Em 2008, o doutor Khoruts, um gastroenterologista da Universidade de Minnesota, atendeu uma paciente afetada por uma infecção intestinal causada por Clostridium difficile. A mulher vivia acometida por uma diarreia constante que obrigou-a a usar cadeira de rodas e a usar fraldas. O tratamento que levou a sua cura foi insólito e se você tem estômago fraco, nem leia o restante do artigo |
Primeiro o doutor Khoruts tratou-a com um combinado de antibióticos, mas nada conseguia conter as bactérias. Sua paciente estava-se consumindo, perdeu 27 quilos no curso de oito meses.
- "Ela estava minguando evacuação após evacuação e provavelmente teria morrido", assegura o médico.
Por conseguinte o doutor Khoruts decidiu que a paciente precisava um transplante. Mas não inseriu em seu corpo um pedaço do intestino de alguém, nem do estômago, nem de nenhum outro órgão. Para curá-la o médico transplantou umas tantas bactérias de seu marido.
O doutor Khoruts misturou uma amostra das deposições de seu marido em uma solução salina e colocou-as no cólon da paciente. Isso mesmo que você está pensando, o médico fez um tranplante de cocô.
Em seu relatório no Journal of Clinical Gastroenterology do mês passado, o Dr. Khoruts e seus colegas asseguram que a diarreia da paciente desapareceu de um dia para o outro. Sua infecção por Clostridium difficile foi tão bem curada que não voltou a aparecer.
O processo descrito neste artigo é conhecido como transplante fecal ou de bactérias. Khoruts e seus colegas já realizaram o método quinze vezes com resultados positivos em treze deles, mas não é uma operação muito frequente. O fundamento está na substituição paulatina de determinadas bactérias por outras, e os cientistas estão estudando o mecanismo a nível genético.
O processo é usado para combater os efeitos desta infecção, que provoca colite pseudomembranosa , e o tratamento consiste na administração de pequenas doses de fezes de algum familiar através de via nasogástrica e enemas.
O artigo, How Microbes Defend and Define Us, é um interessantíssimo relato de como a vida microbiana no interior de nosso organismo influi em nossa saúde. Estes microrganismos superam em dez vezes o número de células de nosso corpo e a forma que determinam nossa saúde ainda guarda muitos mistérios.
Fonte: NY Times.
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Comentários
merda via nasogastrica, aiii :x
Ela nunca mais vai poder reclamar das "cagadas" do marido.
hehe
Poxa, é desagradável. Mas ainda bem que ela melhorou. Nunca ouvi falar sobre isso, o corpo humano é realmente surpreendente. :roll:
pelo menos é fácil arrumar doador :D
Foi a primeira vez que a merda foi utel como remedio.
Administrador vc simplesmente arrazou com essa matéria. Eu adoro medicina, biologia e tudo relacionado a ciência. Taí um assunto que deveria sair na revista veja. Mandou bem.
PQP !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 8O
Pow,o importante é que ela ficou boa! :wink:
Jabulani *-* ²
Jabulaaaani *-*
Anh???
:roll: