Albert Einstein explica sua teoria da relatividade em vídeo histórico

As conquistas monumentais de Albert Einstein ainda são grandes no mundo da ciência quase 70 anos depois de sua morte. Einstein publicou sua teoria pela primeira vez em 1905, concluindo estudos precedentes do físico neerlandês Hendrik Lorentz, e teve um enorme impacto no mundo científico. A teoria apresentou ao mundo a ideia de que E = mc2, que basicamente diz que massa e energia são a mesma coisa, mas em formas diferentes e podem ser convertidas uma na outra se as circunstâncias forem adequadas.

Ela substitui os conceitos independentes de espaço e tempo da Teoria de Newton pela ideia de espaço-tempo como uma entidade geométrica unificada. Einstein desenvolveu a relatividade geral entre 1907 e 1915, com contribuições de muitos outros após 1915. A forma final da relatividade geral foi publicada em 1916.

A entrada de Einstein nos Estados Unidos foi facilitada por ele já ter recebido um Prêmio Nobel de Física, mesmo que seu trabalho tenha sido descartado como mera "física judaica" por outro Prêmio Nobel, Philipp Lenard, que serviu como Chefe de Física Ariana do Terceiro Reich. Einstein alcançou fama internacional com sua teoria, mesmo que -como ele próprio brincou- ninguém realmente entendesse o porquê. Ele não foi o único cientista refugiado a desembarcar nas costas americanas, mas sua influência superou os outros.

O canal do Youtube Dream Dust aproveitou a inteligência artificial das redes neurais de aprendizado profundo para voltar no tempo e ver o próprio homem falar sobre a sua teoria no vídeo logo abaixo.

À medida que a guerra se aproximava, Einstein, um pacifista vitalício, fez algo fora do seu caráter e por necessidade. Em 2 de agosto de 1939, ele assinou uma carta endereçada ao presidente Franklin Delano Roosevelt, alertando que os nazistas poderiam estar desenvolvendo armas nucleares. Einstein exortou os Estados Unidos a estocar minério de urânio e começar a trabalhar em suas próprias armas atômicas.

Einstein não escreveu a carta, isso foi obra do emigrante húngaro e grande amigo Leó Szilárd, com quem Einstein compartilhou a patente de um novo tipo de geladeira. Szilárd a compôs com a ajuda de dois outros físicos húngaros, Edward Teller e Eugene Wigner, que (com Hans Bethe) seriam jocosamente chamados de "Os Quatro Húngaros do Apocalipse". Com a carta recém-datilografada, Teller levou Szilárd para Peconic, Long Island, onde Einstein estava hospedado, para conseguir sua assinatura.

Ninguém mais assinou. Ninguém mais precisava. Assim nasceu o Projeto Manhattan. Seis anos depois, em dois dias fatídicos em agosto de 1945, as bombas conhecidas como Little Man e Fat Boy foram lançadas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Essas detonações aceleraram o fim da Segunda Guerra Mundial, mas pressagiaram a Guerra Fria que dominou a segunda metade do século XX.

Em um artigo da Newsweek, de 1947, intitulado "O homem que começou tudo", Einstein lamentou aquela carta:

- "Se eu soubesse que os alemães não conseguiriam produzir uma bomba atômica, eu nunca teria levantado um dedo."

Na verdade, os nazistas não conseguiram reunir os avanços necessários para alcançar as armas nucleares que Einstein e seus colegas físicos temiam.

Tantos cientistas haviam fugido do território ocupado pelos nazistas que o Terceiro Reich não tinha o poder cerebral necessário para desenvolver a bomba. Sim, eles tinham Lenard e Werner Heisenberg, mas as fileiras de cientistas nucleares de primeira linha na Alemanha estavam profundamente esgotadas devido às políticas de Hitler.