Em um texto extraordinário de 1970, Italo Calvino antecipou o Instagram: a estupidez de viver para fazer fotos incríveis sem vivenciar o momento. O escritor italiano parece premeditar a era da fotografia em sua análise do consumismo da imagem. No livro de relatos chamado "Os Amores difíceis", o mais importante escritor italiano do século XX, adianta-se a este simulacro de (ir)realidades que são aumentadas pelo filtro da fotografia e da imagem:

Cada aniversário de casamento é digno de comemoração, mas um 70º aniversário é um que merece algo verdadeiramente especial. O casal chinês Wang Deyi, 98 e Cao Yuehua, 97, se casou em 1945, no Norte Hot Springs Park, em Chongqing. Eles tiveram quatro filhos que, este ano, os ajudaram a recriar as fotos do casamento de há tanto tempo. Próximos a completar um século de vida, a saúde dos dois vai muito bem, obrigado. Eles mal conseguem lembrar-se de muitas coisas em sua vida, mas podem recitar os poemas de amor que eles escreveram um para o outro durante o tempo de guerra.

Há poucos laços na vida que são mais fortes do que o vínculo entre irmãos. Enquanto muitos de nós tivemos sorte o suficiente para crescer tendo ao lado um (ou uma) grande cúmplice, nem todo mundo teve a mesma sorte na vida. E quando vi esta história sobre sete irmãos que foram separados em uma idade muito precoce, fiquei absolutamente chocado. Tudo começou quando o usuário Averne da rede social de compartilhamento de fotos postou sua história on-line, dizendo que ele e suas seis irmãs foram divididos e adotados por cinco famílias diferentes. No mês passado, eles se encontraram pela primeira vez em Los Angeles.

O icônico calendário da Pirelli,a famosa fabricante italiana de pneus,decidiu na edição deste ano dar destaque a mulheres influentes e reconhecidas em suas áreas de atuação,em vez de dar visibilidade a sensuais modelos sem ou com pouquíssima roupa,como faz todos os anos. De acordo com a marca,decidiram retratar "13 mulheres com notáveis conquistas profissionais,sociais,culturais,esportivas e artísticas". Entre as retratadas estão Yoko Ono,a comediante Amy Schumer e a tenista Serena Williams.

A televisão conforme conhecemos e como se popularizou, a grande caixa quadrada ou tela plana que reunia a família toda no sofá da sala de estar, parece um conceito cada vez mais arcaico. Tecnologias de entretenimentos são criadas a todo instante fazendo com que forças culturais populares sejam relegadas ao fundo da paisagem da obsolescência de tempos em tempos, assim como os jornais, as linhas fixas de telefone e o rádio. Por conta disso, é irremissível que essas mudanças ocasionem o término de muitas das peculiaridades da nossa cultura televisa.

Aos 29 anos, Wang Yan ganhou e perdeu mais dinheiro do que a maioria das pessoas na vida. Ele costumava ser um homem de negócios milionário com uma fábrica de aço bem sucedida na capital Changchun, da província de Jilin, na região do Nordeste da China. Mas agora, quatro ano após sua empreitada, ele não tem nem mais um centavo em seu nome. Wang acabou gastando toda a sua fortuna para salvar e resgatar cães que iam ser massacrados. Ele se sentiu compelido a ajudar os cães depois que testemunhou pela primeira vez a situação desses animais em 2012.

Ainda restam muitas coisas a fazer para superar o racismo. Ao menos isto é o que a fotógrafa Donna Pinckley quis realçar, tomando fotos de casais inter-raciais em alguns estados do sul dos Estados Unidos e a vinculação com os comentários racistas que tiveram que suportar nos últimos anos. Donna realizou as fotografias em preto e branco, principalmente para enfatizar o carinho que sentem estes casais entre si, em vez de permitir que o espectador se centre nos tons de pele.

Ainda que a condição do local onde algumas crianças do mundo dormem era deplorável, mostrada no post "Onde as crianças do mundo dormem" e na sua segunda parte", pelo menos ali elas não estavam vivendo sob um estado de guerra, hostilidade e fome, como nos mostra o repórter fotográfico Magnus Wennman, que já ganhou vários prêmios por seu destacado trabalho e que recentemente publicado uma surpreendente série de fotos que mostra o que acontece as crianças no Oriente Médio e muito próximo de Europa quando fogem do conflito na Síria.

Falar das relações entre irmãos é tão complexo quanto pensar em por que quando pequenos conseguimos sentir verdadeiro rancor contra nosso irmão ou irmã quando nos delatou para nossos pais por uma travessura; ou por que sentimos tanta confiança e cumplicidade com eles. Nas palavras dos psicólogos, esta é uma das relações íntimas mais duradouras e constantes formadas por seres humanos, pois duram mais que a maioria das amizades e vão para além da morte dos pais e da formação de casais, ampliando durante a idade adulta uma história compartilhada, profundamente enraizada na infância.

Na Suécia existe uma licença paternidade sonhada por todos. Os pais e mães podem se licenciar 480 dias (16 meses) compartilhados. Só há uma condição: os pais devem compartilhar essa permissão com as mães. Para promover que ambos os pais criem seus filhos, o governo sueco ordenou que ao menos 60 dos 480 dias sejam dias para o pai ou para o casal. Se não os 60 dias para o pai, se perdem, motivo pelo qual a licença máxima é reduzida a 420 dias. Durante os 390 primeiros dias, os pais recebem ao menos 80% de seu salário e 90 reais ao dia a partir dessa data. Ademais, existe um bônus que incentiva repartir a licença e que chega até os 6.500 reais ao ano por casal.

Hoje é o dia em que milhões de fãs de "De volta para o futuro" celebramos o fato de que enfim chegamos ao futuro. Ou, em verdade, o dia em que Marty McFly, o doutor Emmet L. Brown e o malvado Biff Tannen atingiram o ponto mais avançado de suas viagens no tempo, narrados na trilogia. A magia cinematográfica de Robert Zemeckis e Steven Spielberg converteu a série em um sucesso avassalador e sustentada no tempo, do qual passaram a seguir consequências como a busca e análise das profecias realizadas e inclusive de supostos códigos ocultos: chegaram mesmo a achar alertas para os atentados de 11 de setembro.

Não sei se concordo muito com o ponto de vista da fotógrafa lituana Gabriele Gurčiūtė, expressada no título, mas como não sou ruivo não posso atestar se sofrem ou não algum tipo de discriminação, sobretudo na Lituânia. No entanto, algo que estou de pleno acordo é com a beleza e a luz de suas fotos, a gente tem mesmo a impressão de que está frente a uma janela com um dos interlocutores, modelos que ela fotografou. Ela conta que criou o projeto para mudar o ponto de vista existente sobre as pessoas de cabelos vermelhos.