A intrincada e antiga história das tatuagens japonesas

A tatuagem foi usada como arte estética corporal pelos japoneses antigos durante séculos antes de cair em desuso no século VII, quando as autoridades adotaram o costume chinês de usar tatuagens como forma de punição criminal. Por aproximadamente um milênio, as pessoas tatuadas foram rotuladas como párias por suas marcas -geralmente no rosto ou braços- evidenciando as transgressões passadas. A tatuagem punitiva, eventualmente, caiu em desuso, mas as tatuagens permaneceram associadas com a criminalidade, mesmo quando a tatuagem decorativa e pictórica começou a ressurgir.

Em 1805, foi lançado uma tradução japonesa do romance chinês "Suikoden, um livro ilustrado com pródigas xilogravuras coloridas de seus heróis.

Os personagens eram tatuados com elaborados motivos florais, animais e figuras míticas; e sua popularidade estimulou a demanda por tatuagens semelhantes.

Apesar desta popularidade, a tatuagem estava oficialmente banida por ser prejudicial para a moral pública. Isto foi rigorosamente aplicada na era Meiji, quando temiam que as tatuagens fizessem com que os japoneses parecessem bárbaros para os ocidentais.

Mas muitos japoneses continuaram a fazer tatuagem em salões do submundo, e a arte acabou associada com gângsteres da Yakuza. Quem concordasse em fazer uma tatuagem dolorosa e ilegal era considerado destemido e leal para com o estilo de vida fora da lei.

Longe de vê-los como bárbaros, muitos ocidentais ficaram fascinados pelas tatuagens locais. Em visitas ao país, o futuro rei George V e Czar Nicolau II fizeram tatuagens de dragão em seus braços.

Embora a tatuagem não seja ilegal no Japão, continua a ser um assunto espinhoso.

Muitos ainda associam a arte corporal com criminalidade, e banheiros públicos e estações de água termal, muitas vezes não permitem a entrada de clientes tatuados.

As fotos compiladas neste post foram feitas entre o ano 1860 e 1890.