A fotografia é um meio poderoso e pode expor verdades e mostrar emoções que as palavras nunca poderiam. Ela pode transformar um espelho para os nossos medos mais profundos e dar esperança para a humanidade. Ela pode mudar o mundo. Desde 1942 o Prêmio Pulitzer vem sendo outorgado às mais excelentes fotografias -ou portfólios- de cada ano. Normalmente atribuído a fotojornalistas, as imagens premiadas incluem algumas das fotografias mais icônicas já tomadas. |
Aqui reunimos algumas destas fotografias que representam notícias e momentos históricos importantes dos últimos 72 anos. Atenção: esteja avisado de que muitas das imagens desta galeria retratam a violência gráfica e algumas podem ser bastante perturbadoras para os mais sensíveis.
Soldados japoneses mortos espalhados em torno de uma casamata na Ilha de Tarawa, no Pacífico Sul em 11 de novembro de 1943, durante a Segunda Guerra Mundial. Uma batalha sangrenta se seguiu após que os fuzileiros navais norte-americanos invadiram o atol japonês ocupados. Esta foto de Frank Filan ganhou o Prêmio Pulitzer em 1944.
Esta foto icônica de Joe Rosenthal venceu o Prêmio em 1945. Ela retrata fuzileiros navais do 28º Regimento, 5ª Divisão, levantando a bandeira americana no topo do Monte Suribachi, Iwo Jima, em 23 de fevereiro de 1945. A ilha do Pacífico se tornou o local de uma das mais sangrentas e mais famosas batalhas da Segunda Guerra Mundial contra o Japão.
Nesta foto de Max Desfor, que ganhou o prêmio em 1951, os moradores de Pyongyang, Coreia do Norte, e os refugiados de outras áreas rastejam perigosamente sobre vigas quebradas de ponte da cidade à medida que fogem para o sul através do rio Taedong para fugir do avanço das tropas comunistas chinesas. Muitos morreram buscando seu sonho de liberdade.
O Prêmio de 1961 foi para Yasushi Nagao do jornal Mainichi de Tóquio. Ela captou o exato momento em o que um jovem de 17 anos assassinou o presidente do Partido Socialista Japonês, Inejiro Asanuma, em um debate político.
Esta foto, tirada por Horst Faas, mostra um pai mostrando o corpo sem vida de seu filho para os soldados do exército sul-vietnamitas em cima de seu veículo blindado, em 19 de março de 1964. A criança morreu quando as forças do governo perseguiam guerrilheiros em uma aldeia perto da fronteira do Camboja. Ela deu a Faas o Prêmio Pulitzer de Fotografia em 1965.
Nesta foto, que ganhou em 1967, o ativista dos direitos civis James Meredith faz uma careta de dor enquanto rasteja na rodovia após ser baleado em Hernando, Mississippi, no verão de 1966. James liderava a "Marcha contra o Medo" para incentivar os afro-americanos a votar quando foi baleado. Ele completou a marcha depois que seus ferimentos foram tratados. A foto foi feita por Jack Thornell.
Rocco Morabito recebeu o Pulitzer em 1968 por sua fotografia chamada "The kiss of life". A imagem mostra um incidente que na Flórida, em 1967 O homem pendurado no poste é RG Champion, que desmaiou logo após receber uma descarga elétrica. Seu companheiro de trabalho, Jimmy Thompson, escalou o mastro e fez um boca-a-boca para ressuscitar Champion mais tarde foi levado para um hospital para receber tratamento nas queimaduras em suas mãos e pés.
A imagem que deu o Prêmio Pulitzer em 1969, o lendário fotojornalista Eddie Adams retrata o general sul-vietnamita Nguyen Ngoc Loan, chefe da polícia nacional, disparando sua pistola e matando o Viet Cong Nguyen Van Lem (também conhecido como Bay Lop ) em uma rua de Saigon, em 1968, no início da ofensiva de Tet.
Esta foto, tirada por Neal Ulevich em 1976, mostra um membro de uma facção política tailandesa golpeando o corpo sem vida de um estudante que foi enforcado na Universidade Thammasat, em Banguecoque. A polícia invadiu a universidade depois que os estudantes exigiram a expulsão de um ex-governante militar e entrincheiraram-se na escola. A imagem ganhou o Prêmio Pulitzer em 1977.
Crianças sul-vietnamitas fugindo assustadas por uma estrada, incluindo , Kim Phuc, de 9 anos de idade, no centro, após que um avião sul-vietnamita caiu acidentalmente lançando flamejante napalm em seus próprios soldados e civis. A menina apavorada rasgou suas roupas enquanto fugia. Esta foto, feita pelo fotógrafo vietnamita Nick Ut, ganhou o prêmio em 1973.
Esta foto, feita por Ron Edmonds em 1981, mostra o agentes do serviço secreto e policiais protegendo o presidente Ronald Reagan de um atentado realizado por John Hinckley, Jr., que surgiu no meio de um grupo de espectadores e disparou seis tiros contra o presidente. O secretário de imprensa James Brady que ficou permanentemente incapacitado devido ao ataque, mais tarde se tornou um defensor do controle de armas.
Esta foto feita por Jean-Marc Bouju em 1994 mostra uma mulher faminta em um posto de saúde improvisado em Ruhango, Ruanda, onde milhares de civis se refugiaram dos combates entre as tropas governamentais e os rebeldes ruandeses. Sem acesso a cuidados médicos suficientes, os médicos disseram que 20 a 25 pessoas morreram diariamente por doenças e fome durante os combates. Esta foto, parte de uma portfólio maior, ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia daquele ano.
Nesta terceira de sete fotos sequenciais que deu a Alan Diaz o prêmio em 2001, Elian Gonzalez é descoberto em um guarda-roupa por um soldado que vasculha a casa em Miami de Lazaro Gonzalez, tio-avô de Elian. O garotinho de 6 anos tinha fugido recentemente de Cuba para os EUA, onde seus parentes pediram seu asilo contra os desejos de seu pai cubano, criando uma grande polêmica entre Cuba e os EUA em relação a custódia e dos direitos de imigração.
Um iraquiano celebra em cima de um veículo militar americano na parte norte de Bagdá, no Iraque. Esta fotografia, feita pelo Muhammed Muheisen, era de um portfólio maior com 20 tomadas por 11 fotógrafos diferentes ao longo de 2004 que ganharam o Prêmio Pulitzer no ano seguinte.
Nesta foto, tirada por John Moore, em 2004, mostra um detento, em uma jaula de confinamento solitário, conversando com um policial militar na prisão de Abu Ghraib, nos arredores de Bagdá. Esta foto foi parte do mesmo portfólio premiado da foto anterior.
O conflito entre os sionistas e palestinos foi sempre uma constante nas notícias durante anos. Uma agricultora solitária luta com um grupo de seguranças israelenses durante confrontos que eclodiram quando as autoridades evacuaram o posto de assentamento da Cisjordânia de Amona, ao leste da cidade palestina de Ramallah, no início de 2006. Esta foto, tirada por Oded Balilty, ganhou o Prêmio Pulitzer de 2007.
O fotógrafo da Reuters Adrees Latif ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia em 2008 por esta imagem de um cinegrafista japonês sendo alvejado durante a repressão governamental contra manifestantes em Mianmar. O repórter Kenji Nagai ainda tentou filmar a violência enquanto jazia ferido depois que a polícia atirou nele. Nagai acabaria por morrer mais tarde em decorrência dos ferimentos.
Patrick Farrell, do Miami Herald, capturou o desespero das pessoas no Haiti depois da devastadora passagem do furacão Ike e outras tormentas que causaram uma tragédia humanitária no país caribenho. Por isso ganhou o Pulitzer em 2009.
Um menino chora durante o funeral de seu pai, Abdulaziz Abu Ahmed Khrer, que foi morto por um atirador de elite do exército sírio em Idlib, norte da Síria. Esta foto de Rodrigo Abd fazia parte de um portfólio maior de imagens da Síria, que ganhou o Prêmio Pulitzer em 2012.
O Prêmio Pulitzer de fotografia de 2014 foi concedido a Tyler Hicks, do New York Times, por suas fotografias do ataque terrorista, onde militantes islâmicos mantiveram reféns durante quatro dias em um shopping center em Nairóbi, quando 68 pessoas foram mortas pelo grupo somali Al Shabab, ligado à Al Qaeda, que exigia do Quênia a retirada de suas tropas da Somália.
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Comentários
Senhores. A insistência com que a escolha do Pulitzer de fotos, recai sobre fotos de barbarismos chocantes revela uma vocação nada saudável dos avaliadores, parece coisa de sádico. Ou, pior ainda, pode ser coisa de SENSACIONALISTA esquerdopata que busca VULGARIZAR A BARBÁRIE. De um ponto de vista objetivo, essas CENAS MACABRAS não acrescentam nada para todos os acostumados com a miséria. Tenho 75 anos, sou aposentado e já vivi um longo período da minha infância em FAVELA na baixada fluminense - Rio de Janeiro - RJ. Gente como eu carrega a memória viva da violência e do sofrimento, não precisa de fotos assim. De outra parte, as pessoas que vivem bem são indiferentes ao sofrimento alheio por incapacidade de empatia. Para essas, as fotos também não servem para nada. Sobram os Intelectualoides para os quais a miséria alheia é APENAS matéria prima para produzir PULITZER e outros premios de merda, da mesma espécie.