Como forma de protesto, chinês destroi Lamborghini Gallardo

Um empresário de Qingdao, província de Shandong, diz que o motor de seu carro esportivo de luxo, uma Lamborghini Gallardo L140 apresentou um problema apenas seis meses depois de ser comprado. Como qualquer proprietário de outro carro faria, ele contatou o revendedor local e seu carro foi rebocado por um prestador de serviços de manutenção da concessionária para que fosse levada a uma oficina de manutenção designada. Na devolução notou que continuava com o mesmo problema no motor e que ademais o pára-choque e o chassi haviam sido danificados, provavelmente durante o reboque.

Quando o proprietário apontou os problemas na loja de manutenção, que negou seus pedidos e simplesmente ignorou seus direitos de consumidor, o proprietário da Lamborghini tentou resolver as coisas com diversos dirigentes da empresa no país, foi solenemente ignorado, ninguém quis assumir a responsabilidade pelo que havia acontecido. Nestas circunstâncias, o proprietário do carro indignado sentiu que havia apenas uma coisa a fazer:

Decidiu contratar um grupo de trabalhadores da construção civil para destruir a sua Lamborghini Gallardo L140 em público no Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, para atrair a atenção para o problema dos direitos do consumidor na China. Ele afirmou que, nos últimos anos, o povo chinês está tendo acesso ao consumo de bens de luxo, mas infelizmente as marcas internacionais buscam apenas explorar o mercado chinês e ignorar os interesses e direitos dos consumidores. Ele acha que, no seu caso, a Lamborghini falhou, e muito, em não demonstrar a famosa qualidade do serviço que ela tanto promove, possivelmente porque seja só publicidade.

Na China, um Lamborghini Gallardo é vendido por entre $ 529.000 e $ 757.000 (R$ 880.000 e R$ 1.260.000), dependendo das especificações.

Enquanto isso, de forma estranha, a Renault conseguiu uma decisão, na 1º Vara Cível de Concórdia, em Santa Catarina, que determina a retirada do ar de um site e de todas as contas em redes sociais que Daniely Argenton criou para protestar contra a montadora.

Daniely comprou um Renault Megane Sedan 2.0 há mais de 3 anos e até agora não pode usufruir do carro que permanece estacionado em sua garagem devido à falhas no motor. O carro de Daniely foi levado algumas vezes para a assistência técnica da montadora, mas sempre voltou com o mesmo problema. Neste intervalo, a garantia do carro expirou.

Inconformada com todos estes problemas, ela resolveu criar o site Meu carro Falha, em fevereiro passado, para expor o seu problema, onde publica fotos e vídeos do carro tomando poeira em sua garagem.

A decisão da justiça diz que Daniely está cometendo abuso do seu direito de liberdade de expressão, que poderia acarretar danos à imagem da Renault, ainda que em nenhum momento tenha citado que a proprietária do Renault Megane Sedan 2.0 venha tendo seus direitos de consumidora desrespeitados pela empresa há quatro anos.

Fonte: Imagine China e Info.