Os bisões foram caçados quase até a extinção no século 19 e ficaram reduzidos a algumas centenas em meados da década de 1880. Eles eram caçados por suas peles, e o resto do animal era deixado para apodrecer no chão. As peles eram preparadas enviadas para o leste da Europa (principalmente a Alemanha) para processamento em couro. Os colonos coletavam ossos as carcaças deixadas pelos caçadores, que eram utilizadas na fabricação de fertilizantes e porcelana fina. O preço das ossadas variava entre 2,50 e 15,00 dólares por tonelada. |
Difícil precisar a quantidade de crânios de bisões nesta pilha. Mas alguns cálculos baseados em volume calculam perto de 200 mil.
Quando os europeus modernos chegaram à América do Norte, existiam cerca de 50 milhões de bisões no continente. Após a grande matança durante os anos 1800, o número de animais restantes em pé na América do Norte diminuiu para 541. Durante esse período, um grupo de fazendeiros decidiu reunir o resto dos rebanhos existentes para salvar a espécie da extinção.
Na década de 1830, os comanches e seus aliados nas planícies do sul matavam cerca de 280 mil bisões por ano, o que estava perto do limite de sustentabilidade para essa região. Armas de fogo e cavalos, juntamente com um crescente mercado de exportação de peles e carne de búfalos e bisões resultaram em um número cada vez maior de animais mortos a cada ano.
A expansão ferroviária também queria que os bisões fossem eliminados, já que os rebanhos sobre os trilhos poderiam danificar locomotivas quando os trens não conseguiam parar a tempo. Os animais adquiriram o costume de se abrigar em áreas terraplanadas artificialmente em condições de inverno difíceis. Como resultado, os rebanhos podiam atrasar um trem por dias. As ferroviárias então contratavam atiradores para matar os animais enquanto o trem passava.
O exército dos EUA também sancionou e apoiou ativamente o massacre dos rebanhos de bisões. O governo federal promovia a caça aos animais por várias razões, entre elas para permitir que os fazendeiros variassem seu gado sem a concorrência de outros bovinos e enfraquecer a população indígena norte-americana, que assim ficaria sem sustento.
O governo dos EUA chegou mesmo a pagar uma recompensa por cada crânio de bisão recuperado. Comandantes militares ordenavam que suas tropas atirassem em bisões, não por comida, mas para negar aos índios sua própria fonte de alimento. Alguns miltares acreditavam que os caçadores de bisões fizeram mais para derrotar as nações indígenas em alguns anos do que todos os soldados fizeram em 50 anos. Em 1880, o abate estava quase acabado. Nos campos em que vagavam milhões de bisões, restavam apenas algumas centenas.
Graças, em grande parte, aos esforços de conservação empreendidos por voluntários e depois pelo governo dos EUA, o bisão americano foi salvo da extinção total. Atualmente existem aproximadamente 500.000 bisões em terras não públicas e aproximadamente 30.000 em terras públicas, incluindo reservas ambientais e governamentais. De acordo com a UICN, cerca de 15.000 bisões são considerados totalmente selvagens, não limitados por nenhum tipo de cerca.
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