Três cavidades subterrâneas fora de série e de escala

Resulta difícil imaginar que existem cavidades subterrâneas naturais tão grandes, que são capazes de abrigar em seu interior a Grande Pirâmide do Egito. Quando alguns exploradores descobrem estas grutas que se ocultam sob a superfície, mal podem intuir que encontraram espaços naturais fechados dos mais impressionantes do mundo, uma descoberta que com um pouco de luz artificial, deixa atônito qualquer um de nós.

1. Salle de la Verna e uma viagem em balão no centro da terra

No coração dos Pirineus, a 700 metros de profundidade Salle de la Verna é a maior gruta descoberta na França, uma catedral natural de 190 metros de altura e 250 metros de largura.

Só para efeito comparativo, calcula-se que em seu interior, poderia caber seis vezes a Catedral de Notre Dame de Paris. Ainda que para aventuras, nada melhor que um passeio em balão em seu interior, um projeto desenvolvido por uma escola politécnica da França.

Se o local já não fosse curioso por si mesmo, em seu interior funciona uma represa hidroelétrica, uma verdadeira façanha de engenharia que gera energia para uma população de 20.000 pessoas desde o centro da Terra.


2. Majlis al Jinn

Considerada a oitava maior cavidade subterrânea do mundo, Majlis al Jinn está situada em uma zona remota da meseta de Selma, no Sultanato de Omã. A queda de uma parte do teto, deixou descoberta uma enorme cavidade.

A descida até a gruta é realizada por uma chaminé de dez metros, até entrar na cavidade, uma sala de 150 metros de altura e até 300 metros de largura, um tamanho que poderia hospedar à Grande Pirâmide do Egito. A subida requer um pouco mais de paciência: poderia levar até uns 45 minutos. Para acelerar os tempos de descida, alguns mais radicais arriscam o base jump:

A gruta de Majlis al Jinn é bem isolada e sem estradas próximas, motivo pelo qual seu acesso, conquanto livre, é bastante dificultoso.

3. Gruta de Sarawak, a maior cavidade subterrânea do mundo.

O achado aconteceu durante uma expedição realizada por três ingleses em janeiro de 1981 na zona do Parque Nacional de Gunung Mulu, no estado de Sarawak, na ilha de Bornéu, no sudeste asiático.

Enquanto percorriam parte do sistema de grutas Lubang Nasib Bagus, os exploradores britânicos Andy Eavis, Dave Checkley e Tony White tiveram dificuldades para explorá-la, por ser demasiadamente grande para ser iluminada pelas lanternas que traziam, e demoraram cerca de doze horas a explorá-la em toda a sua extensão. Ao sairem dali estupefatos pelo enorme espaço, ainda não tinham se dado conta que terminavam de caminhar no maior espaço natural fechado conhecido no mundo.

Uma das suas galerias subterrâneas tem mais de 75 quilômetros de comprimento. Muitas dessas grutas estão atualmente abertas ao público.

A gruta Sarawak mede 700 comprimento por 400 metros de largura e 70 metros de altura, capaz de hospedar em seu interior 10 aviões jumbo enfileirados. O acesso à gruta de Sarawak, não é nada fácil: há que margear um rio correnteza acima e atravessar um trecho que requer natação e uma perigosa passagem na borda de um despenhadeiro. A gruta de Sarawak, está por suposto catalogada no livro dos recordes.