Um trabalho impressionante de crítica social e destreza técnica, "Migrantes" explora as consequências de um desastre climático comovente. A animação, que é uma colaboração entre os alunos de animação do quinto ano Zoé Devise, Hugo Caby, Antoine Dupriez, Aubin Kubiak e Lucas Lermytte, da escola francesa Pôle 3D, centra-se em uma história simples: uma ursa-polar e seu filhote fogem de seu habitat ártico enquanto icebergs de isopor caem na água e sua casa, antes congelada, torna-se impossível de viver.

Um filme artístico industrial de Rube Goldberg criado para explorar a entropia e estados de colapso iminente, "Der Lauf der Dinge" foi filmado sem som em um depósito vazio de 1985 a 1987 pelos artistas suíços Peter Fischli e David Weiss. Velas acesas transformam-se em fogos de artifício que enviam faíscas em líquidos inflamáveis. Sacos de lixo giram e atingem pneus que rolam, derrubando rampas oscilantes. Um líquido corrosivo parece dissolver o isopor, deslizando facas em balões cheios de líquido. Há líquidos espumosos e pó espalhado por todo o chão. Como se costuma dizer, não tente fazer isso em casa.

Seja imersa em faixas de tecidos ornamentais ou em cenários de estilo paisley, Cecília Paredes é adepta da camuflagem nos cenários mais elaborados. A artista peruana disfarça sua figura pintando sua pele exposta e envolvendo seu torso em roupas luxuosamente estampadas, deixando apenas seus cabelos e olhos intactos enquanto tira uma fotografia. Os autorretratos meticulosamente compostos, que são parte de um corpo de trabalho contínuo, confundem as fronteiras entre o assunto e o ambiente circundante, pois consideram temas de natureza, origem e transformação.

O marmoreio de papel ("ebru" em turco) é um método de design de superfície à base de água, que pode produzir padrões semelhantes ao mármore liso ou outra pedra. Os padrões são o resultado da flutuação da cor em água pura ou em uma solução viscosa conhecida como ox-gall -reagente umectante que faz com que a tinta flutue e não se misture com a água-, e então são cuidadosamente transferidos para uma superfície absorvente, como papel ou tecido. Ao longo dos séculos, as pessoas aplicaram a pintura ebru em uma variedade de superfícies.

A laca japonesa, ou urushi, é um material transformador e altamente valorizado que foi refinado por mais de 7.000 anos. Prezado por sua versatilidade infinita, o urushi é uma forma de arte distinta que se espalhou por todas as facetas da cultura japonesa, desde a cerimônia do chá até a escultura abstrata moderna e uso decorativo na carpintaria. Acima de tudo, nenhuma discussão sobre o artesanato japonês pode ser completo sem a compreensão de algumas das técnicas engenhosas por trás de objetos artísticos, como talheres de laca, móveis e até portas.

O marceneiro e cinegrafista Frank Howarth criou um lindo globo multi-texturizado usando cortes triangulares de diferentes madeiras. Howarth começou este projeto traçando a superfície da Terra como um mapa plano que ele então cortou em uma série de 80 triângulos que ele colou. Ele trabalhou neste projeto de madeira desde o início de abril passado. A ideia por trás desse globo torneado em madeira era recortar os padrões da terra e do oceano como um mapa plano em uma série de 80 triângulos. Então, esses triângulos irão se conectar e se dobrar em uma esfera.

Observando o artesanato em 18 oficinas ao redor de Kyoto, Japão, o cineasta Kuroyanagi Takashi registrou como o washi japonês é feito há pelo menos 800 anos com fibras da casca interna de arbusto mitsumata (Edgeworthia chrysantha) ou o arbusto de amoreira. Como um artesanato japonês, é registrado como patrimônio cultural imaterial da UNESCO. O washi é geralmente mais resistente do que o papel comum feito de polpa de madeira e é usado em muitas artes tradicionais.

Em uma cerimônia de encerramento dos Jogos Paraolímpicos de Tóquio 2020 -(realizados em 2021- e a celebração do descerramento daqueles a serem realizados em Paris em 2024, 128 dançarinos profissionais e amadores trabalham em uníssono e com perfeita sincronia um em uma rotina original criada pelo dançarino e coreógrafo francês Sadeck Berrabah, mas conhecido na cena artística como Sadeck Waff.

O entusiasta do brinquedo de montar K'Nex, Austin Granger, do canal do YouTube Austron, construiu uma gigantesca máquina de bolinhas no Museu do Trabalhador de=o estado americano de Minnesota. A estrutura foi feita com mais de 115.000 peças do brinquedo e inclui mais de 260 metros de trilhos. Na verdade,esta foi uma expansão de sua máquina de bolinhas anterior para o mesmo museu. Austin diz que para montar uma obra como essa é necessário construir primeiro as torres, pontes e outras estruturas mais fortes, ainda que sejam em conjuntos separados que puder.

Ao congelar belas e coloridas flores em grandes blocos de gelo, o artista japonês Kenji Shibata criou uma temática interessante para suas fotos que é surpreendentemente bonita e paradoxalmente simbólica. Esta coleção de fotografias intitulada "Encerradas no éter" apresenta flores literalmente congeladas no tempo, cortadas e preservadas no gelo, o que salva e ao mesmo tempo destrói sua beleza. De fato, as flores cativas dão às fotos de Shibata um aspecto de pinturas feitas com aquarelas.

A artista Susan Beatrice cria espetaculares e intrincadas esculturas steampunk feitas com sucata e peças de relógios velhos, como já vimos no post "Esculturas steampunk feitas com peças de relógios velhos". Com o meio-ambiente em mente, suas pequenas e inteligentes criações são feitas integralmente de materiais reciclados. Quando ela encontra pequenos objetos descartados, como engrenagens, rodas dentadas, relógios de bolso vintage e coisinhas do tipo, logo sua mente começa a maquinar no que ela pode transformar aquela peça que em geral fará parte de um item único com temática voltada à natureza.

O artista Xomatok traduz os motivos geométricos vibrantes das mantas andinas de lã de alpaca tecidas à mão, conhecidas como frazadas, em obras de grande escala que marcam os caminhos pelos distritos montanhosos de Ate, Comas e San Juan de Lurigancho em Lima, Peru. Pintadas ao longo de dois meses no âmbito do Pinta Lima Bicentenário, as 13 intervenções foram um empreendimento colaborativo da artista e dos residentes locais, que transformaram as escadarias públicas que serpenteiam pelos bairros em telas multinível.