As águas salgadas do Lago Epecuén na Argentina esconderam algo incrível por quase 30 anos, até agora. Na costa leste do lago, a cerca de 400 quilômetros da capital Buenos Aires, as ruínas da Villa Epecuén, branca e descorada pelo sal e sol, surgiram no meio da água salobra. Três décadas atrás, a cidade era um próspero resort, que abrigava cerca de 2.000 pessoas e atraía mais de 20.000 turistas todos os anos, que procuraram os famosos banhos de sal terapêuticos da aldeia. Agora os turistas estão voltando, mas por uma razão muito diferente. |
As ruínas da cidade se converteram em si mesmas em um atrativo turístico. A abrupta destruição da cidade, junto com suas ruínas, despertaram o interesse de jornalistas, antropólogos, fotógrafos e turistas de diferentes partes do mundo.
No entanto, a Villa Epecuén não está totalmente desabitada, já que Pablo Novak, cuja família estava firmemente ligara a cidade mediante diferentes empreendimentos, se negou à abandonar e ainda permanece ali como o único habitante.
O nível da água tem retrocedeu quase em sua totalidade. Permitindo divisar o antigo traçado das ruas, o dique de contenção e as ruínas das casas, hotéis e edifícios emblemáticos. Abundam árvores mortas, edifícios em ruínas e veículos enferrujados. Veja a coleção de fotos realizada pelo fotógrafo Enrique Marcarian para a Reuters.
A cidade ensolarada foi uma vez um importante destino turístico. Assim era a beira-mar em seu auge, lá pelos anos 1980.
Mas, como em meados da década de 1980 começou um padrão climático de longo prazo trazendo uma quantidade crescente de chuvas para a região, fazendo com que o lago transbordasse.
Em 6 de novembro de 1985, uma grande onda rompeu uma represa nas proximidades, rapidamente rompendo o dique de contenção da cidade e inundando-a completamente.
A cidade foi evacuada, e a maioria dos moradores nunca mais voltou. Os níveis de água continuaram a subir durante anos, atingindo um pico de 10 metros em 1993.
Em 2011 o traçado das ruas do vilarejo começaram a dar o ar de sua graça novamente.
Mas muitas áreas ainda permaneciam inundadas em 2011.
O teor de sal elevado do lago fez com que o lugar fosse extremamente popular com turistas da comunidade judaica de Buenos Aires, que por sua flutuabilidade lembrava muito o Mar Morto, em Israel.
A água salgada do lago é também incrivelmente corrosiva, matando árvores e corroendo os edifícios, uma vez que a cidade foi inundada.
Mas agora, finalmente, as águas recuaram aos níveis de pré-cheia, permitindo que um novo conjunto de turistas e aventureiros explore as ruínas da aldeia.
Esta casa foi construída em 1934. Imagens da evacuação de 1985 decoram a placa em frente.
Fotografias da cidade em seu apogeu são exibidas nas ruas recém-secas para que os visitantes possam ver como eras antes.
A descida das águas também permitiu que ex-moradores voltassem a ver uma cidade que não tinham posto os pés por 30 anos. Aqui, Viviana Castro coloca uma placa com o nome do ex-proprietário de uma casa em ruínas.
Mirta Estoessel senta-se sobre as ruínas de sua antiga casa. O sal corrosivo não deixou muita coisa para contar história.
Apenas um morador decidiu ficar. Pablo Novak, 85 anos, ainda vive na periferia da cidade, sua casa que fica em um lugar mais elevado conseguiu escapar do dilúvio.
Esta massa torcida de escombros costumava ser o centro hidrotermal de um spa.
Agora os turistas voltam mais uma vez para Villa Epecuén para ver os restos e ruínas do resort.
Aqui, esta casa ruiu inteira, deixando apenas uma fundação.
Alguns edifícios estão em melhor estado do que outros, embora a ferrugem continue a corroer os destroços e estruturas de metal.
A antiga rua principal do vibrante vilarejo agora está empoeirada, abandonada e forrada de entulhos e detritos.
As águas subiram tão rapidamente que muitos não tiveram tempo nem de entrar em seus carros. A cidade está repleta de carcaças e blocos de motor carcomidos pela ferrugem.
Muitos bens pessoais também foram deixado para trás, como este sapato que emerge da lama com o recuo das águas.
Numa estranha reviravolta, as águas, que eram a causa do grande sucesso da aldeia, foi a mesma que a varreu, apenas para retroceder 30 anos mais tarde e trazer nova vida para as ruínas.
Fonte: Atlantic e Daily Mail.
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Comentários
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