Um engenheiro do Google publicou um documento de 10 páginas internamente onde critica as iniciativas de diversidade da empresa e proclama que o fato de que há poucas mulheres na companhia não se deve ao sexismo ou à discriminação, senão às diferenças biológicas e psicológicas entre homens e mulheres. O documento, em geral, despertou indignação dentro e fora da Google. Não obstante, segundo Motherboard, alguns empregados da empresa disseram que muitos de seus colegas estavam total ou parcialmente de acordo com o que escreveu o engenheiro. |
A publicação do documento, chamado "Google's Ideological Echo Chamber" ("A caixa de ressonância ideológica do Google"), não vem em um momento oportuno para a Google, que atualmente está sendo pesquisada pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos por pagar menos as mulheres que aos homens apesar de que ocupem cargos similares.
O autor do documento -um engenheiro de Mountain View, Califórnia cuja identidade não foi revelada- declara que existe um preconceito político no Google que criou uma cultura onde as pessoas com opiniões diferentes sobre temas de sexismo, racismo e discriminação são obrigadas a se manter caladas se não querem ser humilhadas pelos demais.
Segundo ele, os preconceitos políticos de Google silenciam muitas pessoas através da vergonha, que por sua vez é a antítese da segurança psicológica. O mutismo criou uma caixa de ressonância ideológica em que algumas ideias são tão sagradas que não podem ser discutidas com honestidade, fazendo com que a falta de discussão carregue em si os elementos mais extremistas e autoritários desta ideologia.
Segundo o engenheiro, os homens e as mulheres são muito diferentes biologicamente.
- "Somente estou dizendo que a distribuição de preferências e habilidades de homens e mulheres são diferentes devido a causas biológicas. Estas diferenças possivelmente são explicadas por que não há uma representação igualitária de mulheres no setor de tecnologia e em postos de liderança."
O autor proclama que as mulheres são mais abertas com temas de emoções e estética que com as ideias. Ademais, diferente dos homens, têm maior interesse em pessoas do que em coisas. Isto conduz a que as mulheres prefiram trabalhos nas áreas sociais ou artísticas, segundo o autor. Acrescenta que as mulheres também costumam ser muito complacentes.
- "Isto faz com que as mulheres tenham mais dificuldades negociando seus salários, pedindo um aumento de salário, expressando suas opiniões e liderando", comenta. - "Destaco que estas são diferenças gerais e que há uma coincidência entre homens e mulheres, mas isto é exclusivamente um problema de mulheres. Isto gerou programas como o Stretch -para lhes apoiar- que exclui uma grande quantidade de homens e lhes deixa sem nenhum tipo de apoio, passando a ser um privilégio antes do que um direito."
O documento também menciona que as mulheres costumam ser neuróticas e que têm níveis altos de ansiedade e pouca tolerância para o estresse.
- "Isto possivelmente contribui aos altos níveis de estresse que as mulheres reportam no Googlegeist -pesquisas internas realizas pela empresa- e ao baixo número de mulheres em trabalhos com muito estresse."
Homens desejam ter mais status que mulheres
- "Sempre nos perguntamos por que não vemos mulheres em cargos altos, mas nunca nos perguntamos por que vemos tantos homens", escreve o engenheiro. - "Estes cargos muitas vezes requerem horas longas e estressantes que possivelmente não valham a pena se você quiser viver uma vida equilibrada e gratificante."
O autor destaca que mais homens se sentem "empurrados" a postos de trabalho assim porque são julgados por seu status. Isto também faz com que os homens aceitem trabalhos perigosos como o de mineiro, gari ou bombeiro.
Em nome da diversidade, Google criou várias práticas discriminatórias
O engenheiro declara que crê firmemente na diversidade de raças e de gênero, mas que os programas e processos gerados na empresa para criar esta diversidade são discriminatórios com os homens ao promover privilégios às mulheres..
Alguns exemplos consistem de programas e cursos somente para pessoas de certo gênero ou raça e que há uma fila de alta prioridade e tratamento especial para candidatos a "diversidade" e minorias. Segundo o autor, a empresa também analisa e reconsidera grupos de pessoas que não são suficientemente diversos.
Os humanos em geral querem proteger às mulheres, mas não querem escutar os protestos dos homens
- “Já temos muitos programas do governo e da Google para proteger as mulheres. Também temos campos de estudo e normas legais e sociais para isto", afirma. - "Não obstante, quando um homem se queixa de um tema de gênero que afeta os homens, é rotulado de ranheta ou misógino. Cada diferença entre homens e mulheres é interpretado como uma forma de opressão contra a mulher."
Além de expor seus pontos de vista, o engenheiro também incluiu algumas sugestões que deveriam ser implementadas para combater a "discriminação" na empresa:
- Deixar de moralizar a diversidade. Quando começamos a fazer isto, segundo o autor, deixamos de ver as coisas em termos de custos e benefícios;
- Deixar de isolar os conservadores. Em meios progressivos, conservadores sentem que devem permanecer "no armário" para evitar hostilidades;
- Confrontar os preconceitos d; Google;
- Deixar de restringir programas e cursos a certos gêneros e raças. Isto não é justo e é sectário;
- Ter uma conversa honesta sobre os custos e benefícios dos programas de diversidade de Google. Estes programas fomentam a discriminação ilegal;
- Centrar na segurança psicológica em vez da diversidade de gênero e raça. Esta segurança é importante para poder experimentar os benefícios da diversidade;
- Deixar de enfatizar a empatia no trabalho para poder analisar os fatos logicamente;
- Priorizar a intenção das pessoas em vez das micro-agressões;
- Ser abertos sobre as diferenças biológicas.
A opinião da Google
A vice-presidente de diversidade de Google, Danielle Brown, circulou uma nota aos empregados da empresa após a publicação do documento. Danielle afirma que o documento promove crenças incorretas sobre o gênero e que nem ela nem Google estavam de acordo com que o engenheiro escreveu.
- "A diversidade e a inclusão são partes fundamentais de nossos valores e da cultura que cultivamos na empresa", escreveu Danielle. - "Mantemos-nos firmes em nossa crença de que a diversidade e a inclusão são chaves de nosso sucesso como empresa. Continuaremos a defender este ponto de vista e estamos comprometidos a isso a longo prazo."
Ela declara que parte de construir um meio inclusivo é fomentar uma cultura onde as pessoas com diferentes opiniões se sentem seguras compartilhando-as. Não obstante, acrescentou que os discursos têm que estar de acordo com os princípios de igualdade de oportunidades da emprego no Código de Conduta da empresa, suas políticas e as leis contra a discriminação.
Após tudo isto, podemos certamente assegurar que vamos ter muito do que falar nestes próximos dias sobre o Google.
Fonte: Gizmodo.
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Comentários
Sim, Nataly, seu argumento realmente é uma vergonha. Mas persevere e talvez um dia aprenda alguma coisa.
Quero jogar mais sal nessa ferida para seguir demonstrando por que o Google está equivocado. O engenheiro que escreveu o memorando tem um doutorado em sistemas biológicos, de forma que ele não está expressando um opinião de especialista de Facebook. E se isto não bastar deem uma olhada neste link (https://www.theglobeandmail...) onde outra Doutora em neurociência sexual explica o mesmo e fornece muitos links de pesquisa recentes.
Sim, é ciência. Se após saber disto alguém seguir dizendo que o cara é só outro machista supremacista, o que te importa não é a verdade, senão estar de um lado e apoiar uma política estúpida que não tem nenhum fundamento a não ser agradar os vitimistas de plantão.
Ele disse "diferentes"... não "superiores", Nataly. Isso foi o que ele afirmou e depois explicou. E se você tivesse se dado ao trabalho de ter lido de forma objetiva, em vez de fazer de forma enviesada, seria diferente. E o que é mais deplorável é ver alguém que se alegra pela demissão de um indivíduo de seu cargo por dizer o que pensa sobre homens e mulheres, uma demissão que nada tem a ver com o desempenho de seu trabalho.
O problema pior é que na atualidade as empresas começam a empregar os tais milênicos (como diz o Luisão), como a Naty. Muito provavelmente recém formada, lacradora, fumou um beck com o professor de história, não lava a louça em casa, mas quer mudar o mundo para que tudo gire em sua volta e à sua disposição.
Às empresas de hoje, a maioria dos que conseguem promoção estão na categoria dos alpinistas. Isto é, aqueles que passam mais tempo promovendo relações sociais, lambendo o cu do chefe, sendo um x9 para ganhar pontos com a diretoria e ter seu salário aumentado em detrimento da capacidade de muitos.
Isto é assim, porque é o modelo de empresa atual que se impôs, a da hiper competitividade, essa baseada nesses livros que fomentam que pisemos na cabeça uns dos outros para conseguir ganhos salariais e promoções.
E de fato, não só há mulheres que ganham menos que seus colegas, também há muitos homens, a maioria, que também recebem menos que seus colegas, só pelo mero fato de não entrar nesse jogo sujo.
O pior é que com todo este discurso feminista-vitimista, a única coisa que conseguem é que os machistas se reafirmem em seus discursos de que as mulheres são "inferiores", e os que não são se sintam insultados e maltratados pelo que consideram um tratamento favorável pelo mero fato de serem mulheres.
Esta mania de você homens se acharem superiores tem que acabar. Bem feito que foi pra a rua, segundo estão comentando. Não me parece correto denegir ninguém nem tenho intenção de que a testosterona que os homens dizem ter transborde por seus neurônios e siga potencializado a excessiva segurança que alguns mostram em tão paupérrimos e conservadores argumentos. É uma pena que enquanto as mulheres evoluíram nos últimos anos sociológica, psíquica, política e profissionalmente... os homens não se animaram em fazer o mesmo para conseguir um mundo melhor. Que vergonha hein Edna!
Estou quase convencida de que esta situação ainda vai piorar muito e vai chegar bem longe com os anos. A não ser que a sociedade comece a criar consciência com um pouco mais de perspectiva. Senão vão seguir acrescentando mais e mais facilidades para um gênero determinado até o cruzamento de uma linha bastante grave, e a sociedade aprenderá a base de porradas porque as pessoas gostam de crer em sua cômoda realidade, não olhar as coisas com perspectiva e acho que até que não se cruze essa linha em que o assunto seja indiscutível ninguém vai fazer absolutamente nada.
Pela mesma razão que os testes físicos para entrar no corpo de bombeiros e na polícia são diferentes, porque quase nenhuma poderia superar as provas para homens.
Porque isso? (que dobrem os tambores) homens e mulheres são biologicamente diferentes! Né? E mutilar os genitais por uma desordem mental não muda o gênero.
Conforme anda a carruagem daqui a pouco admitirão transsexuais, de modo que os que perdem uma e outra vez contra Usain Bllt e Michael Phelps, deixem o cabelo longo, se vistam de mulher e voilá! Para ganhar medalhas de ouro! Adoraria ver o tiro saindo pela culatra das feminazis.
Na verdade eu nunca entendi porque as competições se dividem entre homens e mulheres. Para mim todo mundo tdevia competir contra todo mundo e que ganhe o melhor! Também sou contra a categoria por peso. Afinal somos todos iguais. ^^
Bigoduda foi bom, mas ela levou uam sumida do MDig!
Nunca entenderei a obsessão por defender que os homens e as mulheres são iguais. Somos muito diferentes, demos graças a Darwin! Diferentes aptidões, interesses, motivações... É maravilhoso que seja assim.
O que há que defender sempre, até à morte, é que tenhamos os mesmos direitos e obrigações sem importar sexo, raça ou condição.
Eu trabalho com programação Robertto, mas não me esforço para mostrar que sou competente ou mais que um companheiro de trabalho. Simplesmente o faço, e bem
Tenho uma pergunta para as mulheres que leem o MDig (não para aquela bigoduda de Santa Maria). Se trabalham em um ambiente onde predominam homens, sentem que devem se esforçar mais para “demonstrar” que são iguais a estes? Pergunto isso, porque na informática, mulheres programadoras são bem menos que as que se dedicam à parte administrativa da mesma.
Nunca vi emprego mais inútil que o do Setor de Igualdade (Apple, Google e Twitter têm todos um). Contratar mulheres por serem mulheres, ou chineses por serem chineses ou negros por serem negros ou qualquer moda da sociedade nesse momento e não por suas qualidades só para evitar inspeções e críticas sociais originadas pela falta de objetividade de coisas como esta. Depois tentam juntar todas as raças e gêneros na foto lacradora no Instagram mostrando que a imagem construída é bem mais importante que o trabalho em si. E a empresa. A empresa que se foda!
Se Marie Curie vivesse nos dias atuais, se sentiria ofendida e tria vergonha de toda esta merda.
Já era hora de alguém falar das coisas como elas são. Em um mundo tão politicamente correto e tão tolerante caimos no absurdo de que agora querem promover a igualdade criabdo estupidezes como “discriminação positiva” para mulheres e certos grupos como o coletivo LGBTTHGFJGJGDJGJGDJGDJGD... não sei nem quantas letras mais lhe agregaram porue minorias coitadistas dão crias como ratos, e a única coisa que fazem é criar desigualdade no sentido inverso.
Homens e mulheres somos iguais em direitos, oportunidades e capacidades, no entanto é um absurdo do tamanho do Amazonas pretender que somos iguais em personalidade, em biologia e em certos processos do pensamento que nos levam a priorizar e tomar decisões de forma diferente. E isso não tem nada de ruim! Como diz o Luisão, estas coisa são bacana e nos fazem ser como somos, se evoluimos assim é porque foi assim que nos conveio como espécie.
Estou completamente em desacordo em corrigir temas de desigualdade a base de cotas obrigatórias de gênero e iniciativas similares. Como também não estou de acordo em que as pesoas se comportem como um cavernário. As mulheres que foram bemn sucedidas na história foram por mérito próprio, não imagino uma Marie Curie recebendo uma bolsa em uma universidade “só por ser mulher e devemos cumprir uma cota de gênero”, só para citar um exemplo. Oras, vão peidar n'água!
O cara só falou verdades, mas hoje em dia 'verdades machucam' e todos devem agir de acordo com a cartilha do politicamente correto, mesmo que isso seja a maior babaquice do mundo.
Esta merda de política de gênero é um dos maiores males do mundo atual. Daqui há pouco as empresa vão ser obrigadas a contratar mulheres porque sim! :ma: