A maldição do terceiro cigarro aceso com o mesmo fósforo

Faz bastante tempo que não publico artigos relacionados a um dos meus assuntos favoritos: as grandes guerras. Vou tentar reparar isso nas próximas semanas começando a falar sobre a luta de trincheiras durante a Primeira Guerra Mundial que nos trouxe curiosas histórias sobre a dura vida e constante prova de resistência humana que aqueles soldados tiveram que suportar.

Apesar de hoje sabermos que o primeiro, segundo ou último cigarro já carrega a maldição do câncer, foi nessas mesmas trincheiras que nasceu a superstição de que o costume de acender três cigarros com o mesmo fósforo trazia má sorte.

A explicação é bem simples e lógica: quando os soldados fumavam pela noite, a intensa chama inicial do fósforo delatava sua posição facilmente. O atirador inimigo então percebia e carregava o fuzil. Ao acender o segundo cigarro com o mesmo fósforo, o inimigo apontava, e quando chegava a vez de acender o terceiro... kapow... flush... um certeiro disparo espalhava miolos para todos os lados.

Ainda que prefira esta versão da lenda contada por meu pai, outras fontes apontam que na verdade foi inventada uma década depois por um magnata sueco da indústria do fósforo, em uma tentativa de induzir as pessoas a usarem mais os então caros fósforos -assim os supersticiosos acenderiam, quando muito, só dois cigarros com o mesmo palito-.