Os anfiteatros naturais gigantes do Cânion Bryce, nos EUA

Vermelho e laranja rodopiam deslumbrantemente nas rochas desses anfiteatros naturais. Criadas pelo intemperismo da geada e pela erosão do rio, essas formações distintas são chamadas de "chaminés de fada", também conhecidas como "pirâmides de terra", formadas conicamente por um processo de erosão ascendente. Criando longos riachos e bacias maiores, essa ocorrência geográfica específica cria grandes pináculos de cores vivas que se projetam da bacia em uma bela exibição. As chaminés de fadas são um tipo de paisagem sedimentar.

As cores vermelha, laranja e branca das rochas proporcionam vistas espetaculares para os visitantes do parque.

O Parque Nacional do Cânion Bryce é o lar do maior campo de chaminés do mundo. Apesar do seu nome, Bryce não é propriamente um cânion, mas sim um grande anfiteatro natural formado pela erosão.

Pouco se sabe sobre a habitação humana primitiva na área de Bryce Cânion, mas pesquisas arqueológicas no parque mostram que as pessoas estão na área há pelo menos 10.000 anos.

Artefatos dos cesteiros do povo Anasazi com vários milhares de anos foram encontrados ao sul do parque. Outros artefatos do período Anasazi e da cultura Fremont -até meados do século XII- também foram encontrados.

Os nativos americanos Paiute se mudaram para os vales e planaltos circundantes na área na mesma época em que as outras culturas partiram.

Esses nativos americanos caçavam e coletavam a maior parte de sua comida, mas também complementavam sua dieta com alguns produtos cultivados.

As chaminés de fada são conhecidos como hoodoos pelos povo Paiute, que desenvolveu uma mitologia em torno dos pináculos.

Eles acreditavam que os hoodoos eram o Povo Lendário que o deus trapaceiro Coiote transformou em pedra, como punição por suas más ações.

Os geólogos têm uma explicação diferente para a origem dessas estranhas colunas de pedra.

A água da chuva ou da neve derretida penetra nas rachaduras ao longo das bordas da cratera e se expande à medida que congela durante a noite, antes de descongelar novamente à medida que as temperaturas sobem.

Este ciclo de congelamento e descongelamento é repetido até que eventualmente a rocha quebre.

A chuva levemente ácida que cai sobre o calcário e o carbonato de cálcio também corrói essas rochas mais fracas, enquanto as rochas mais fortes permanecem intocadas, realçando as formas dramáticas.

Os hoodoos do Bryce são uma visão temporária, uma vez liberados da borda do cânion, as chaminés de fada continuam a erodir em uma média de 60 a 130 centímetros por século.

Em cerca de três milhões de anos, o cânion terá recuado para o rio Sevier que corta a base das formações.

O Parque Nacional do Cânion Bryce é muito menor e fica em uma elevação muito maior do que o Parque Nacional de Zion, nas proximidades. A borda no Bryce varia entre 2.400 a 2.700 metros.

A área ao redor de Cânion Bryce foi originalmente designada como monumento nacional pelo presidente Warren G. Harding em 1923 e foi redesignada como um parque nacional pelo Congresso em 1928.

O parque tem uma área de 145 km² e recebe substancialmente menos visitantes do que o Parque Zion (quase 4,3 milhões em 2016) ou o Parque Grand Cânion (quase 6 milhões em 2016), em grande parte devido à localização mais remota. Em 2018, o Cânion Bryce recebeu 2.679.478 visitantes recreativos, um aumento de 107.794 visitantes em relação ao ano anterior.