Espantosas fotografias coloridas à mão do Japão Antigo

Estas fotografias surpreendentes, coloridas à mão, do velho Japão nos dão uma lição de história sobre como era a vida no final de 1800 até o início de 1900. Como um país isolacionista abria suas portas para o mundo exterior pela primeira vez em mais de 200 anos, uma transformação verdadeiramente espantosa que acontecia no exato momento em que a fotografia havia sido inventada. De acordo com o flickr do usuário Yves Tennevin, as fotografias foram feitas, presumidamente, por Adolfo Farsari, um fotógrafo italiano que morava em Yokohama, Japão.

Após uma breve carreira militar, incluindo o serviço na Guerra Civil Americana, Adolfo se tornou um empresário bem sucedido ao se enveredar pela ainda desconhecida carreira de fotógrafo comercial.

O trabalho fotográfico de Farsari foi altamente considerado, em particular seus retratos e paisagens coloridos à mão por ele mesmo, cuja maioria foi vendida para moradores e visitantes estrangeiros do país. Suas imagens foram amplamente distribuídas, apresentadas e mencionadas em livros e jornais. Elas formaram a percepção externa de pessoas e lugares do Japão e, de certa forma, afetaram até a forma como os japoneses viam a si próprios e a seu país.

Seu estúdio foi o mais comercialmente prolífico entre as empresas fotográficas e um dos maiores do país. Em grande parte devido à exigentes normas técnicas e habilidades empreendedoras de Farsari, que teve uma influência significativa sobre o desenvolvimento da fotografia no Japão.

Vale a pena repetir que estas fotografias não são resultados de uma colorização por computador, senão que foram coloridas manualmente por Farsari. Colorizar uma foto é uma das técnicas mais complexas que existe na edição digital, imaginem então o trabalho de fazer isso manualmente. É que antes de ser fotógrafo, Farsari era pintor.

Todas estas fotos estão compreendidas entre o período de 1886 a 1945 e somando suas outras características podem ser catalogadas de forma associativa e cumulativa como curiosidade, fotografia, arte e história, algo que a gente não presencia todo dia.

Fonte: Flickr do Yves Tennevin.