Ficha policial da Dilma, falsa ou verdadeira?

"Repita muitas vezes uma mentira e ela se torna verdade". É o que parece estar acontecendo, pelo menos por enquanto, com a suposta ficha criminal no DOPS -conhecida na web como Curriculum da Dilma- da ministra Dilma Roussef, publicada pela folha. Dilma nega a veracidade e parece ter razão já que a imagem (ver abaixo) é suspeitíssima.

Mesmo sendo totalmente antipartidário ao PT e suas sujeiras não posso concordar com a idéia da divulgação de uma mentira somente para favorecimentos políticos, já que seria esta uma forma de "queimar" a (nova) imagem "botoxizada" da super ministra, próxima candidata a presidente pelo PT.

Por outro lado também não podemos esquecer que a Ministra foi militante, sim, no período da ditadura. A companheira de codinome Estella arquitetou e coordenou o maior golpe da história do terrorismo mundial até aquele momento: o célebre roubo do cofre do governador paulista Adhemar de Barros, que rendeu 2,5 milhões de dólares. Ela mesma já confirmou isto e diz se orgulhar do fato.

Para aqueles que concordam que os fins justificam os meios, há de se explicar que estávamos em plena ditadura e os então jovens militantes de esquerda (José Dirceu, Gabeira, Dilma, Genoíno, entre outros) iniciaram um movimento de resistência que não durou muito.

De qualquer forma não concordo com o movimento pela força e com o uso de armas, afinal em 15 meses de um movimento pacífico de jovens estudantes de "caras pintadas" do Diretas Já, o poder foi devolvido ao povo.

O grande problema é que este mesmo povo continua elegendo tipos desprezíveis como Edmar Moreira (deputado do castelo), Luiz Fernando Ribas Carli Filho (deputado bêbado que matou dois jovens em acidente de trânsito), Severinos, Collors, Sarneys e toda esta cambada que por ordem prática e racionalista deveriam estar presos.

E antes de culparem somente os militares pelo golpe de 64, é bom lembrar que aquilo não foi somente um movimento militar, senão político. Um inflamado político de esquerda, Brizola, então governador do RS, estatizava empresas estadunidenses, enquanto uma raposa velha, Magalhães Pinto - banqueiro e então governador de Minas, combinava o preço do galinheiro com o embaixador americano. Antes de somente julgar é necessário procurar a sujeira que foi varrida para debaixo do tapete da história recente de nosso país.