Thomas Edison e as invenções que ele realmente não inventou

As crianças em idade escolar nos EUA, e até a bem pouco tempo no Brasil também, aprendem desde cedo que Thomas Edison foi provavelmente o maior inventor que já existiu. Não há argumento de que ele roubou a ideia de algumas das tecnologias mais espetaculares que o mundo já viu. Supostamente ele detinha mais de 1.000 patentes, mas, ao que parece, ele pode ter feito qualquer coisa para reivindicar o crédito pelas invenções do trabalho e da criatividade de outras pessoas. Thomas Edison é frequentemente aclamado como um inventor prolífico, celebrado por criações inovadoras como a lâmpada e a câmera cinematográfica. No entanto, um exame mais detalhado revela um padrão de Edison assumindo o crédito por invenções que ele realmente não concebeu.

A narrativa em torno do legado de Edison obscurece as contribuições de outros inovadores. Um desses exemplos é o desenvolvimento da fotografia. Edison capitalizou o trabalho pioneiro de Joseph Nicéphore Niépce e Louis de Guerre, que lançaram as bases para a captura de imagens.

Apesar da falta de experiência em fotografia, Edison aproveitou seus avanços para criar uma câmera cinematográfica, ofuscando as contribuições anteriores do inventor Eadweard Muybridge.

Da mesma forma, a invenção da lâmpada foi um esforço colaborativo que durou décadas, com figuras como Alessandro Volta e Joseph Swann fazendo avanços significativos antes do envolvimento de Edison. A afirmação de Edison do crédito exclusivo pela lâmpada reflete um padrão de ofuscar as contribuições de seus antecessores.

Além disso, o envolvimento de Edison no desenvolvimento de baterias de armazenamento e geradores eletromagnéticos destaca sua tendência de explorar tecnologias emergentes para ganho pessoal. Embora fosse hábil em reconhecer oportunidades, Edison muitas vezes eclipsava os esforços de outros em sua busca por reconhecimento e sucesso financeiro.

Apesar da reputação de Edison como visionário, seu legado é marcado por exemplos de apropriação de inovações de outros. Ao lançar luz sobre estas contribuições negligenciadas, obtemos uma compreensão mais matizada do complexo legado de Edison como inventor e autopromotor.