Há umas semanas atrás, postei este conteúdo e fui malhado feito Judas de páscoa, mesmo já estando em maio. Mas agora li uma notícia que reascendeu na minha cabeça o assunto, então estou postando novamente. Já ouvi muita gente falar que o nosso idioma é o mais bonito do mundo. E quando o leio em algum livro, eu até concordo. Mas, quando "nóis fala" nossa querida língua portuguesa, tenho cá minhas dúvidas sobre a realidade dessa afirmação. |
Enfim, na prática não faz muita diferença falar da forma correta ou incorreta, formal, informal, culta, popular. Todo mundo entende. Eu entendo. Nem sou um grandiosíssimo conhecedor do idioma... Por outro lado, não podemos deixar de lado a importância de se preservar uma língua
E sabem o por quê?
Acontece que a língua faz parte da cultura de um povo.
Normas cultas de escrita são relativamente recentes. Se você não acredita, medite na minha experiência: observando alguns livros religiosos do século XVI, por exemplo, reparei o nome do apóstolo João escrito em português de várias formas:
JOAM
JOAO
JOAN
JOÃO
JOAO
JOAN
JOÃO
Eu gosto de livros antigos, mas não sei muito da história de sua produção. O que sei é que, se em livros da mesma época cada um escrevia do jeito que achava melhor, a gramática antiga deveria ser uma Festa da Uva.
Enfim, para não fugir do assunto, vou explicar o motivo desse post. Li hoje de manhã que, segundo o Ministério da Educação (MEC), o uso da língua popular, ainda que com seus erros gramaticais, é válido.
Ok, claro que é. Como eu disse no começo do post, a ideia é ser entendido. “Utilizar-se de um método de expressão oral altamente rebuscado” em nossa comunicação não ajuda muito a fazer-se entender.
Mas, quando um órgão supremo de regularização educacional avaliza um material que prega que falar errado não é necessariamente um problema, como é o caso do livro “Por Uma Vida Melhor”, da Editora Global, eu começo a ficar preocupado.
Em uma parte, o livro diz:
"Você pode estar se perguntando: `Mas eu posso falar 'os livro'?. Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas".
Este livro citado foi distribuído pelo Programa Nacional do Livro Didático para a Educação de Jovens e Adultos a 484.195 alunos de 4.236 escolas, informou o MEC.
Em nota enviada pelo ministério, a autora Heloisa Ramos diz que "o importante é chamar a atenção para o fato de que a ideia de correto e incorreto no uso da língua deve ser substituída pela ideia de uso da língua adequado e inadequado, dependendo da situação comunicativa".
Nesse ponto eu até concordo em partes com a autora. Eu não posso, por exemplo, chegar no MDIG e no E-zap e escrever um texto com todas as normas cultas, por dois motivos: o primeiro é que não as domino 100%. O segundo é que meus leitores tem vários níveis de formação e podem não entender bem a mensagem a ser transmitida.
Mas, este método de “adequado” e “inadequado” é, ao meu ver, um fator preocupante. O certo seria todo mundo falar a língua corretamente.
Se o governo parasse com essa história ridícula de bolsa família, bolsa escola, bolsa raio-que-o-parta, bolsas estas feitas com o couro da classe média, e se preocupasse de verdade em prover educação a todos os brasileiros (não me venham dizer que isso é impossível), e se preocupasse também em fazer as escolas ensinar o jeito certo, não teríamos a necessidade de um livro para dizer que falar errado pode ser adequado em certas situações, simplesmente porque ninguém iria falar errado.
Ah, então falar errado não é um problema? Tudo bem, então não é.
Só que o caboclo que fala errado, vai escrever errado também. E se ele escreve errado o seu próprio idioma, está quebrando um código importante, está colaborando para a morte das normas, e sem normas de uso, tudo acaba caindo na degradação: seja um local público, um bem público, um domínio público – como acredito que seja um idioma.
“Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas”.
Eu sou uma dessas pessoas. Cultura não é ruim. Normas não são ruins. Falar corretamente não é ruim.
A editora Global disse à reportagem que eu li, por meio de sua assessoria de imprensa, que é responsável pela comercialização e produção do livro, e não pelo conteúdo. E claro que não é, mesmo. A editora não escreve livros. Ela até formata, imprime... mas não escreve.
E acho que nem a autora pode ser julgada, afinal, ela deve ter escrito, a pedido do Ministério, algo que se encaixasse nos projetos de educação nacionais, e também não podemos desmerecer o trabalho dela: além de publicar um trabalho ser uma glória para um profissional, o livro deve ter uma porção de ensinos importantes, inclusive deve ensinar sim boa parte das normas da nossa língua culta. Eu não sei, eu não vi o livro em minhas mãos.
Sei que terá quem entre nesse post para dizer que estou errado, que sou preconceituoso, metódico/chato, parente do Pasquale ou algo assim. Vou correr este risco. Vou correr este risco porque eu acreditava muito que a leitura e a escola podiam salvar o nosso querido idioma.
Graças a um cara de bom senso no DPU, talvez este livro não venha a circular. O argumento do defensor é o mesmo que tenho derramado a todos desde o começo.
PS.: quem me ameaçou por e-mail desapareceu, mas pensando bem, pelo tom da linguagem, devia ser um troll. Eu devia ter levado mais a sério essa possibilidade... ¬¬
O MDig precisa de sua ajuda.
Por favor, apóie o MDig com o valor que você puder e isso leva apenas um minuto. Obrigado!
Meios de fazer a sua contribuição:
- Faça um doação pelo Paypal clicando no seguinte link: Apoiar o MDig.
- Seja nosso patrão no Patreon clicando no seguinte link: Patreon do MDig.
- Pix MDig ID: c048e5ac-0172-45ed-b26a-910f9f4b1d0a
- Depósito direto em conta corrente do Banco do Brasil: Agência: 3543-2 / Conta corrente: 17364-9
- Depósito direto em conta corrente da Caixa Econômica: Agência: 1637 / Conta corrente: 000835148057-4 / Operação: 1288
Faça o seu comentário
Comentários
« Ant. | Primeira | 1 | 2 | | Última | Prox. »
Sem contar que o mais estapafúrdio ainda foi es explicações dos organizadores do ENEM e da alta cúpula do MEC.
Depois do que foi divulgado recentemente na correção das redações do ENEM, e os energumenos ganharam nota máxima, não creio qu nossas autoidades educacionais tenham realmente comprometimento com a educação nem com a cultura.
Excelente o post e o desabafo.
Gostei, muito interessante.
Tão ridícula essa história de situação adequada e inadequada: todos nós devemos nos adequar ao belo português.
eu gostaria de resceber enformação de gramatica pelo o meu email?
Queiram me desculpar por não ter escrito tudo no meu comentário anterior. Acabo de o ler e percebo que alguns pontos precisam de melhor elucidação.
Não digo em momento algum que a língua deve ser estagnada, impedida de sofrer mudanças. A língua é similar a um corpo vivo e estará sempre em evolução. Mas essa evolução deve ser tal que permita a todos assimilarem essas mudanças e a elas se adequar.
Outra detalhe é que a língua também deve ser falada, não somente escrita. Deste modo é preciso haver um meio mais apropriado para promover a comunicação e é aí que surge a importância da fala. Não há nada errado em se utilizar da mesma língua que é escrita para a expressão oral. Mas falar e escrever são coisas muito diferentes. Quando se escreve há tempo disponível para o pensamento. Não existe um compromisso com o tempo. Ao falar, entretanto, tal tempo é muito curto. Não podemos deixar o interlocutor esperando enquanto pensamos. Surge a oportunidade, então, para construções menos complexas e longas, dando lugar a frases mais curtas e objetivas. Consequentemente a gramática deve se adaptar a isto.
É preciso sempre bom senso. Importante se torna registrar aqui que: não quero imobilizar o idioma, muito menos forçar que todos utilizem a norma culta em qualquer ocasião. Minha intenção é deixar clara a importância de conhecermos todos o padrão culto de nosso idioma e o preservá-lo, tomando sempre meios de assimilar as modificações que surgem e adaptá-las a momentos corretos de uso.
Atensiosamente F. A. A.
Parabéns ao editor pelo conteúdo da publicação. Gostaria de citar dois aspectos importantes relacionados com a norma culta da língua.
A primeira importância da norma é frear a evolução da língua. Não houvesse normas e o idioma avançaria desenfreadamente. Deixem-me exemplificar. Alguém já tentou ler um livro escrito quatrocentos anos atrás? Se sim acredito que confirmarão a dificuldade existente quando de sua leitura. Agora, estamos em tempos de globalização, onde as informações são divulgadas quase instantaneamente. Por isso a língua muda muito mais rápido. O ponto é: se essas mudanças não forem freadas corremos o risco de em sessenta, cinquenta anos as novas gerações não estejam aptas a ler os textos que por ora se escrevem. É importante notar que a fala é basicamente um instrumento de comunicação presente, ainda que haja possibilidades de se a gravar para reproduções futuras, enquanto a escrita é um meio de comunicação "atemporal".
A segunda importância é justamente preservar o uso de formas consagradas da escrita, uma vez que a mesma não se destina somente para a comunicação é, pois, uma forma de arte. Não é a toa que a literatura é agraciada todos os anos com o prêmio Nobel. Comparemo-la com a pintura, música, arquitetura, escultura e outras formas de manifestação artística. Todas sofrem modificações, conquanto todas preservam suas diferentes técnicas resultantes de anos de evolução. Os pintores de hoje ainda utilizam técnicas de duzentos, trezentos anos atrás. Claro que na pintura não há normas propriamente ditas. Mas e na arquitetura e na música? O fato é que se pode considerar a norma culta da língua como o conjunto de técnicas das quais os escritores fazem uso para criar suas obras.
Atenciosamente F. A. A.
Poderiam pelo menos tirar a crase, que é totalmente inutel, feia, complexa. tem 3 regras, e 25 excecoes ( é serio, entrei num site de portugues e fiz questão de contar) .
Poxa, voces do curso de letras deveriam ter um pouco de introducao a logica matematica, para aprender a raciocinar direito.
Como é que algo pode ser mais do que perfeito ? me da vondade de vomitar quando ouço isso, se algo é perfeito, então é perfeito, não existe mais perfeito do que perfeito. e nada no portugues é perfeito, porque o ser humano não é perfeito.
E mais, estao se esquecendo do mais importante de tudo no fundo. A comunicacao é somente uma ferramenta de transmissao do pensamento. Pensar corretamente é mais importante do que regras de gramatica idiotas.
Por protesto escrevi tudo sem acentuacao, pois odeio acentuacao e acho desnecessaria.
O cerebro humano é inteligente o suficiente para diferenciar pelo contexto o significado (aquele exemplo do sabia, sabia, sabia).
E quem emite deve tomar o cuidado para nao criar ambiguidade que precisa de algo fora o contexto para entender o que se quer comunicar.
Quanto aos acentos vocais que dizem onde se deve mudar o som, sao inuteis mesmo de qualquer forma. Pois o unico jeito de saber o som real de qualquer palavra é usar outra notacao sonora fora do portugues (os dicionarios fazem isso). Ja que existem regras arbitrarias como escrever casa com S e o som ser de Z que nao tem logica mesmo.
Nao concordo que se deva escrever errado, mas concordo que se deva queimar a gramatica e a reprojetar. Pois tem muita coisa sem logica que deve ser decorada. Ou que existe so porque é "bonito".
SALVE!! SALVE !! A GRAMÁTICA PORTUGUESA!
Ainda bem que isso nao aconteçeu na minha época senao teria queimado esse livro na frente do congresso!
Admito que já escrevi errado algumas vezes. Mas, isso nao justifica que tenha que ser aceito e que nao tenha que aprender a fazer o correto. E nem muito menos tolerado. Convenhamos, isso é decadente.
Concordo com cada palavra sua! Lutemos pela nossa cultura, pelo nosso idioma, por uma educação digna!!!!!!!!
Faculdade de Letras tinha que ter logica pra voceis pararem de enxe a linguica do portugues
isso porque existe mais regra besta do que palavras...
Quem já não escreveu, em algum momento da vida, poco no lugar de pouco. Ou loro no lugar de louro? E, muitas vezes, quem já aprendeu que devemos escrever louro e couro, aprendeu a dizer também que nós falamos errado, pois dizemos loro e coro. Porém, resolver o problema taxando-o de errado é uma atitude muito simplista, que não leva em consideração questões importantes da língua. Que tal, então, fazer uma análise menos preconceituosa e mais científica dos motivos que nos levam a dizer poço, loro e coisas desse tipo?
Em primeiro lugar, vamos entender como nosso corpo produz os sons das vogais. Faça uma experiência: abra a boca e fale – começando pelo “a” – todas as vogais. Reparou que a boca começa bem aberta e termina mais fechada?
Antigamente, as palavras que possuíam um ditongo AU sofreram uma transformação: o ditongo AU foi se transformando em OU. Segundo Marcos Bagno (A Língua de Eulália, 1998), isso ocorreu porque a língua possui uma tendência em aproximar as coisas, ou seja, em AU, temos que pronunciar dois sons que são muito diferentes - temos que abrir demais a boca, para depois fechá-la, pois o A é muito aberto, enquanto o U é muito fechado. Para diminuir a ginástica que nossa boca fazia ao dizer AU, aproximando o A do U, fomos transformando o A em O. O nome desse processo é assimilação.
E a história não acaba aí: a língua, depois de ter transformado AU em OU, já transformou o OU em O.
Como pudemos observar, a língua se transforma, inevitavelmente. O problema é que as mudanças demoram muito para atingir o código escrito e, por isso, pela não correspondência entre o que falamos e o que escrevemos, temos a errônea impressão de que falamos errado.
É claro que, em alguns casos, devemos optar pela norma culta da linguagem, mas, no caso de OU ser pronunciado O, tanto na norma culta como nos demais falares da língua portuguesa, tal fenômeno ocorre. Para finalizar, lembre-se do que nos ensina Bagno: “...nem tudo o que se diz se escreve, e nem tudo o que se escreve se diz...”. Se tentarmos ser fiéis demais à língua escrita, ficaremos com uma fala completamente artificial.
O serumano é um animal inteligente porisso precisa aprender a falar dereito e escrever mais melhor ainda.
:whi:
Já eu nem se fala, o meu português é ruim além de tudo escrevo muito mal, mas mesmo assim faço meus post com meus erros,o que importa é que todos entendam o que escrevo mesmo sendo errado...Eu estou tentando muda mas tudo que faço é com muita sinceridade!!
Moonwalker,belo post meu amigo por esse motivo que esta na primeira pagina... :clap:
Tô pensando se devo colocar aqui meu comentário, que fiz no "Amigos"...
Ajuda ou cria polêmica?
:-/
Vamos.... Pior que vamos, Lucy...
Mas é pelo bem da Língua...!
:-)
cenaum td mundo daki a poco vai escrever d jto q kiser !!!!
(E o MEC vai dar amém... (Sem trocadilho...))
:-/
E la vamos nós outra vez...
textando hun, doys, treiz ...
Esse mec em ma cagada atraz da outra poha!
Haha, que bíblia, Indira! :lol:
Mas ok, vamos lá... desculpe se meu comentário parecer grosso:
1 - Sim, eu definitvamente não sou especialista em lingua portuguesa, mas preciso te corrigir em uma coisa: não sou coitadinho. Nunca fui. E o fato de você estar cursando letras também não te torna melhor do que eu em nada para me tratar com este termo, por favor.
2 - Não tenho mais idade para ser chamado de rapaz, mas se você disse como elogio, vou aceitar.
3 - Preconceito eu diria que é uma palavra um pouco forte. Acho que é uma forma de fazer alguém que copie este post refletir um pouco, rir e dizer: "tá bom, tá bom, vou colocar os créditos"...
4 - Não estou divulgando nenhuma informação errada ou deturpada. Leia o post novamente. O texto é baseado em informações de jornais e em pareceres do próprio MEC. Além do que o texto tem caráter político, é uma crítica ao modo como o governo trata o ensino da lingua.
5 - "O certo seria todo mundo falar a língua corretamente." Não consigo imaginar onde você viu que a minha frase desrespeita qualquer regionalismo em termos de sotaque ou idiomas ameríndios.
6 - Se a lingua não evoluisse, estariamos mesmo falando latim clássico. Mas eu não consegui ver qual seria o problema nisso. De fato, se a história quisesse que nossa lingua tivesse tomado este rumo, você nem saberia de outras possibilidades. Estaria me xingando em latim, mesmo! :lol:
7 - Olha, assim como você, eu gosto de estudar a lingua portuguesa. Não gosto de linguística. Gosto do nosso idioma. Só que eu gosto dele como é, e por isso as mudanças me soam como um descontrole político, uma acomodação, uma falta de respeito.
8 - Não julgue esta raposa pelo que você leu aqui. Eu escrevo alguns poucos posts que as pessoas gostam, outros, a maioria, não gostam. É a vida! Se fossemos todos iguais em termos de opinião, nem sei dizer como estaríamos...
9 - Aff, cada post que eu escrevo aqui ficam me sabatinando como o Judas... No anterior, não me respeitaram mesmo sendo um desabafo pela morte de um amigo, e tive que bloquear os comentários, porque estava triste demais para ficar me explicando. Dá pra pegar leve comigo uma vezinha só?
poresta rrazaum qui iscrevi aquéla fraze du defenestrar........
para us meuls alunus xatinhus cempre falu qui voul defenestra-lus...cuando perguntão o que qué dizê , eul, digu:Ólhi nu dissionáriu qui acim vosse aprendi as palavra
.
PêÉci: Si olvér augun êrru di portugueiz aqui e purque eul dizaprendi un pôco a noça limgoa, currijindu próvas dus meuls popilus.
Conforme eu falei lá embaixo, uma coisa é falar de forma coloquial, outra é assassinar o português. A finalidade principal da comunicação é fazer com que as pessoas se entendam. Então, muitas vezes, utilizar-se de termos mais informais, gírias e até mesmo expressões estrangeiras é uma forma de facilitar essa comunicação. Exemplo disso é a expressão "deletar" (que já virou verbo, no nosso dia-a-dia), oriunda da tecla "Delete". O que dizer, então, dos palavrões? Será que as normas gramaticais também se aplicam a eles?
Agora, absurdo mesmo seria colocar expressões como "a gente vamo lá", "os cara falaram", "os livro", que assassinam o português, como corretas. Afinal, se, no momento, não há limites para falar errado, então, com o tempo, também não haverá limites para escrever errado.
* E desculpem os erros de concordância no post anterior. Escrevi na empolgação do momento e, sem revisar, postei. xD
Pois bem, o seu "afeminadinho" no final do post já é um preconceito, bem marcado, contra as mulheres e contra os homossexuais. Mas, não vim aqui pra falar sobre isso.
Visito o Mdig há uns 2 anos já e apesar dos pesares de uns posts aqui e ali, gosto muito do site e o visito com frequência.
Nunca comentei aqui no site, mas este post me instiga a isto. Curso Letras, pesquiso, principalmente, na área de Filosofia da Linguagem e Sociolinguística (que é uma corrente da Linguística especialmente ligada à questão de preconceitos linguísticos e a real utilização da linguagem em todos os âmbitos da sociedade, com teóricos aclamadíssimos envolvidos nesse estudos há mais de 100 já, olha só!), não sou nenhuma especialista, mas tenho 3 anos de estudos totalmente focados nesses assuntos. Penso o seguinte: o criador do post está, sim, sendo preconceituoso (tadinho, por ser leigo no assunto) e está divulgando informações errôneas e deturpadas da Língua Portuguesa para um nível imenso de leitores. Uma pena!
Pegando um trecho do que ele escreveu (método desrespeitador de analisar o discurso do rapaz, 'mea culpa'): "O certo seria todo mundo falar a língua corretamente."
Porquê? O certo também seria jorgarmos ao ostracismo termos indígenas, africanos, hibridismos, regionalismos, variações fonéticas/fonológicas, etc, etc, etc? Pra quê? Todas as línguas de todos os países mudam, evoluem, variam e se adaptam. Que nem a teoria da evolução do vovô Darwin.
Outra questão é a de que uma pessoa só pode definir se uma língua é mais bonita que a outra, se for um baita poliglota de mais de 6912 idiomas no mundo. Vide: mundoestranho.abril.com.br/cultura/pergunta_287381.shtml. Sem falar que só no Brasil, ainda existem dialetos (línguas, porque não?), de tribos recentemente descobertas na Amazônia, totalmente desconhecidos pelos mais aclamados linguístas/tradutores. http://www.mdig.com.br/inde... Por falar nos índios, é de doer saber que centenas de dialetos indígenas totalmente estruturados como qualquer outra língua, foram extirpados e esquecidos na história do nosso Brasil, tudo em prol da Língua Portuguesa (de Portugal).
Assim, para que os nossos "queridos" patrícios dominassem, em todos os aspectos, todas as tribos que aqui existiam, foi necessária a sangrentas intervensões militares e jesuíticas, mas isto todo mundo já sabe, ou não.
Voltando às variações da língua, se esta não evoluísse, ainda estaríamos falando o Latim Clássico. O Latim Vulgar, não, porque apesar de este ter sido o que, de fato, foi falado pela grande maioria dos romanos, ele era considerado "feio e errado".
Seriam necessários ANOS de estudos para debater o quão significativa e importante é essa PEQUENA mudança que o MEC fez num livro didático de português brasileiro, para diminuir o preconceito linguístico das próximas gerações (porque nesta tá difícil, hein?).
Pra terminar, espero que fique claro que a Língua é VIVA, consequentemente, EVOLUI e a maioria esmagadora de todo tipo de violência no mundo começa pelo simples ato de pronunciar preconceitos arraigados a torto e a direita na sociedade. Aos interessados, é só ler um pouquinho de Michel Foucault, Norman Fairclough e Mikhail Bakhtin. Ou, os brasileiríssimos Carlos Alberto Faraco, Sírio Possenti, Cristóvão Tezza, Eni P. Orlandi e por aí vai...
Adendo: na universidade estadual em que estudo, só existem duas cadeiras de gramática normativa (a das regras do português canônico, "certo" e chato), que são as de Morfologia e Sintaxe.
Ufa, isso foi um pequeno desabafo de uma cearense que também sofre preconceitos linguísticos, por falar "cantando" e pelos regionalismos de sua terrinha.
Bom escrever errado e´melhor que não escrever nada , e sempre e´ possível melhorar , um ponto interessante sobre o nome do discípulo e´ que a bíblia e´um livro onde o nome de todos os personagens foram adulterados , nome próprio deve ser traduzido ?
Yahuhnan que significa graça de YAHUH foi traduzido como João ...
Prefiro ser careta, mas correto, a seguir uma moda (nunca fui modista) e escrever de qualquer maneira.
orra meu! num corta meu barato naum!
Tinha que comentar algo, vai isso memos!
Ou...
Tinha ki comemtarr augo i vay iço mermo! Valeu samgui baum?
Fo... digo, Pensador, desculpe também. Não vamos criar desavenças entre nós, porque eu sei que você ficou mais sensato depois daquela vez.
Vou alterar meu último comentário para não parecer tão ofensivo.
A verdade é que o "povinho" brasileiro tem vergonha da sua nacionalidade, por isto está sempre usando termos em "americanês".
Disto se aproveitam os espertos para nos nivelar, por baixo.
Aqui mesmo, muitos usam "tb", "vc", etc, por pressa ou preguiça e acabam se acostumando com esta forma de redação. Quando surgirem as necessidades, em trabalho, em redações sérias, não saberão mais a grafia correta das palavras e desaprenderão como redigir com coerência.
Ah, tá, Fo... digo, Pensador... Só que eu não estou falando de você! ;)
Estou falando do geral. E olha, eu não estou fugindo do assunto. Só que desde que me entendo por pensador, como você também se considera, eu me recuso a apenas responder uma questão sem utilizar argumentos e sem deixar meus questionadores sem o fundo histórico. Isso não é fugir do assunto. Tem mais gente concordando comigo. É só um ponto de vista, não é uma coisa que todo mundo tem que sair e dizer "pô, o cara está certo"... Todo mundo tem o direito de concordar ou discordar com tudo.
Internet é uma coisa ki deixa muita gente burra; eu por exemplo sei escrever certinho e falar tb; mas na internet só escrevo trocando C por k e abreviando tudo e isso é muito ruim logo esqueço e escrevo assim em tudo ki achar.... :|
Moon,
Então você ainda não percebeu? O nosso querido governo petista quer que o povo se afogue na ignorância e analfabetismo, assim fica melhor de manipular.
Tenho uma idéia melhor para o MEC, por que não acabar com as escolas no Brasil?
Escola é coisa tão chata! Assim como falar corretamente, dá trabalho, dá gastos como ter que pagar o salário dos professores.
Já estão acabando com a educação da população, acabe com a cultura também. Para quê cultura?
Tivemos um Presidente sem diploma, para quê diplomas?
E viva o Brasil ! Esta terra de ninguém !
Concordo com tudo e assino embaixo. Não existe agressão maior do que descobrir que pessoas que cursam faculdade, gente tida como "culta", autoridades, adultos, fale e escreva de forma errada. É uma humilhação com o povo que um governo aceite que "não dá para ensinar o correto, vamos normalizar o errado, é só chamar de inadequado e fica tudo certo". Isso é degradante e absurdo. Como qualquer amante do nosso idioma, defendo que todos deveriam aprender a forma ideal, que é a correta. Não há problema em se falar corretamente mesmo onde o esclarecimento é escasso, mas quando alguém fala errado onde há cultura, isso escandaliza e fere as pessoas. Dizia-se que o "internetês" ia "emburrecer" nosso povo, mas esse verdadeiro esforço contra a verdadeira cultura é que é cuspir na cara do progresso. :ma:
Eu saí da escola a pouco tempo, e também presenciei os casos de pessoas que já deveriam ter conhecimento linguístico suficiente sair da escola sem saber escrever também. E isso acontecia devido a falta de interesse dessas pessoas (MAS NÃO É SOBRE ISSO QUE ESTAMOS FALANDO). E não entendi o teu posicionamento quanto a internet. Você já me viu (me vê ainda), escrevendo errado muitas vezes, mesmo assim eu sei escrever certo e o faço frequentemente.
Fica no ar a sensação de que as pessoas tem que falar e escrever gramaticalmente corretamente todos os dias em todos os momentos. Meu posicionamento é quanto a fala, não a escrita.
Duvido que você use verbos no pretérito mais que perfeito com as pessoas.:| :wink:
Eu acredito sim que é importante falar e escrever corretamente, mas não desconsidero o uso informal da língua (em sua modalidade FALADA). Basta às pessoas saber quando e em qual momento usar esses artifícios.
Quanto a escrita. Vou repetir pela quadragésima vez. A leitura influencia mais na escrita do que a fala. Nesse tempo todo, eu simplesmente quero dizer que o uso coloquial da língua falada não é errado. Todos aprendem isso na escola e na faculdade. Inclusive você. O que é errado é manter a conduta informal em situações que exigem a formalidade.
Existem milhares de regras (e exceções de regras), na língua portuguesa. É impossível cobrar de toda uma população que elas falem 100% corretamente. E você sabe disso, é um fato. Bem, já é meio dia e vou almoçar também. :wink:
Moon, já deixei bem claro que você foi a inspiração que eu tive para entrar no Mdig. Também depois "daquela" vez não poderia, e nem posso discutir uma banalidade contigo sem me sentir péssimo depois. Não foi o meu objetivo ser desrespeitoso. Desculpe caso tenha sido. Abraços fraternos. :wink:
Aff, pensador... Eu não tenho esse hábito, não. Você está sendo desrespeitoso comigo, mas como não tenho esse hábito com os outros, vou te contar uma historinha.
Fo.. digo, Pensador, você é um adolescente. Eu já dei aula para pessoas mais velhas que você. Inclusive lembro de uma coisa engraçada: as crianças menores falavam apenas polonês, então era um desafio a nossa comunicação. ;)
Mas eu também tive experiências ruins: eu vi alunos de 13, 14 anos sairem da escola sem saber escrever corretamente. E não, não faziam isso por estar na internet.
Era por não saber mesmo. Então, quando você diz que quem escreve errado na internet pode escrever certo se quiser, você está completamente errado. Isso é um fato. Não sou eu quem está falando.
Ao dizer isso você acabou, para mim, perdendo a argumentação, então não vou mais questionar seu ponto de vista. Até porque já está na hora do almoço e estou com fome...
Moon, e denovo você está fazendo algo que faz em muitas discussões: misturar as coisas.
Está misturando a questão da fala/escrita com coisas que tem nada a ver com o assunto. "É só pegar os posts mais comentados no Mdig". Por favor, estamos na INTERNET. Aqui não temos obrigação de escrever corretamente. Eu, inclusive vira e mexe escrevo de maneira errada. Por não saber escrever? Por não ter conhecimento da linguagem escrita?
Não, simplesmente porque é mais cômodo e porque a situação permite. Tenho certeza que a maioria dos comentaristas que escrevem errado em seus comentários irá escrever corretamente quando for necessário.
Nem vou comentar nada quanto a comparação que você fez entre falar errado e cortar árvores.
Aposto que você também fala errado no dia-dia, e nem me venha dizer que não porque eu tenho certeza que você adota um padrão coloquial de linguagem no teu cotidiano.
E você é analfabeto funcional por causa disso? Não, é claro que não. Uma coisa tem nada a ver com outra.
O que mais influencia na nossa língua, não é o modo como falamos, mas como lemos. A leitura contribui muito mais para a boa/má escrita do que a fala. Também a boa escrita é influenciada pela prática do escritor. Me desculpe, mas usar a fala como desculpa ao analfabetismo funcional me parece um ponto de vista muito ignorante. 'Desculpe.
Fo... digo, Pensador, reiterando o que eu já havia dito:
"Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever".
Nossa sociedade é evoluída. Todos os povos (ou ao menos a maioria) tem um código escrito que se reflete no que é falado. Quando se fala de forma coloquial, não se pode esperar que a comunicação escrita não seja também prejudicada.
As pessoas escrevem do jeito que se lê. É só você pegar os posts mais comentados do MDIG e ver os comentários.
Não adianta ficar defendendo que não tem problema em falar errado. Eu vou continuar defendendo o contrário e esse debate não vai parar.
É essa a minha preocupação. Não é o ato de se comunicar, e sim o ato de refletir no papel o modo como se fala.
Veja a substituição no exemplo abaixo, baseado na militância do Greenpeace:
Cortar árvores (falar errado) não é ruim.
O problema é que cortar árvores (falar errado)
Contribui no desmatamento (no analfabetismo funcional).
E quando o governo diminui a rigidez das leis de corte (a quantidade de normas)
A população vai achar que não tem problema.
Obrigado aos que apoiaram o texto. Quem não apoiou, espero que reflita bastante em quais mudanças são realmente positivas para a cultura, quais definitivamente não são, e quais são inócuas.
Perdão... Boa matéria MoonWalker.
Desculpe a displicência.
Boa matéria Luisão...
"Pode ser copiado, mas quem retirar os créditos é um afeminadinho."
hahahahahaha... rachei...
Moon, isso lembrou essa nova geração de internautas (em sua maioria, adolescentes). Em muitos sites e programas de bate-papo, a maioria escreve de forma coloquial, com o linguajar da internet (expressões como "vc", "tb", "pq" e tantas outras). Até aí, sem problemas. A coisa complica mesmo quando tais expressões são levadas para provas, trabalhos e redações, de forma natural (afinal, de tanto escrever assim na net, a pessoa acaba fazendo isso na sua vida acadêmica e no trabalho). O pior é quando isso acontece, também, com erros gramaticais - pois muitos internautas, além de escreverem de forma coloquial, também escrevem de forma errada, com erros de português. A justificativa, na maioria das vezes, é "tô na internet, não tenho obrigação de escrever certo, então digito do jeito que eu quiser".
Como já disse a finalidade da língua e transmitir informação. Sou da área da computação e sou a favor de um modelo de comunicação simples e direto, o que adianta ter um vocabulário de milhares de palavras onde a maioria querem dizer a mesma coisa se a grande maioria das pessoas nunca irão utilizar ou ter conhecimento da sua existência?
Tudo deve possuir uma norma para que não vire bagunça, mas deve ser flexível o suficiente para não contradizer o direito de livre expressão que cada um possui.
Burocracia de mais somente reduz a eficiência das ações.
Moon, o post está se referindo (ou pelo menos o trecho que você retirou do livro) à língua falada, não a escrita. Por favor, não misture as coisas.
Ah, e só para esclarecer, eu sou funcionário público graças a minha nota altíssima na prova de redação. Eu estava em terceiro lugar, e só tinha duas vagas.
Mas como a minha nota na redação foi a melhor, eu subi para o primeiro lugar geral.
Viram como escrever certo faz diferença?
boca no trombone ???
nem sabia que tinha essa categoria :|
O estudo serve para mostrar o que é certo e o que é errado.
Fazer a pessoa identificar o certo e usá-lo, como regra.
Apliquem essa "cultura" de Letras a um Engenheiro, por exemplo:
"Ahh.. O certo era usar vigas de 30cm para este edifício, mas ele pode ser construído com vigas de 15cm... Vou colocar 15cm...!"
É isso que estão fazendo com nossa Língua Portuguesa...
:-/
Falar de forma coloquial é uma coisa, é aceitável; agora assassinar a língua - tanto na fala quanto na escrita - já é demais. Se uma pessoa chega e diz "a gente vamo ao cinema", é claro que todo mundo vai entender, mas é de doer os ouvidos (pelo menos os ouvidos daqueles que dão valor ao português).
Marcus, Pensador e Padre, neste ponto vocês estão certos. Mas assim, eu trabalho com escrituras, e às vezes preciso pegar declarações de próprio punho de pessoas que não aprenderam a escrever direito na escola, baseados nesse conceito de que o coloquial é uma adequação válida.
Não é gente sem estudo. Tem jovens, pessoas que tem pelo menos o ensino médio. É assustador ver que alguém estudou anos e não sabe escrever.
Por isso, não tiro sua razão de forma alguma! Acho que não tem problema falar errado se o receptor entende. Mas devemos ter consciência de que está errado, e não ver isso como uma coisa boa só porque a sociedade não condena.
Ao padre, bom... eu sei que também sou taxado de inflexível. Mas é a minha opinião, e da mesma forma que acredito ter me expressado bem, ainda que muitos não concordem com o teor do que eu disse, eu duvido que alguém que não tenha conhecimento das normas cultas teria alcançado seu objetivo num texto comprido como o meu. Aposto que teria se perdido na metade.
Moon:
Fiz um trabalho de faculdade (Letras) a alguns anos atrás, onde se analisava justamente isso.
Segundo toda a orientação (e conclusão) do tal trabalho, foi exatamente isto que se impôs:
"Não é errado falar errado!"
Exatamente... Existe um raio cultural que nos permite "aceitar" as CARACTERÍSTICAS LINGUÍSTICAS de cada região do país.
Óbviamente que eu não concordei, afinal, eu não posso deixar de corrigir uma pessoa que fala MENAS, ao invés de MENOS, somente porquê ela criou-se assim e na região dela é um - costume antigo !!!
Absurdamente, fui taxado de inflexível, de criador de caso e preso a um conceito rígido, que feria a MODERNIDADE LINGUÍSTICA que povoa o país inteiro...!
Minha professora? Tentou me apoiar, em partes...
"Eu sei muito bem o que tu quer defender, mas não adianta... Nestes casos, melhor deixar o conceito ser aceito, do que não ser aceito, pelo contra-conceito..."
E aí? O que eu digo?
:-/
Moon, querido, acho que você está fazendo escândalo por pouca coisa nesse post. Primeiramente vou deixar BEM CLARO a todos os Pasquales de plantão que eu não sou um expert da língua portuguesa. Recado dado, agora vamos lá!
Moon, é assim, você esqueceu que esse livro é distribuído para alfabetização de crianças e adultos. As crianças, aprendem ao aprender a ler e escrever, um dia verão a importância do bom uso da nossa língua e entenderão a importância de falar certo ou errado. Os adultos... Bem, no caso deles, provavelmente são de baixa renda, e o programa tem por objetivo alfabetizar essas pessoas e não ensiná-las normas cultas e coloquiais da língua. Mesmo se essa pessoa aprender o português correto, ela continuará falando errado. Quando o livro menciona que falar "os livro" é correto, ela se refere ao uso COLOQUIAL da língua, que é o usado predominantemente pelo público alvo do livro.
Na minha própria faculdade nas aulas de português que esse uso informal da língua não é errado, uma vez aplicado nas circunstâncias certas. Portanto, acho dispensável todo esse alvoroço por causa desse livro. Tanto pelo objetivo dele, quanto ao público alvo e até ao nível de conhecimento proposto. O objetivo da língua é a eficácia na transmissão da mensagem de um emissor ao seu receptor correspondente, não importando qual maneira ele usará a língua.
Escrita e fala são coisas totalmente diferentes. O uso da fala informal e culta também.
O informal na fala não é errado, apenas alternativo. Ou você espera que todo mundo que te veja na rua te trate por "vossa mercê"?
« Ant. | Primeira | 1 | 2 | | Última | Prox. »