Não são poucas as pessoas, inclusive gente muito jovem, que sustentam a ideia de que existiu um tempo no passado onde todos viviam felizes, em uma espécie de mundo bucólico e simples sem as preocupações, pressões e condicionamentos do presente. Alguns poucos seguem achando que todo tempo passado foi melhor, enquanto outros consideram que em algum ponto de nossa história existiu uma época dourada, um paraíso terrenal estragado por nós mesmos, por nossa cobiça, nossa maldade inerente. Mas isso não corresponde a realidade: o "ontem" sempre foi pior que o "hoje" que será menor que o "amanhã". |
Alguns aproveitam para puxar a sardinha para a sua brasa, tratando de assimilar esse período arcádico a algum momento do passado em que suas ideias eram dominantes; a maioria limita-se a referir-se a ele como um modelo ideal para onde deveríamos caminhar, mas não o fazemos por ambição, cegueira e orgulho.
Ainda que também goste de sentir a nostalgia das coisas antigas como melhores que as atuais, sou obrigado a dissentir profundamente de todos eles. Para além de idealismos silogísticos, o passado era um lugar onde nem você nem eu quereríamos permanecer mais de uma semana, como turista com as contas pagas, mas nem "fodendo". O passado era um lugar horrível para viver, um tempo de gente sebenta, piolhos, dor de dente, tirania, superstição, ignorância, pragas, crianças mortas e mães crianças mortas por seus filhos. O passado era uma grande e fedida merda.
Vidas breves.
Até a chegada da medicina moderna, com seus antibióticos e vacinas, a taxa de mortalidade infantil em todo mundo oscilava entre 20% e 30%, chegando aos 40% em épocas de fome, guerra ou pragas. Estes números mantiveram-se assim até a entrada no século XX em lugares de ordem social tradicional onde a ciência médica demorou a chegar. As causas mais frequentes eram as infecções otorrinolaringológicas, a difteria, o sarampo, a varíola e a rubéola, com ajuda da anemia. Reflita um instante sobre esta cifra: uma de cada cinco crianças nascidas vivas não chegava à adolescência (no melhor dos casos), e normalmente uma de cada três (no pior). Este é um número pior que o pior inferno de uma nação subsaariana presente, aonde ao menos chegam a penicilina e algumas vacinas de vez em quando.
Vamos expressar graficamente para dramatizar a coisa toda: pegue uma folha de papel em branco e escreva uma lista com nomes de dez crianças que conheça. Agora risque dois, ou três, ou até quatro, em um ano. Esse era o risco de natimortos até aproximadamente a segunda metade do século XIX no mundo mais desenvolvido, e meados do XX. A tendência a ter muitos filhos, presente em todas as culturas, é que ao menos uma percentagem deles sobreviveria para cuidar dos pais quando fossem velhos, antes que existissem as aposentadorias dos sistemas de previdência social.
Se alguém conseguisse sobreviver a estas taxas de mortalidade infantil, causadas pela pouca diversidade alimentícia, falta de higiene e assepsia e ausência de antibióticos e vacinas, então era possível que chegasse a viver até os 60 ou 70 anos; inclusive, em alguns casos, até idades mais avançadas. Mas se fosse uma garota, estava redondamente "fodida": as probabilidades de morrer no parto oscilavam entre 1% e 40%, normalmente de hemorragia, obstrução ou febre puerperal, quando não de aborto caseiro. Isto é, a partir de 12 ou 13 anos, assim que chegava a puberdade, porque isso de começar a se reproduzir com 18 ou mais anos é outra modernice, uma exceção na história humana que teria feito nossos antepassados se mijarem de tanto rir. "Muito passadas", diriam.
Falando de garotas, o passado foi um péssimo momento para nascer com uma racha entre as pernas. As idílicas sociedades matriarcais sob a tutela da deusa Gaia que pretendem algumas (e alguns) jamais existiram. Nas menos patriarcais e machistas de todas, talvez a mocinha pudesse aspirar ter a mesma educação que seus irmãos varões, mas ademais, parindo filhos. O mais normal é que fosse alguma classe de propriedade dos homens da família, em diferentes graus de submissão. Não há nenhum indício de que as amazonas tenham sido mais do que uma fantasia erótica dos escritores gregos, inspirada em mulheres guerreiras, jamais existiu uma sociedade amazônica.
No entanto se ela sobrevivesse à infância e não morresse na guerra ou da peste ou de uma febre puerperal ou qualquer outro mal, é possível que vivesse um bom punhado de anos. Como viveria é que são elas.
Piolhos, malária, tosse sangrenta e dor de dente.
Ouvimos com frequência que a cárie é uma doença da civilização, vinculada às dietas que assumimos quando inventamos a agricultura e nos sedentarizamos. É verdade que a agricultura e a sedentarização, ainda que tenham dado lugar às civilizações, foram uma ideia muito ruim à época: a expectativa de vida média de 33 anos que tínhamos quando éramos nômades, no Paleolítico Superior, caiu para menos de 30 (25 ou 28 e às vezes 18, como na Idade do Bronze). É inclusive provável que as populações nômades foram submetidas e sedentarizadas a força, como servos ou escravos agrícolas, às mãos dos aspirantes a se converter em donos da plantação, reis e imperadores. Outros acham que o processo foi mais voluntário, trocando uma maior segurança no fornecimento alimentício por um empobrecimento de sua variedade e uma menor expectativa de vida. Seja lá o que for que tenha acontecido, sentar prumo nesses terrenos insanos que chamamos terras férteis piorou a mortalidade e a qualidade de vida de quase todo mundo, até aproximadamente no século XX.
Pese a isso, a cárie não é estritamente uma doença da civilização relacionada com esta menor variedade alimentícia das comunidades sedentarizadas, como a história médica conta muitas vezes. E não o é porque está presente em numerosos crânios recuperados de períodos anteriores, como o Paleolítico; inclusive encontraram dentes do Neandertal cariados. No entanto, sua incidência era muito menor. A cárie, certamente, multiplicou-se e agravou enormemente durante o Neolítico, com a agricultura e a sedentarização.
E o pior é que ninguém sabia como combatê-la, porque para compreender a necessidade da higiene bucal -em realidade, de qualquer classe de higiene- há que compreender primeiro a teoria dos germes. A única possibilidade era arrancar o dente, mas ficar banguela naqueles tempos também não era uma ideia muito boa, de modo que muitas vezes o sujeito aguentava a dor até que deixasse de doer, o que conduzia a infecções maxilares bem mais severas. A história da humanidade é uma história de gente desdentada, com constantes dores de dente e graves abscessos faciais, gente que tinha um hálito vomitável cheirando pior do que um esgoto. Sem analgésicos, nem antibióticos, nem nada parecido à cirurgia dental e buco-maxilo-facial contemporânea.
Nômades ou sedentários, os piolhos acompanham a espécie humana desde que surgimos, e despiolhar-se mutuamente foi uma das atividades familiares e sociais mais correntes até o surgimento dos atuais tratamentos químicos. A família que se despiolhava unida permanecia unida, ou algo assim. O caso é que passamos um bom tempo como refeição de piolhos, ao menos nos lugares com pelos abundantes. Para piorar ainda mais, a invenção da roupa permitiu a evolução e especialização de uma terceira classe destes parasitas, o piolho corporal, que nos come do pescoço aos pés. A diferença dos dois primeiros, incapazes de transmitir alguma doença em particular a mais do que as moléstias cutâneas associadas a sua presença (coceira, irritação, com consequência da insônia e debilidade), este último é um vetor conhecido do tifo, a febre das trincheiras e a borreliose. As peles e roupas resultaram ser um grande avanço para as... epidemias.
Outra consequência perversa da sedentarização foi o surgimento da tuberculose, neste caso graças a um bacilo frequente no gado. Provavelmente trate-se da primeira doença de que tivemos consciência como um estado específico: no Egito já existiam hospitais especializados em seu tratamento lá por 1.500 a.C. Com duvidoso sucesso, pois parece que tanto o faraó Akenatón como sua esposa Nefertiti morreram por causa da tuberculose. Agora dá uma garibada na situação: se imperadores considerados como deuses morriam assim, imagine então o que acontecia com o povão.
Na Índia, os brâmanes proibiram terminantemente o casamento com mulheres cuja família tivesse um histórico de tuberculose, o que também não resultava muito eficaz. Na Europa, o tratamento mais avançado consistia em uma imposição das mãos do rei, uma REIkianagem com um resultado que todos podemos supor. Paracelso, em outra de suas pirações -o mérito de Paracelso não está no que criou, senão no que destruiu: as fraudes ainda maiores de seu antepassado Galeno, o das sangrias-, achava que a tuberculose era devida a algum órgão incapaz de cumprir adequadamente suas funções alquímicas, nem mais nem menos. Durante o século XIX, a chamada Peste Branca comia as jovenzinhas e não poucos jovenzinhos e nem tão jovenzinhos aos milhões, dando lugar a um dos temas mais característicos do Romantismo. Aleluia que chegou Robert Koch para dizer que se tratava de um micróbio, e unicamente então fomos capazes de combatê-la.
A malária é outra velha amiga -eu sei que isto já está cansando, mas é a verdade-, só recentemente erradicada nos países desenvolvidos, vinculada também às águas paradas e seus mosquitos, os campos de cultivo e a sedentarização. Na Roma clássica, a malária, a tuberculose, o tifo e a gastrenterite ventilavam a cada ano uns 30.000 cidadãos nos meses de julho a outubro. Por não mencionar a impingem (foto abaixo) ou outros males comuns e incuráveis em seu tempo, incluindo, por suposto, as doenças venéreas da antiguidade, que já dá para imaginar como eram igualmente horrorosas.
As alternativas para nossos antepassados eram simples: ou permaneciam como nômades caçadores-coletores, presos no primitivismo Paleolítico e cada vez mais recusados e expulsos pelas comunidades fixas, ou se somavam à sedentarização total ou parcialmente, se convertendo em súditos, quando não servos e escravos, das civilizações agrícolas e pecuárias em ascensão.
Insegurança alimentícia.
Por outra parte, nem nômades nem sedentarizados tinham garantia alguma sobre a segurança de sua comida e sua água. As comunidades nômades eram pequenas e dispersas porque dependiam do que a terra quisesse dar, impossibilitadas para evoluir e se desenvolver. As comunidades sedentárias não só produziam comida abundante, mas pouco variada e de péssima qualidade, durante longo tempo, senão que estavam submetidas a toda classe de pragas e putrefações. Não havia esgoto, cagavam e mijavam perto de suas casas, essa merda toda ia para o lençol freático e nem precisa falar o resto.
Essas estupendas espigas de milho, esse trigo perfeitamente seguro ou essa carne com garantias veterinárias são o resultado de geração sobre geração de hibridações, cultivo seletivo e progresso nas ciências agropecuária e médica. No passado tinham que se virar com coisas mais parecidas ao farro, ao joio e a cevada, que são basicamente um asco como alimentos recusados até mesmo por porcos, e com carnes e pescados obtidos e conservados de maneiras realmente criativas. Na imagem abaixo dá para ver como era o trigo antigo (direita) em comparação com o moderno (centro e esquerda).
Hoje em dia nos queixamos um monte de que a comida e a água têm corpos estranhos, de que estão cheios de agrotóxicos e venenos e de que é tudo artificial. Lamentavelmente, as alternativas seriam o cólera, a gastrenterite, a pústula maligna, a triquinose, a salmonela, a listeriose, o botulismo, a polirradiculoneurite aguda, a gangrena gasosa, a hepatite, a diarreia infantil e outras "diliças" do estilo que no passado constituíam uma permanente roleta russa para a espécie humana.
As epidemias dos cultivos e do gado não só os matavam, provocando constantes fomes, senão que inclusive quando não matavam podiam contaminá-los de maneira invisível para um mundo sem microscópios. São especialmente curiosos os casos de ergotismo, um fungo dos cereais com efeitos muito parecidos ao LSD, que ademais passa aos bebês mediante o leite materno.
A potabilidade da água merece parágrafo a parte. Antes que aprendêssemos a separar as águas fecais e jogar cloro e outros produtos químicos, beber água era tão perigoso quanto puxar o pino de uma granada e manter a pressão para que não explodisse. De fato, as pessoas, se podiam evitar, não bebiam água. Nem também muito leite, exceto o materno, pois antes que aprendêssemos a pasteurizá-lo (pasteurizar vem de Luis Pasteur, o pai da microbiologia moderna) provocava tuberculose bovina em massa, também polineuropatia desmielinizante inflamatória, enterite, pústula maligna (de novo) e mais um monte de porcarias. Por conseguinte, até as crianças bebiam vinho, cerveja ou cachaça se podiam se permitir a esse luxo, não muito, mas um pouquinho sim, pela presença do álcool, que é um conhecido antisséptico.
Por verdade, para comer minimamente bem havia que ser rico, mas rico mesmo, não é rico pouca merda não! A comida era muito cara de produzir, conservar, transportar e comercializar, e estava sujeita a numerosos imprevistos. O preço do pão foi uma questão de estado durante milênios, sabendo que um aumento excessivo devido à escassez ou a especulação podia ocasionar revoltas e subversão, dado que as pessoas não tinham outra coisa para comer: só tinha pão e de péssima qualidade. Por isso o pãozinho, apesar de horrível continua tendo tanta importância na sociedade atual.
Livros revolucionários clássicos como "A Conquista do Pão", do anarquista Pyotr Kropotkin, nos transmitem uma ideia do quão complicado era alimentar as pessoas e a miséria geral em que viviam. Com frequência, uma família não podia pagar as calorias necessárias para alimentar todos seus membros; fazê-lo de forma saudável ou ao menos variada era uma fantasia de aristocratas, arcebispos, reis e papas. Ficar gordo era coisa de rico, era moda e a referência estética de beleza e sucesso social, porque só o pessoal que tinha dinheiro para queimar e os muito poderosos podiam permitir-se; as pessoas normais eram sempre famélicas e exibiam os ossos dos corpos como estas cadavéricas modelos da atualidade, eram desnutridas com o excesso de trabalho físico. Enfim... ser magro era coisa de pobre. Agora os pobres estão gordos (ou seria inchados?), ao menos no mundo desenvolvido, devido à má nutrição pese ao excesso de calorias; e os mais acomodados e endinheirados podem se permitir alimentos cuidados, orgânicos (uma falácia?) e tratamentos que permitem estar em forma de palitos.
Sujeira, ignorância, superstição, tirania.
O passado era um lugar sujo e fedorento, com ratos e parasitas por todas as partes. Onde tinha rede de esgoto, costumava ser aberto; só os ricos podiam pagar saunas, banhos e coisas do estilo. Na maior parte das casas, a higiene era um conceito desconhecido e desnecessário, porque ninguém sabia nada de micróbios.
Que demônios. Éramos ignorantes como pedras: uma multidão vil e analfabeta presa por tiranos, demagogos, clérigos, santarrões e toda classe de superstições. A alfabetização era um segredo gremial de escribas, monges e sábios; a maior parte das pessoas não sabia ler ou escrever nem seu próprio nome. As crianças não começaram a ter o costume de frequentar a escola sistematicamente até meados do século XIX. Até os nobres, e às vezes os reis, eram mais brutos que seus cavalos. O príncipe dos contos era um asno tosco e brutal. E o venerável sábio local de barbas brancas dos filmes antigos, era em realidade um analfabeto desdentado e fedorento, supersticioso e machista que adorava mandar bruxinhas virgens à fogueira.
As bruxas e em geral qualquer mulher, por sua vez, tinham exatamente os mesmos direitos que um pedaço de carvão em uma casa às escuras. Quanto as crianças, não eram mais que uma boca a alimentar, uma carga tratada a pau que ocupava o último lugar da casa, frequentemente abaixo do gado na ordem social. Isso de protegermos as criancinhas é outra modernice; no passado ninguém colocaria as necessidades e direitos de uma criança acima de um adulto capaz de ganhar seu próprio pão. Quanto às garotas, só não eram violadas quando pequeninas por respeito à honra de seu pai, supondo que o pai fosse um homem livre e já tivéssemos chegado a esse grau de civilidade. Se nascesse escrava ou em uma sociedade que ainda não tivesse atingido esse ponto, melhor nem falar o que acontecia.
Em um mundo assim, toda classe de fraudes, medos, religiões e tiranias falavam sempre mais alto em amplas massas sociais, desprovidas das mais tênues bases intelectuais para desafiá-los. A forma comum de governo era à base da bordoada. Não entendeu o que deve ser feito, toma pancada! Não existia nada parecido à justiça; a ideia de que deveriam julgar com um juiz imparcial e um advogado defensor sob o império da lei só se estende ao povo a partir dos processos revolucionários do século XVIII. A vendeta, ordálio e Talião eram formas de justiça comum, bem como castigar até os delitos mais leves com tormentos infames.
Para os partidários que acham que devemos voltar ao endurecimento das penas, basta saber que existiu um tempo em que até o ladrão de galinhas ia para a roda de desmembramento, sobretudo se o dono da galinha pertencesse às castas superiores, e o absurdo é que mesmo assim nunca deixou de ter ladrões, violadores ou assassinos. De fato, existiam muitos mais do que agora: a miséria, a fome, a opressão e a incultura impeliam constantemente grupos da população para a delinquência, desde o pequeno roubo até o bandoleirismo e a pirataria. Em realidade, não tinha justiça nenhuma, no sentido atual do termo: só a vontade dos poderosos.
Há quem, por absurda idealização, ache que estes mundos do passado podiam ser melhores que o mundo presente. Não foram, nunca foram, jamais o foram: para a imensa maioria dos que viveram ali, constituíam um inferno só aceitável porque, ignorantes, não conheciam nada melhor e porque criam cegamente em paraísos religiosos. Mas se tivessem dito para qualquer pai ou mãe de 100.000 a.C., de 100 a.C., de 100 d.C., e até de 1.900 d.C., que chegaria um tempo em que poderia levar seu filho doente a um hospital com médicos e enfermeiros de roupas branquinhas, antibióticos, analgésicos, e tudo o mais, e que depois poderia levá-lo curado para casa para banhá-lo com água quentinha que sai diretamente de uma torneira por um preço ridículo -sim, ridículo: a lenha e o carvão custavam o salário de um mês-, colocá-lo em uma cama sem piolhos, carrapatos ou pulgas, cobri-lo com uma manta com cheiro de flores e dar-lhe de comer toda classe de alimentos e água filtrada tratada com flúor, ao certo teria problema para compreender, mas se tivesse a possibilidade de vislumbrar, ao certo teria pensado que este só poderia ser o paraíso dos deuses benevolentes em suas profecias. E então assinaria qualquer coisa para nunca mais sair daqui de 2013. Ainda que seja quase certo que não poderia. Não sabia assinar, coitado!
Apesar do fatalismo dos pessimistas, a humanidade demonstrou constantemente sua capacidade de melhorar, de evoluir, de progredir para um futuro melhor. Para isso tivemos que nos desfazer de um montão de obstáculos do passado, de desfazer-nos dos dogmas religiosos, estudar profundamente e transformar a realidade de formas radicais, às vezes pacíficas e às vezes violentas. E teremos que seguir fazendo se quisermos melhorar mais ainda. Em todo caso, nostalgia é bom, valeu a pena e segue valendo, mas que permaneça de forma incólume somente como uma lembrança boa. Prefiro morrer com morfina no mais vagabundo dos hospitais de nosso tempo que sem morfina em qualquer palácio suntuoso daquela Arcádia infeliz.
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
« Ant. | Primeira | 1 | 2 | | Última | Prox. »
Me sinto como se acabasse de ler um bom e necessário livro. Também sou praticante da ideia de que o passado não foi um bom momento e que devemos sempre olhar para a frente com um olhar romântico no que vivemos e só.
Eu sou a Bia, de Cruzeiro, que já te carreguei no colo e que você diz odiar (acompanho você). Fico feliz que tenha se tornado um homem tão inteligente.
Caraca véio. Textão bom da porra!
" SENSACIONAL MATÉRIA , QUE ALGUM DIA FAÇA PARTE DA EDUCAÇÃO ESCOLAR TODA A VERDADEIRA HISTÓRIA HUMANA , MUITO BOM ! "
Reticências nunca é 'tanto faz'. Anote: serve para interromper um pensamento ou ideia ou uma ação que ainda não terminou, transmitir na escrita sentimentos típicos da linguagem falada, propor uma ideia deixando que a conclusão fique por conta do leitor, realçar uma expressão ou indicar que uma frase está incompleta entre outras. De nada!
Detestei esse post em alguns aspectos deselegantes e extremistas. Não gosto do fato de indagar frustrações e nem ao mínimo ressaltar algo valioso como... [...]
É tanto faz.
Adorei o texto, muito bom, instrutivo e divertido
Caracas velho, esta tal Simone deve ter se arrependido até o último fio de cabelo do cu.
Simone owned! Podia ficar sem essa! Roubartilhei este último comentário Mdig.
Simone, você pode comprovar cientificamente que o consumo de orgânicos é mais saudável que o de inorgânicos? E mais, você atesta que a remanência de pesticidas nos alimentos convencinais é a causadora do câncer. Se sim, deveria reclamar o seu Nobel pois a própria Food and Drug Administration concluiu que a quantidade de pesticidas não-orgânicos encontrados em alimentos não causa ou contribui qualquer problema para as questões relacionadas com a saúde. Este jacobinismo dos defensores dos orgânicos beira a impostura intelectual (no melhor dos casos) ou a mentira e leviandade (no pior).
Este é um artigo que acabo de escrever em outro blog que transcrevo aqui. Se lê-lo inteiro vai entender a minha oponião:
A popularidade dos produtos orgânicos cresceu consideravelmente nos últimos anos pese a que, muitas vezes, o preço destes alimentos chega a ser o dobro que o dos convencionais. Vale a pena a maior despesa? Segundo um estudo científico da Universidade de Stanford, cujas conclusões foram publicadas no Annals of Internal Medicine, os alimentos orgânicos não parecem mais saudáveis que os convencionais. Especificamente a pesquisa indicou que "A literatura científica atual não tem nenhuma evidência, sequer, para sugerir que os alimentos orgânicos sejam mais nutritivos do que os alimentos convencionais."
O estudo consistiu em analisar 240 artigos científicos relacionados com esta matéria, que também indica que não existem diferenças entre ambos tipos de alimentos. A pesquisa sintetizou os resultados de 17 estudos realizados com humanos com alimentação orgânica e convencional e 223 que comparavam os níveis de nutrientes, bactérias ou contaminação por pesticidas em ambos os tipos de alimentos. Apenas um nutriente, o fósforo, aparece em maior medida nos alimentos orgânicos, algo que, segundo os pesquisadores, não tem muita relevância clínica.
Também há uma diferença entre os níveis de pesticidas detectados, já que os alimentos orgânicos possuem 30% menos risco de contaminação que os produtos convencionais. Contudo, os autores do estudo asseguram que as frutas e verduras orgânicas não estão totalmente livres de pesticidas e que, de qualquer maneira, todos os alimentos costumam estar dentro dos limites permitidos.
Por conseguinte, os resultados repetem os que foram apresentados em 2009 por um estudo da Agência de Padrões Alimentícios (FSA) do Reino Unido sobre as afirmações da indústria de produtos orgânicos.
- "Há pouca diferença, se houver, nutricional entre alimentos orgânicos e produzidos convencionalmente e não há nenhuma evidência de benefícios adicionais de saúde ao comer alimentos orgânicos".
Ainda que nesse caso, ressalvam que o sabor e seu maior respeito pelo meio ambiente talvez sejam fatores que façam inclinar a balança para os alimentos orgânicos. Razões que, ainda podendo ser verdadeiras, provavelmente não são suficientes, por si próprias, para fazer com que as pessoas gastem o dobro em seu carrinho de compras.
Ou seja, com base em pesquisas científicas feitas até agora, não há diferença nenhuma em se alimentar com orgânicos ou convencionais e ninguém pode garantir -a não ser que seja leviano- que um é mais saudável do que o outro, mas os fanáticos dos orgânicos acham que a espécie humana devia esquecer o "artificial", o "veneno" (como eles gostam de dramatizar) e voltar, a fazer a agricultura sustentável. De novo, voltar ao orgânico impõe esquecer-se de que somos milhares de milhões de pessoas no mundo e não só um grupo de ecologistas, gente "do bem" e cool.
Se voltássemos ao orgânico, muita gente morreria de fome, e todas as selvas do planeta deveriam ser devastadas. Isso se deve a que a agricultura orgânica produz pouco, tal e qual explica Matt Ridley em seu livro "O Otimista Racional - Por Que o Mundo Melhora":
Se nos sujeitarmos a tudo isso, talvez consigamos que uma parcela de terra cultivada organicamente produza tanto quanto uma parcela de terra cultivada não organicamente. No entanto, deveríamos usar terra extra para cultivar os legumes e dar de comer ao gado, o que termina duplicando a área de cultivo.
Claro está que esta trabalheira toda justifica o preço mais elevado do alimento orgânico, ninguém está duvidando da capacidade e da entrega das pessoas que se dedicam a esta agricultura, principalmente no âmbito familiar. O que não está nem um pouco certo e que constitui uma falácia, um grande embuste, é a propaganda enganosa de dizer que o preço é maior porque é "mais saudável".
E a ladainha de diminuir a dependência de combustíveis fósseis?
Como vemos, o discurso de bicho-grilo é "lindo", difícil é colocá-lo em prática. Os agricultores orgânicos, ademais, recusam também a tecnologia da modificação genética, apesar de que foi um invento brilhante da década dos anos 1980 como alternativa mais amável à "cria por mutação" que usava raios gama e químicos carcinógenos.
Pois então Simone, pese a sua opinião proselitista, segundo aos olhos da ciência todos os alimentos, orgânicos ou não, podem ser colocados no mesmo balaio. O mais cômico de toda esta crítica, é que, de acordo as suas próprias palavras, você está farta de si própria, ao me rotular de forma maldosa e despropositada de ignorante. Pressuposto ad hominem é baixaria, você não ganha absolutamente nada tentando me ofender. Eu poderia mandá-la comer cocô de vaca para ver se aduba um pouco o seu orgânico bom senso, mas prefiro apenas dar uma dica básica sobre comportamento com pessoas que você não conhece: educação.
O autor, quando coloca diz que alimentos orgânicos são uma falácia, está abertamente admitindo sua ignorância. Ele deve se referir aos produtos industrializados orgânicos, que sabemos bem há sim uma apropriação do agronegócio nesta fatia do mercado. Mas o autor parece desconhecer que há no mundo e no Brasil inclusive redes de agricultores familiares agroecológicos que estão cultivando de forma saudável alimentos há mais de 3 décadas. Falar displicentemente e de forma genérica sobre os alimentos orgânicos coloca todos num balaio só, como se a batalha travada pelo movimento de muita gente que trabalha na agroecologia fosse uma coisa sem sentido. Sugiro ao autor, que procure estudar mais e compreender o mundo na perspectiva deste outro lado. Pois quando faz um comentário destes num texto aparentemente tão bem embasado, só presta um desserviço para todos que estão duramente batalhando para melhorar a qualidade dos alimentos que consumimos. Estou farta de gente assim, que generaliza tudo e rotula as coisas!!! Vá comer veneno e que se dane!! Se o passado era ruim, pois bem, concordo. Isso não significa que devemos aceitar tudo que a industria de agroquímicos faz com nossa saúde, trazendo o cancer como epidemia mundial! Coma venenos então Senhor Autor Dono DA Verdade.
Agora me ocorreu o seguinte: partindo da premissa do texto (corretíssima), daqui a muitos séculos, se ainda estivermos por aqui, certamente as pessoas pensarão em como era terrível viver no início do século 21. Só para ficarmos em um exemplo, eles darão risadas do bizarro fato de sermos todos fumantes passivos por respirarmos as emissão tóxicas de milhões de automóveis.
Sim, é verdade que ninguém é obrigado a entender de paleontologia,geologia, subdivisões do quaternário,pleistoceno superior (quando aconteceu grande parte das situações citadas) porém ficar confundindo a cada dos avós com tudo isso é bem punk e sem sentido.
Você tem um grave problema de se localizar nas períodos descritos no texto Paulo Guarnier e muito provavelmente desconheça lindamente o que é pleistoceno, já que acha que isto se passou na idade média. Deixe de pagar mico criatura!
A tecnologia e o conhecimento podem melhorar nossa vida, lógico que a vida tinha menos chance de ser boa no passado. Mas achei esse texto cheio de generalizações. Por exemplo, a questão da higiene. Sempre teve gente porca, que não toma banho, ainda mais com o trabalho extra de esquentar água no fogão e encher um tanque. Mas dizer que ninguém nunca tomava banho? Isso não condiz com as pinturas, esculturas ou mesmo contos do passado, mostrando cabelos lisos, penteados, roupas limpas e engomadas. Mesmo os camponeses da idade média não eram mendigos, tinham casa, e deviam ter acesso a água, havia poços, banheiras e sabão. Até na bíblia aparecem passagens referentes a higiene corporal, como pode?
Eu me recordo que bem na minha infância, eu ia visitar meus avós, que moravam no campo, eles não tinham luz elétrica nem água encanada. Lembro que havia um poço em frente a porta. A água era muito, mas muito boa para beber, eu me lembro, gostava muito de beber aquela água. Havia até um chuveiro parecido com um regador, que era pendurado na parede e tinha uma válvula que liberava a água aquecida. As necessidades eram feitas numa fossa séptica, popular patente.
Outra coisa que me parece sem fundamento, é ficar sem beber água e tomando bebida alcoolica no lugar. Não iriam morrer de desidratação? Pois o alcool é diurético, e o organismo precisa de água.
Não procede também que não havia higiene bucal. Era mais complicada também, mas as pessoas fabricavam uma pasta de dente caseira e uma escovinha rústica. Tinham que cuidar dos dentes, afinal, cada processo de cárie era um dente a menos. Também não consumiam açúcar, o que preservava mais os dentes.
Sem dúvida que a tecnologia agricola do período era muito inferior. Mas a natureza não. Haviam mais florestas para segurar as pragas no mato, conter a poluição, o clima era mais ameno e a camada de ozónio estava 100%. E não havia superpopulação, plástico, e outras porcarias de hoje.
O que eu quero dizer não é simplesmente que o passado foi melhor que o presente está sendo, e sim que o futuro pode ser muito pior, e devido as mesmas coisas que trazem benefício hoje. Não que devamos regredir tecnologicamente, mas buscar superar os nossos paradigmas atuais. Assim como com a tecnologia do passado nós hoje não sobreviveríamos, no futuro a nossa tecnologia atual será nosso fim.
Na "verdade verdadeira", havia Justiça, sim, na Roma Antiga. Aliás, a base do nosso direito moderno é herdada dos Romanos: o ônus da prova cabe a quem acusa; em dúvida, decide-se a favor do réu; a Justiça deve ser gratuita e acessível a todos. A única diferença é que esse "todos" não incluía os escravos e os estrangeiros. A civilização Romana, destruída pelos bárbaros germânicos, era bem melhor do que isso que vai no texto, que remete mais à idade média (o que, ironicamente, mostra que o vem depois nem sempre é um avanço em relação ao que veio antes). E não se pode generalizar que as condições de higiene fossem assim tão escabrosas por toda parte, em todos os países e em todas as classes. Vejam as condições salubres das casas burguesas retratadas pelos pintores da Era Dourada Holandesa, no século XVII - pintores como Vermeer, Gerrit Dou, van Brekelenkam, Cornelis Bisschop e Nicholas Maes tinham como tema favorito cenas do dia-a-dia doméstico e basta dar uma "googlada" com os nomes deles para ver.
Incrível como as pessoas ignorantes continuam inventando conceitos e formas rebuscadas para inserir deus no meio, só pra não parecerem tolos por causa de seus medos e preguiça de raciocinar. Não existe diferença em quem acredita em um deus turbinado do macrocosmos e um deus simplório que faz chover. É preciso ignorância pra crer tanto num quanto noutro. Estas tentativas só reafirmam a total desnecessidade de quaisquer deuses e reafirmam Sagan quando disse que alegações extraordinárias requerem evidências extraordinárias.
O engraçado é pensar que ainda hoje vemos a religião de forma que víamos na Idade Média, ou até mesmo nos seus primeiros tempos de criação. Deus (pelo menos para mim) é nada mais do que a energia imutável que rege tudo e todos desde microuniversos até macrouniversos, e a fé é a canalização da mesma que de algum modo favorece a todos seres vivos.E é por isso que eu acho que há uma crescente linha de pensamento ateísta, por acreditar naquela religião que fora criada em épocas passadas e que não fazem mais sentido no mundo contemporâneo.Por isso acredito que também precisemos de evolução na forma de pensar, quando dizemos a palavra "religião"
Muito bom. Mostra que tentar voltar ao passado seria impensável. O passado - horrível - passou.
O mundo pode até estar caos, do nosso ponto de vista, mas nunca estivemos em um mundo melhor. Ainda temos as religiões tentando convencer as pessoas de absurdos (e conseguem fazer isso, com parte da população) mas aos poucos as pessoas vão somando 1 + 1.
Concordo com José Mauro Saraiva - um dos melhores textos que já li, para recolocar as coisas nos eixos.
Aldo
Se o seu critério absoluto de felicidade é o conforto material, tudo bem.
“Jamais digas: Por que foram os dias passados melhores do que estes? Pois não é sábio perguntar assim.” (Eclesiastes 7:10)
Texto magistral. As pessoas pensam que o passado é como aparece nos filmes de Hollywood ou nas telenovelas ditas "de época". Eu costumo dizer que, graças a Deus, eu nasci no tempo certo.
A matéria " O passado, na verdade..." tá simplesmente imbatível. É produção que deveria ser difundida em escolas, pelo menos até o Ensino Médio, e sedes comuitárias, pelo mundo todo.
Com 71 anos, incluo essa mensagem entre as coisas mais importantes que já li. E olha que comecei a ler aos 16 anos, e, adoidamente, aos 20.
2\/ kkkkkkkkkkkkk
E uma vacina anti-rábica! ^^
Sai um curso de interpretação e um cocho de ração aí. ^^
Quando se diz de um passado melhor é há poucas décadas atrás e não há séculos atrás né? Faz favor que coisa forçada. Ninguém poderia ter saudade do que não viveu, e ninguém viveu nesse tempo. Geralmente as pessoas tem saudade dos seus tempos de infância ou juventude ou de seus avós.
Por que gostaram tanto desse texto (da parte do admin que digo), só porque tem palavrão? Eu acho isso tão baixo... admin já foi melhor, eu ainda acho que ele anda meio depressivo. Tá vendo, passado era melhor!
Cara, pelo amor. Quando se diz que o passado foi melhor é em sentido de HUMANIDADE obviamente que não é no sentido de ciência e tecnologia!! Que burrice ¬¬'
sim, era melhor, compare filmes e séries antigas com a atual decadência moral de agora.
Mas a verdade é que a humanidade tem altos e baixos. Pessoas já foram jogadas aos leões isso era terrível. Somos maus e bons, a cultura da época lapida o que vai ressaltar mais. Mas a tendência é só piorar. Criancinhas sendo mortas dentro de sua própria casa por chorarem. Quem acha que está melhor mesmo?
Poxa ótimo texto, msm gostei. Eu gostaria de acrescentar a minha visão sobre o que foi falado que as mulheres serem tratadas como se fossem um objeto e td mais. Sobre o que eu leio sobre a vida na idade média, as guerras e a vida cotidiana me parece que o estupro que hoje é visto como algo tão horrendo, no passado não era nada mais do que normal e até msm aceitável, em uma guerra as mulheres do inimigo eram tomadas e estupradas e o que me parece é que o estupro não era nem tanto como uma forma de de satisfazer os desejos de homens cruéis e sim uma maneira de subjugar e humilhar o inimigo. Até msm haviam pais que vendiam suas filhas para senhores ricos independente do que fosse acontecer com ela por poucas moedas. É realmente espantoso como a humanidade evoluiu desde aquela época e mt triste ver que em muitos lugares muitas dessas coisas ainda acontecem, tendo como desculpa os costumes ou a religião. Eu espero que nós continuemos evoluindo até que quem sabe um dia cheguemos a um mundo que isso não exista mais.
BOM RESUMO
Parabéns pelo tabalho.
... E os comentários elucidam que as pessoas que leram também são muito legais, respeitosas, auto-críticas, humildes, inteligentes, sensíveis e, no sentido ideal, descoladas.
um abraço a todos...
PESSOAL... o resumo é ótimo... mas leiam também os comentários, pois, creiam, as surpresas, os elogios, as alegrias, os agradecimentos, e até pequenas discordâncias são muito instrutivas para todos nós... e estimulantes para buscar mais conhecimento!
Muito bom!!!
Também li a prestações... hehehe
Este tipo de texto é bom e será cada vez melhor daqui por diante, pois as pessoas estão se esqueçendo dessas épocas da humanidade e vão achando todo este conforto crescente de hoje em dia cada vez mais insignificante.
Não é preciso ir longe, quando falo com meus sobrinhos que na idade deles eu ficava todo dia de manhã esperando o leiteiro passar com sua charretinha no portão da casa da minha mãe (interior de MG) pra entregar nosso leite, eles olham pra caixinha de leite na mesa e me olham como se eu fosse um ser de outra espécie... kkkkk
Acho bom as pessoas terem o conhecimento desses outros mundos que nossos antepassados viveram.
Ótimo post, li a prestação pois estou sem tempo, mesmo assim mantive a curiosidade pra continuar. Talvez seja do ser humano a nostalgia crônica. Da mesma forma de se pensar que o amanhã será também melhor. Sempre com o pensamento de estar trancado no presente, este o mais infeliz dos tempos e, ironicamente, o único que realmente temos algum controle. Mas você mostrou com maestria a evolução da humanidade.Parabéns.
É, faz tempo que parei de acreditar que o passado seria melhor do que agora. Certamente que existem coisas que ficaram piores, mas a tecnologia nos livrou de muitos problemas.
Tem razão... eu lembro que poder correr com tênis dava uma sensação de "posso conquistar o mundo" hahahahaha
Elbereth, eu citei o pé no chão como um exemplo das dificuldades que tínhamos e que na atualidade temos o costume de romantizar. Minha família tinha uma boa condição de vida, mas assim que chegava da escola minha mãe corria a me advertir para tirar o tênis para não estragá-lo. Um conga custava o olho da cara e é um tênis vagabundo que hoje pode ser comprado por não mais que 10 reais. E não tínhamos quereres, era aquele e pronto, afinal era o único que existia, hoje temos trocentas marcas com preços que variam segundo os bolsos dando chances a todos de terem um.
Cada era tem seus problemas e suas vantagens. Cabe àqueles que nela vivem fazer de tudo para que só a parte boa sobressaia.
O passado humano é horripilante!!
Apesar de que o presente não é muito diferente.
Admin, quanto ao pé no chão eu ainda tenho uma ressalva. Andei e brinquei muito descalça, em casa só coloco alguma coisa no pé se estiver muito frio... e ainda acho isso ótimo.
Minha mãe é pediatra, e me conta que começou a ver crianças com pés meio "deformados". O termo é pesado demais, mas é o mais próximo que achei. Basicamente, os pés das crianças que só andam calçadas cresce no formato dos calçados, com a pisada errada, e isso prejudica quando crescem.
E em relação a muitas doenças, muitas vezes é melhor pegar de criança do que adulto... uma criança que se expõe a pequenas quantidades de vermes e bactérias, o dia que se expor a uma quantidade maior já vai ter uma defesa base.
A limpeza excessiva não faz bem, também...
Você tem razão Edgar, também tenho saudade de muitas coisas do meu passado, a principal delas é a segurança. Mas, curiosamente, em termos globais, a violência caiu vertiginosamente; o que nos dá uma luz no final do túnel de que a situação que estamos vivendo no Brasil pode ser passageira.
Tenho saudades das amizades do interior e da vida simples que levava. Mas escrever o texto foi quase que uma terapia porque, como a Evelyn comentou, eu as vezes sou do tipo rabugento que fala bem do passado sem raciocinar muito. Por exemplo: eu falo com nostalgia que andava o dia inteiro com o pé no chão, como se isso fosse bacana. Mas não era, fora os benefícios da Mycobacterium vaccae isso me rendeu muito bicho de pé, bichas (lombrigas) e ferimentos.
As coisas eram muito muito caras, faltavam empregos. Hoje, aqui em Joinville, as empresas estão catando funcionários a laço, faltam profissionais e qualquer um pode comprar o seu carrinho com prestações a perder de vista.
Retrocedemos em pouquíssimas coisas, talvez mais, como disse, no aspecto pessoal de privilegiar o eu em detrimento do nós, mas isso dá para corrigir com o tempo. Basta despertar a empatia nos jovens e promover os movimentos colaborativos, e a internet é um ótimo lugar para fazer isso. Não acha?
Ih Admin, ignora... é o que todo mundo que não está participando está fazendo.
E, realmente, o texto está ótimo... reli hoje só pra reler hahahaha
Admin, sempre que voce posta sobre os "podres" da humanidade, alguem vai jogar a culpa pra religiao, e outrem vai jogar a culpa de volta...
o problema nao é a religiao, nem a diversidade extrema (no caso na africa)
o problema somos nos mesmos.
O artigo esta ótimo, já alguns comentários... Mas gostaria de agradecer, me fez lembrar porque desisti do cadastro.
Vocês vão mesmo rebaixar este post a uma chata discussão sobre religião e ateísmo?
Espera ai, deixa ver se entendi. A criança tem seu amiguinho invisível e eu que não tenho nada a ver com o assunto "tenho que acreditar" que ele não existe? É isto? Que argumento mais infantil.
Cabe o argumento contra a pessoa já que o argumento é com base na crença cega da mesma. Vou entender se não compreender.^^
Antes que eu me esqueça a falácia é ad hominem. De nada!
Para você também. Vai pela sombra! :twisted:
Fabuloso texto!
Coisas assim me fazem vir aqui todos os dias.
Que sorte temos em viver agora, nessa época, ainda mais as mulheres.
Acreditem, pessoas... se vcs acham o mundo um lugar ruim, repensem! Essa foi a matéria mais legal até o momento que li no MDIG, me fez refletir muuuuuuito e vou reclamar bem menos de tudo agora.. rs.. demais, parabéns MDIG!!!
Xandy46... Gostava mais quando vc só cantava música baiana...
Bom, como argumentar com um cara que usa e abusa do argumento "ad homini" (provavelmente sem nem saber o que é isso). Me chama de fanático, de idiota, de isso de aquilo... Traçando um fiel auto-retrato.
Caro chanty... A GRANDE VERDADE é que NÃO SABEMOS se existe ou não Deus. A crença em sua existência ou inexistência é baseada em fé. Então, vc é tão crente quanto eu, só que na hipótese inversa. Sacou? Leia de novo...
Aceito a sugestão de "crescer" e a devolvo, com juros . Vc precisa parar de atacar quem argumenta e não o argumento (ops, expliquei). Pare com isso. Parece briga de torcida. Se o seu nick tem algo a ver, e vc tem 46 anos...Cara, já passou da hora de dar peso ás tuas palavras...Sempre é tempo.
Se vc der mais uma lídinha, verá que ninguém aqui está defendendo atrocidades. Só acho superficial o entendimento de que todo o mal do mundo vem da religião... Aliás, correndo o grande risco de não ser por vc entendido, o ateísmo militante também é um tipo de religião, pois a palavra "religare"' etimologicamente significa "buscar re-ligacao com suas origens". Bom, acho que exagerei Chanty...
Eu agradeço sim pela religião cristã que até hoje inspira abnegados a agir em prol dos marginalizados. Até hoje.
PS. Ei , Xanty: imagine que louco seria fazer uma pesquisa e concluir que um de seus antepassados foi abandonado pelos pais e criado num orfanato por freirinhas católicas...Que situação hein?
Hoje não existiria Xanty cuspindo ódio por aí...
Bom fim de semana. Juízo.
Parabéns Admin, dos posts de 2013 este de longe é o melhor, pois toca em uma questão muito interessante, eu mesmo sempre pensei um pouco diferente com relação ao passado, (sem vergonha, nem consciência) de dizer algumas vezes que se tivesse uma passagem só de ida para a era medieval eu iria, hoje lendo isso, me arrepia os cabelos só de imaginar o que encontraria por lá, eu gosto de ler ideias e textos e pensar sobre eles, e se de alguma forma houver base científica para o mesmo, assumo como algo crível e verossímil, depois que lí o post estou a refletir sobre o que vivemos hoje, e tenho uma opinião quanto a isso, assim como os commentários abaixo, realmente há lugares que ainda são bem próximos aos que citou no texto, senão piores, (as fotos do afeganistão que o digam)... então até onde meu conhecimento me permite dizer, estou realmente muito contente de ter nascido em 82, em são paulo, ter uma familia razoavelmente bem, financeiramente psicologicamente... e por ai vai, no mundo atual há uma questão que considero a mais importante, senão sempre, pelo menos agora e chama-se: "conhecimento", por meio deste eu posso saber o quão bem estou com a vida, o que me espera ou não além desta, mas principalmente nesta como viver e ser, e se está bem ou mal em comparação com os outros, eu não sou rico, nem famoso, nem nada diferente de qualquer outro da classe media-baixa atual. Porém tão pouco quero ser também, o que me falta em termos financeiros alcançar é uma renda passiva para manter ou melhorar um pouquinho meu padrão de vida e só, padrão esse que, aos olhos de quem lê esse texto já é algo que reis e faraós não puderam ter no passado. Se penso no veículo ali fora que me permite ir confortavelmente trabalhar (sem pegar transito) a comida no armario e geladeira, que está extremamente limpa e boa (comparado ao texto) e agua quente e LIMPA do chuveiro e da torneira da pia, a rede de esgotos, o aquecedor eletrico no quarto, até o luxo! de estar sentado sem piolhos, dores de dentes, infortúnios de qualquer ordem, diante de um computador onde posso fazer tanta coisa e aprender também, só tenho agradecer, e a lista dos agradecidos é grande, conhecimento, força de vontade própria, genética, pais, sorte, Deus, sol, admin que escreveu o texto, a telefonica com essa porcaria de internet, que mesmo com preços extratosféricos e um serviço de má qualidade, mas mesmo assim funciona por hora, um salve pro tio obama que está me lendo agora, um abraço pro meu pai,um beijo pra minha mãe, minha mulher e meu cachorro!
Realmente comecei meu dia bem, graças ao passado... e a tentar entender como ele era... finalizando... Deus me livre dele (mesmo sendo agnóstico), estou muito bem aqui agora no presente! :roll:
O que será que o pessoal do futuro vai pensar da gente?
E assim caminha a humanidade. :lol:
Muito legal o post sem hipocrisia da minha parte.
Vamos ver se a humanidade vai continuar melhorando depois que o oleo negro acabar daqui a ~25 anos. Com muito pouca energia, teremos que ser muito mais ageis para sobreviver.
De qual lado dos 4 bilhoes de pessoas voce vai estar, do lado que vai deixar de existir até 2060 ou do outro lado, a chance é de 50%, pois o planeta lotou e só cabem mais ou menos 3 bilhões de pessoas decentemente.
A menos que a tecnologia nos salve denovo.
« Ant. | Primeira | 1 | 2 | | Última | Prox. »