Muito provavelmente neste momento você já está familiarizado com as obras gigantes do escultor australiano Ron Mueck, filho de um fabricante de brinquedos, não é realmente muito surpreendente que tenha optado por uma carreira semelhante, fazendo seus próprios brinquedos, apenas em um nível infinitamente mais detalhado. Suas obras de arte são tão realistas que fazem a gente pensar que estamos olhando para gigantes tristes e sorumbáticos da vida real. |
No começo de sua carreira, ele nem imaginava que teria uma, trabalhou durante 15 anos como modelista e marionetista na televisão infantil, até que foi apresentado a maquiagem de efeitos especiais e passou a trabalhar para o cinema em filmes de fantasia como "Labirinto", de 1996 que tinha David Bowie como protagonista.
Na década de 1990, começou a sua própria empresa, criando modelos para serem fotografados para anúncios. Naquela época, a maioria de suas obras somente eram parcialmente concluídas, já que necessitavam apenas de um determinado ângulo para a fotografia. Foi quando, em última instância, concluiu que fotografia destrói a presença física do objeto original, então voltou sua atenção para a arte e escultura. Não podia ter decisão mais sábia, as suas obras hiperrealistas de arte ganharam o reconhecimento internacional e ele deve ser o escultor mais reconhecido da atualidade.
Ron Mueck nunca fez uma escultura em tamanho natural, porque acha que não parece muito interessante:
- "Nós nos encontramos pessoas de tamanho real todos os dias, que graça teria?", diz ele. Em vez disso, optou por brincar com a escala na criação de gigantes imponentes assegurando ao mesmo tempo que pareçam tão humanos quanto possível. A cor da sua pele, as menores rugas em seus rostos, cada detalhe é contabilizado, fazendo suas esculturas parecerem assustadoramente realistas. Nos primeiros dias de escultura, o artista usava látex como seu principal meio. No entanto estava à procura de algo mais forte, mais preciso. Foi então que um dia viu uma pequena decoração arquitetônica na parede de uma boutique, e perguntou sobre a natureza do material. Descobriu a resina de fibra de vidro, e desde então esta passou a seu meio de arte favorita.
Questionado sobre sua relação com os gigantes da vida, de como ele cria, se os considera quase humano ou apenas grandes manequins, Ron Mueck, disse:
- "Eu não penso neles como manequins e por isso tento criar uma presença convincente para que o espectador chegue a sua frente e fique questionando se aquilo é real ou não, mesmo sabendo que não é. Mas, afinal, eles são objetos de fibra de vidro que a gente pode pegar e levar de um lado pra o outro. Se fossem bem sucedidos, como coisas divertidas para ter no quarto, eu já estaria feliz. A única coisa que me deixaria insatisfeito é se eles não causassem nenhum tipo de presença que não suscitasse o pensamento das pessoas além de sua natureza de simples objetos".
O caso é que vendo as obras do artista a gente nem pensa em imaginar seu método de criação, por isso este vídeo é tão curioso: um time-lapse que mostra todo o processo de criação de "Baby", do começo até o fim. Uma trabalheira só.
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Comentários
O filme "Labirinto" é de 1986.
Conhecia, é um tanto bizarro.
Que trabalho gigante.
Eu gostei.
Não gostei.
gostei
Ok.
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