O fotógrafo Won Kim passou a residir em um pequeno hotel de Tóquio para capturar retratos dos mochileiros que ali vivem para sua foto-série chamada "Enclosed: Living Small". Este hotel de aposentos diminutos ocupa um andar de um prédio de escritórios e é composto de alguns corredores, ao longo dos quais o proprietário construiu compartimentos minúsculos. Nenhum tem espaço suficiente para ficar em pé dentro. Separados apenas por madeira compensada inacabada, os espaços não têm janelas ou portas, apenas uma cortina na entrada para manter a privacidade. |
Kim tinha realmente se hospedado neste hotel em 2013, que é quando ele teve a idéia de começar a planejar este projeto. Um ano depois, em novembro de 2014, ele decidiu visitar o lugar e visualmente documentar os hóspede em um desses "quartos".
Na primeira vez, ele não sabia o que fazer para obter a permissão das pessoas para fotografar suas moradas pessoais, mas encontrou uma maneira interessante, embora incomum, para que eles concordassem. O fotógrafo determinado acabou dando a cada participante uma massagem nos ombros de 15 minutos.
Enquanto o fotógrafo estava vivendo no hotel-cápsula para o seu projeto, ele fez amizade com seus vizinhos. A partir daí, Kim via como cada indivíduo transformava seus locais de alojamento temporário em um espaço que refletia sua personalidade única.
- "Para mim, o real interesse dos retratos resultantes está em como cada morador fez uso de tal pequeno espaço", afirmou o fotógrafo.
Alguns dos quartos eram esparsos e foram provavelmente ocupados por pessoas que não planejavam ficar por muito tempo. Outros decoravam seus quartos com itens pessoais, estantes improvisadas, e guarda-roupas pendurados. Cada retrato capta perfeitamente a energia das várias câmaras, uma viagem entre o caótico e o desordenado, entre o minimalismo e a simplicidade. É esta distinção que faz o trabalho de Kim parecer realista e bem íntimo.
Fonte: via Feature Shoot.
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Comentários
Pavoroso.
Um amigo muito próximo viveu dois anos nestas condições para fazer um pé de meia no Japão. Depois chegou a conclusão que se tivesse permanecido no Brasil, exercendo sua profissão (engenheiro eletrônico), morando em uma favela, faria uma economia bem maior. Moral da história: está tentando a vida na Austrália, o cabeção.
Claustrofóbico.
Mas, mais do que isso, há algo intrigante nisto tudo:
como é possível que a lei japonesa permita a existência deste "hotel"?
Quaisquer regras de segurança, higiene e de bom senso são incompatíveis com esta aberração. A sua existência em um país desenvolvido e evoluído como é o Japão é incompreensível.
É claustrofóbico, deprimente.
Claro que se eles tivessem outra opção não estariam ali,
mas acho que não conseguiria respirar.