![]() | Facebook é a maior mina de ouro para as companhias de marketing, já que de certa forma todas nossas interações dentro desta rede social podem ser vistas como um gigantesco e permanente focus group. A riqueza dos dados oferecidas gratuita e publicamente para o Facebook pode ser constatada por um recente estudo da Universidade de Cambridge no qual formaram perfis sociais, com uma grande precisão, só levando em conta as curtidas de um usuário. |

Sim, cada vez que você clica sobre um botão "Curtir" da rede social está deixando um rastro de sua personalidade e suas preferências, segundo o estudo que considerou 58 mil usuários -não foi difícil encontrar um número similar de usuários cuja configuração de seus "Likes" fossem públicos, há dezenas de milhões- e conseguiu determinar características como sexo, tipo de personalidade, inclinação política, orientação sexual e muitas outras só tendo acesso a seu históricos de cliques no botão "Curtir".
Os pesquisadores puderam determinar com 88% de efetividade se um homem era gay ou homossexual apenas analisando os tipos de filmes e programas de TV que gostava. Neste caso foi mais útil saber que um gay gosta mais de "Britney Spears" ou "Desperate Housewives" do que de algum grupo abertamente de orientação gay, já que apenas 5% dos homens homossexuais se identificam com estes grupos de maneira pública; o restante continua trancado no armário.
O estudo permitiu distinguir a inclinação política em 85% dos casos e igualmente predizer se um usuário era cristão ou muçulmano com um grau de acerto de 82%. Também se era solteiro, casado ou viúvo com uma precisão um pouco menor, de 65%.. Ademais o estudo incluiu preditores que podem dizer que os pais de uma pessoa se divorciaram quando esta era jovem ou não.
Os autores da pesquisa convidam os usuários a revisar a informação que tornamos acessível publicamente no Facebook e demais redes sociais , já que esta pode revelar dados importantes para pessoas e companhias alheias.
Deste estudo e em geral a informação que fornecemos às grandes companhias da Internet, através de nosso histórico em redes sociais, compras no Mercado Livre ou DX, ou inclusive através de mecanismos mais sinistros como trackings através de cookies, resulta evidente que existe um custo tácito para utilizar os serviços gratuitos da Rede: estamos pagando com nossa informação. Assim também, cada vez mais seremos mais previsíveis em nossos comportamentos e nossas preferências, já que uma quantidade suficiente de informação é equivalente a conhecer o futuro: A "Big Data" e o olho que tudo vê são os oráculos de nossos tempos.
Fonte: Washington Post via NDig.
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Comentários
O problem é do modo q o Face é usado.
Eu, particularmente, me entendo muito bem com o Face.
Para mim, facebook não passa de um troço inútil, onde as pessoas adoram ser quem não são, adoram aparecer, adoram fofocar. Enfim, não vejo nada de útil nesse lixo.
Ia querer ver eles adivinharem minha personalidade só por "curtir" as coisas, DUVIDO!
Ainda bem que eu não tenho facebook.
é muito Criminal Minds... :P
Já "identificam" até psicopatas.
Conhecer o perfil, até psicológico, das pessoas. Interessante.
o problema não é a tecnologia, mas sim como ela é usada... por exemplo, quem gosta de ciclismo pode curtir a página da federação e ficar por dentro dos prazos de inscrições e eventos, ou de promoções de uma determinada loja, marcar um encontro com amigos...td concentrado em uma única página, o facebook. Maass esse problema de tornar os " curtir" públicos é do usuário q mtas vezes não sabe configurar. Mas ai tem uma certa malandragem do facebook tb, q não deixa claro e nem faz questão de deixar... Do meu ponto de vista quem fica viciado em facebook ou "curte" tudo q aparece, é uma pessoa que esta meio sem sentido na vida. Que não preenchem a própria vida com projetos e ficam a vagar a procura de algo no mundo virtual... a deriva...o facebook não é a causa... mas o efeito.
Humm... acho que fui muito seco...
Eu não fujo do Face... é + ou - o que o PH disse, não vi nada que aquilo ali possa acrescentar a minha vida, não vejo porque entrar, não me faz falta.
Continuo tendo muita interação com meu círculo de amigos, mesmo os que estão distantes, via telefone, e-mail, messenger, viajo até eles, e por vários outro meios.... acho uma coisa mais particular e bacana eu mandar as fotos de uma viagem diretamente aos meus amigos via e-mail, do que manter um perfil para postá-las no Face.
Do ponto de vista sociológico, de interação social, também não vejo motivos, o Facebook não é real! As pessoas não tem dias ruins no Face, elas não tem problemas no Face, só colocam fotos dos seus melhores angulos ali... E todos são bons, são politizados, preocupam-se com o próximo e o meio ambiente e blá blá blá e + blá blá blá....
é um mundo de faz de conta, que eu acho um pouco nocivo.....
Enfim, é como você falou msp1500... O segredo é saber usar... Mas não me sinto confortável em fazer parte de um "sistema" onde nem metade dos usuários sabem usa-lo. :roll:
Evito curtir, e altero a privacidade para todos os itens necessários.
A disputa, outrora pela preferência dos internautas, agora é para ver qual empresa invade mais a privacidade dos usuários.
Um novo "Google".
Confortably Numb;
Não precisa fugir do face como quem foge da cruz não. É só saber usar, e não há necessidade de e expor.
Ratinho, meu modo de pensar é parecido com o teu, quanto a isso. Depois que vi o que eu queria no Facebook, excluí minha conta, pois rapidamente percebi que não precisava daquilo na minha vida – muita futilidade e a impressão que tive é que muitos usuários que ali vivem o fazem (pelo menos boa parte dos que "examinei" durante minha experiência), principalmente, para observar a vida alheia. Ademais, com essas mudanças que tornaram a rede social ainda mais invasiva, tive ainda mais certeza de ter feito a escolha certa.
Ainda não faço parte do Facebook.... minha personalidade, individualidade e meus interesses são o bem mais valioso que eu possuo....
Não to afim de entregá-los de graça pro Zuckerberg faturar em cima.... :x
Izabela Sabrina;
Não é exatamnte que os pesquisadores tivessem interesse específico nisso, acontece que as "pistas" encontradas caminharam nessa direção.
Com certeza essa análise mostra muito dos usuários, sim.
Até mesmo para um leigo não é difícil deduzir algo do comportamento de seus amigos.
Quando eu tinha (experimentei uma vez, para verificar uma coisa), não "curtia" (acho um nome tosco, mas enfim) nada. Já alguns de meus "contatos", o faziam para quase tudo o que viam.
NDig.