Dificilmente alguém não tenha ouvido falar dele. Não, não é aquele pai da patricinha desgraçada. Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen, nascido em 2 de maio de 1892 e morto em 21 de abril de 1918, foi um piloto alemão considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um expert do vôo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial. |
Sua morte é creditada ao piloto australiano Roy Brown. Todavia, é bem possível que tenha sido derrubado por um tiro a longa distância de um soldado australiano em solo, S. Evans.
Richthofen era conhecido como der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses, apelido pelo qual ficou conhecido.
Juventude
Nascido em Breslau, Silésia, então Alemanha (agora Wroclaw, Polônia), Richthofen mudou-se com sua família para Schweidnitz (agora Swidnica, Polônia), quando tinha nove anos de idade. Em sua juventude, apreciava caçar a cavalo e equitação e foi estudar na Inglaterra no Lincoln College, Oxford. Depois disso ingressou na escola militar. Após terminar o treinamento de cadete, juntou-se ao Regimento nº 1 de Uhlan como membro da cavalaria em 1911.
Era um oficial da cavalaria quando estourou a Primeira Guerra Mundial e foi chamado ao dever nas frentes ocidental e oriental, servindo de escolta para o exército alemão. Perto de maio de 1915, entediado com a função, pediu para ser transferido à Força Aérea quando transformou-se num observador aéreo.
Carreira como piloto
Inspirado pela oportunidade de conhecer o grande piloto de combate Oswald Boelcke, Manfred decidiu tornar-se ele próprio um piloto. Mais tarde, Boelcke selecionou von Richthofen para juntar-se ao grupo de elite Jagdstaffel ("grupo de caça"), JASTA 2. Von Richthofen ganhou seu primeiro combate aéreo sobre Cambrai, França, no ano de 1916.
Manfred, como muitos de seus companheiros pilotos, era muito supersticioso. Ele nunca saia em missão sem ser beijado por alguém querido. Isto tornou-se rapidamente um hábito difundido entre todos os pilotos de combate.
Depois de sua 18ª vitória, von Richthofen recebeu o "Pour le Mérite", a honraria militar mais elevada da Alemanha na época. Antes disso, em 23 de novembro de 1916, ele derrubou o ás da aviação britânico Lanoe Hawker, chamado as vezes de "o Boelcke Britânico". Isto aconteceu quando von Richthofen ainda voava num Albatros D.II. Entretanto, após esta batalha, foi convencido de que necessitava de um avião com maior manobrabilidade, embora isto implicasse uma perda de velocidade.
Um triplano pilotado por Richthofen reformado.
Infelizmente para ele, o Albatros foi o avião padrão da Força Aérea Alemã até o fim de 1917, e o barão voou num Albatros modelo D.III e depois num D.V.. Em setembro daquele ano Richthofen estava pilotando um Fokker Dr. I, o avião triplano ao qual ficou mais associado e que foi projetado por Anthony Fokker. Entretanto, das 80 vitórias em combates aéreos, apenas 20 ocorreram quando o Barão utilizava este modelo.
Restos do avião de Richthofen.
Dados curiosos
- Era costume entre os pilotos ter um mascote. No caso do Barão Vermelho, seu acompanhante era um cão dog alemão, chamado Moritz, conquanto grande número dessas mascotes morriam ao seguir cegamente seus donos. Moritz teve sorte e escapou só com uma orelha decepada.
- Como todos os pilotos de caça, o Barão Vermelho também tinha sua maneira particular de celebrar cada vitória. Encarregava um joalheiro de Berlim a fazer uma pequena taça de prata de cinco centímetros de altura onde era gravada a data e local da batalha, modelo de aeroplanos e número de tripulantes. A série de troféus foi interrompida após a vitória de número 60, quando o joalheiro comunicou que não tinha mais prata disponível e que só poderia fabricar taças com um material de pior qualidade.
- Naqueles tempos os pilotos, por superstição, não permitiam serem fotografados antes de um vôo por temor a sofrer de uma terrível má sorte. A última fotografia feita do Barão Vermelho foi feita, justamente, poucos segundos antes que voasse pela última vez enquanto brincava com um cão.
Cultura popular
- O jogo de PC Empire Earth inclui em sua campanha alemã vários cenas protagonizados pelo Barão Vermelho, baseados em situações reais, incluindo um com sua morte próximo ao rio Somme.
- No início dos anos noventa, a companhia Sierra On Line lançou o jogo Rede Baron, ambientado na I Guerra Mundial e onde se assume a personalidade de um piloto novato. O adversário mais difícil do jogo não é outro senão que o próprio Barão Vermelho.
- Nos quadrinhos de Peanuts, o personagem Snoopy numa de suas muitas fantasias sonha em ser um piloto da Primeira Guerra Mundial e tem o Barão Vermelho como seu inimigo. Foi este episódio que inpirou o nome da banda brasileira criada por Frejat e pelo grande poeta, filhinho de papai, viciado em drogas Cazuza que morreu em 1990 de Aids aos 32 anos.
- Na série de televisão Scooby-Doo, os personagens têm que pegar um louco que se faz passar pelo Barão Vermelho.
- Na série de televisão "Corrida Maluca", um dos corredores é claramente baseado no Barão Vermelho: O vilão Barão Hans Fritz, que corre em um bólido com forma de biplano e pintado de vermelho.
- Num dos desenhos do Pernalonga, ele aparece pilotando um avião na Primeira Guerra Mundial onde seu inimigo Eufrasino encarna o mesmíssimo Barão Vermelho.
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Comentários
Os decendentes de Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen (Barão Vermelho) quando questionados a despeito do possível parentesco com os Richthofen, da tragédia arquitetada pela "patricinha", negaram qualquer laço.
Só para evitar equivocos...
A mocinha esta que comandou a morte dos pais é realmente decendente do Barão Vermelho (piloto).
A empresa Fokker utilizou o modelo Demoiselle de Santos Dumont, que não requereu patente, para desenvolver seus aviões iniciais.
apesar da tecnologia de hoje nem um piloto ira se igualar a manfred,pois seus feitos eram de pura abilidade ele literalmente pilotava no braço,pilotava com o coraçâo,(barâo vermelho).
Ele é avô ou bisavô da patricinha. Quem disse isso foi meu professor de Teoria da Guerra. Deve saber dessas coisas...
Admin,
Concordo plenamente em grau e número com você.
Essa mania de endeusar as pessoas só porque morreram me irrita.
E "o viado é por sua conta" foi a cereja no bolo do seu comentário.
Quanto ao texto... Ótimo. Na alemanha lançaram este ano um filme chamado Barão Vermelho que eu queria muito ver. Só duvido que chegue até aqui.
Nitroso, somente você viu preconceito.
Grande poeta? Sem dúvida.
Filhinho de papai? Do pior tipo.
Drogado? Grande viciado, inclusive traficava.
O viado é por sua conta.
Quando me vi obrigado a citar o poeta, não poderia de deixar de falar sobre o trapo humano. E não é por que ele morreu que passou a ser bonzinho.
Cazuza foi o melhor exemplo do jovem irresponsável que não merece o respeito de ninguém, no entanto os meios pouco falam disso.
Abraços
Gostei da matéria "senão" pela frase preconceituosa e sem nada haver com o texto: "pelo grande poeta, filhinho de papai, viciado em drogas Cazuza que morreu em 1990 de Aids aos 32 anos."
Antes, adianto que NÃO SOU FÃ de Cazuza, "senão" da banda. Concordo que, quanto "exemplo de vida", o Cazuza tem muito pouco para oferecer. Talvez o "desejo de viver"... o que também pode ser discutível... Afinal, não foi ele que causou sua própria ruína?
Assim, não venham me criticar dizendo asneiras tipo "é drogado" ou "é viado".
Atentem que a crítica é levantada contra uma opinião dada de forma preconceituosa e, salientando, deslocada em relação ao texto da matéria, embora colocada no anexo Cultura Popular.
Ou seria da "cultura popular" ter esta veia, digamos, pouco educada, principalmente com quem já se foi?
Li que a tática dele era ótima... caçavam uma esquadrilha, analisavam rapidamente o efeito da pressão deles sobre a esquadrilha, escolhiam o mais "fraco" (que geralmente saía primeiro da formação) e era atrás dele que o barão ia.
Assim até eu.
legal (;
tipo, que foto amaldiçoada!
A foto não está errada.
"Naqueles tempos os pilotos, por superstição, não permitiam serem fotografados antes de um vôo por temor a sofrer de uma terrível má sorte. A última fotografia feita do Barão Vermelho foi feita, justamente, poucos segundos antes que voasse pela última vez enquanto brincava com um cão."
Nossa!
:fool:
Nossa o cara foi foda mesmo, muito bacana a historia dele, post fiko muito massa, so aumentandoo meu nivel de cultura.
Barão Vermelho (sem Cazuza)
interessante! :clap:
Meu nivel de cultura ja estourou por hoje.... :-(
a foto tá errrrrrrradaaaaaaaa, nem lí. primeiroooooo