No complexo sul-africano de grutas Sterkfontein descobriram um esqueleto quase completo do Homo habilis. Estima-se que tenha aproximadamente dois milhões de anos.A descoberta foi feita por um grupo de cientistas da Universidade de Witwatersrand (África do Sul), encabeçado pelo professor Lee Berger. O esqueleto será mostrado ao público ainda esta semana. |
Se forem confirmadas as suposições dos cientistas, o achado poderia ser uma das descobertas mais importantes da paleontologia. Atualmente, apesar dos múltiplos achados pré-históricos, os especialistas só podem reconstruir os períodos da evolução humana baseando-se em alguns fragmentos. Os críticos de Darwin consideram este fato como uma prova da inconsistência da Teoria de Evolução das Espécies, pois se baseia em especulações e interpretações, ainda que científicas, de fragmentos.
Segundo as perspectivas científicas existentes, a África foi o berço da humanidade, dado que precisamente neste continente aconteceu o processo de evolução dos primatas e surgiu o antecessor comum do homem e do macaco antropomorfo (chimpanzé, gorila etc): o Australopithecus afarensis, que viveu aproximadamente há 3,9 milhões de anos e que já podia caminhar em pé.
O Homo habilis, a primeira espécie de hominídeos considerada o antecedente direto do homem atual, apareceu há uns 2.5 milhões de anos no sudeste da África. O volume de seu cérebro era 50% maior que o de seus antecessores Australopitecus. Os primeiros representantes da espécie do Homo tinham uma estrutura social mais complicada e sabiam elaborar instrumentos de trabalho. Muitos hábitos e tecnologias de Homo habilis conservaram-se até períodos relativamente recentes, como por exemplo, os hábitos da caça.
Estas e outras características do Homo habilis são presumidas por diversos achados. O primeiro deles ocorreu na Tanzânia, entre 1962 e 1964 e foi descoberto por Louis e Mary Leakey. Tratava-se da mandíbula inferior, dois fragmentos do crânio e 21 fragmentos de ossos de dedos, mãos e punhos. Em 1973, no Quênia, foi descoberto um crânio quase completo de Homo habilis. No entanto, até agora, nunca haviam encontrado um só osso da pélvis, ou uma extremidade completa.
Desta vez, o esqueleto inteiro ajudará a revelar alguns detalhes da vida do Homo habilis, em particular, onde vivia, se na terra ou nas árvores; se deslocava-se sobre suas extremidades traseiras ou apoiava-se também com as mãos. Se os ossos de seus braços forem fortes, significará que o Homo habilis podia portar instrumentos de trabalho nas mãos e merecia esse nome.
O complexo de grutas Sterkfontein é famoso por ser o lugar de achados significantes. Em 1947 encontraram aí um crânio em perfeitas condições da espécie Australopithecus africanus, datado de 2,15 milhões de anos. Em 1994 acharam também o esqueleto quase completo de um australopiteco que viveu há 3.3 milhões de anos.
Fonte: rt.com.
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Comentários
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Olha, certa vez desenterrei uma ossada no meu quintal, de animal grande, não identifiquei o que era, mas provavelmente um cervo, algo assim.
O que quero dizer é que achar uma ossada não ajuda a identificar fatores sociais, a vida, o indivíduo... eu acho isso tão importante quanto qualquer outra coisa. Somos muito mais história do que imaginamos.
E tem as especulações. Montar um símio através de uma ossada é mais um trabalho artístico do que científico. Quem garante que tinha tanto pelos, pele enrugada, se era gordo, magro, se era inteligente... tem muitos "se".
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