Assim eram as 100 concubinas do harém do Xá da Pérsia no Século XIX

Muitos dos filmes, relatos e livros recolhidos sobre as "mil e uma noites" propiciaram que, quando nos falam da cultura do antiga do Oriente Médio, não possamos evitar lembrar aqueles exóticos e suntuosos palácios, do gênio que concede três desejos e que vive preso na lâmpada, das formosas princesas que esperam na torre serem libertadas do tirânico vizir, das sensuais dançarinas do ventre ou daquelas idílicas viagens em tapetes voadores, certo? Errado! A realidade estava bastante distante do que o Ocidente idealizou através do escritor francês Antoine Galland.

Estes relatos só serviram para idealizar o modo de vida dos países árabes e circunvizinhos naquela época. De modo que se alguém perguntasse qual seria o aspecto que deveriam ter as mulheres que faziam parte do harém do Xá da Pérsia, a grande maioria pensaria sem pestanejar na Princesa Jasmine ou na doce Xerazade.

Recentemente vieram à tona algumas imagens reveladoras guardadas no Palácio do Golestão, no Teerã, que permitiram dar um rosto às mulheres que faziam parte do harém de Nácer Aldim Cajar, o Xá que governou a Pérsia entre os anos 1848 e 1896.

Ao que parece, o Xá era um grande fã da fotografia e seus modelos preferidos eram as mulheres de seu harém.

Segundo os historiadores, o harém do governante contava com umas 100 concubinas aproximadamente.

Ao subir ao trono, o Xá Cajar decidiu estabelecer o primeiro estúdio fotográfico oficial em sua residência palaciana.

Esta foto mostra a verdadeira esposa do Xá, a muito amada e respeitada Anis al-Doleh, que guarda uma estranha semelhança com Ron Jeremy.

Naquela época, as normas xiitas proibiam expressamente que uma mulher fosse retratada... uma lei que logicamente o Xá fingiu que não existia. Ele era a lei!

Historicamente, estas fotografias serviram para desmentir algumas ideias equivocadas sobre o modo de vida dos haréns.

Segundo podemos ver nas fotos, as mulheres gozavam de relações de amizade entre elas. Nesta fotografia, por exemplo, podemos vê-las desfrutando de um piquenique.

Não se destacavam precisamente por sua beleza, mas também teríamos que analisar qual era o padrão de beleza da época. Quase todas eram  corpulentas, monocelhas e inclusive bigodudas.

O padrão de beleza dista muito da época atual, ou do que nos tentaram vender nos filmes e relatos. Esta pose "de ladinho" mostrando a barriga e a perna cabeluda, ao que parece, era muito sexy.

Dizem que certa vez, o Czar Alexandre II convidou ao Xá Cajar a ir a São Petersburgo, onde assistiu pela primeira vez a um espetáculo de balé.

Parece que o Xá se sentiu muito atraído pelas vestimentas das bailarinas, de modo que gostava que suas concubinas usassem saias similares.

Inclusive. às vezes, o monarca posava junto a suas esposas.

Na década de 1870, o fotógrafo russo Anton Sevriuguin abriu seu próprio estúdio fotográfico em Teerã.

Ele criou na época uma crônica do Irã com imagens do próprio Xá e seu meio, exceto suas mulheres, disso o próprio Cajar já se encarregava.

Fonte: Kulturologia.