que ficaram horríveis, lógico-. Mas isso não me impede de fazer comparações; eu não sou cego e (acho) tenho bom gosto. Vejam esta galeria de desenhos feitos a mão e digam se não é de babar.

O artista italiano Franco Clun usa apenas lápis e papel para criar seus retratos incrivelmente realistas que podem ser facilmente confundidos com fotografias, dado a riqueza de detalhes de seus traços. Acredite ou não, ele é um mestre do desenho autodidata que nunca estudou arte na vida. Aqui no MDig sempre achamos fascinante a arte do hiperrealismo e a coleção de artigos sobre este gênero de arte incrível que já postamos ao longo dos anos é a prova inconteste disso.

A Internet, como conhecemos na atualidade, mexeu com tudo no mundo, não há sistema, grupo, gênero, lazer, serviço que ela não tenha causado, pelo menos, uma pequena mudança. A arte -e a percepção dela- foi uma dessas áreas que sofreu um forte impacto com a interwebs, com destaque para o hiperrealismo, esta evolução do fotorrealismo que os críticos "entendidos" demonstraram uma recepção não muito favorável e que no início foi relegado a condição de "cópia", mas a rede e o gosto popular por estas obras mudou isso.