A nuvem em forma de cogumelo, um arquétipo do século XX comumente associado às explosões nucleares, deve esta particular forma às diferentes temperaturas que ocorrem durante este evento. Depois das bombas nucleares lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, que abreviaram a Segunda Guerra Mundial, seu espectro permaneceria por quase 50 anos na mente e na consciência de milhões de pessoas por todo mundo, como símbolo do terror iminente e instantâneo que em qualquer momento podia advir sobre os inocentes. |
Mas, para além destes envolvimentos históricos, quais são as causas de que a fumaça de uma explosão nuclear adquira tão inconfundível figura?
Em primeiro lugar deve levar-se em conta a temperatura altíssima que produz uma explosão nuclear, que esquenta o ar circundante, expandindo-o e tornando-o menos denso. O ar sobe com rapidez, criando um vácuo que succiona cada vez mais ar para a fonte de calor, que ganha temperatura e igualmente se expande e se eleva.
Este primeiro fenômeno não é exclusivo das reações nucleares:em menor escala serve para explicar que, por exemplo, em uma fogueira ou uma explosão menor, a fumaça resultante se eleve em forma de coluna.
No caso das explosões nucleares, no entanto, dita coluna é tão grande e sempre com uma origem única, que o ar no centro é bem mais quente que nas bordas, motivo pelo qual se eleva com maior velocidade, desbordando seus próprios limites. Por esta razão as bordas cedem, inclinam-se para baixo e formam a silhueta de um cogumelo.
Por último, dada a magnitude de uma explosão nuclear, acontece um fenômeno que, este sim, lhe é exclusivo: a coluna de ar quente gerada cresce até atingir o ponto na atmosfera onde o ar circundante deixa de ser mais frio que esta e, ao contrário, é bem mais quente por causa do ozônio, que a determinada altitude absorve a radiação solar. Por esta diferença de temperaturas e a correspondente de densidades, pode dizer-se que a coluna de fumaça chega a um teto que já não pode atravessar. Como se impactasse com uma superfície sólida, a fumaça cai e dá o toque final à característica figura que todos conhecemos.
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O fotógrafo Clay Lipsky criou uma série de fotografias, intituladas "Revisão Atômica", onde o autor mescla fotos de turistas com fotos de explosões realizadas durante os testes de bombas no período da corrida armamentística da guerra fria que parecem muito reais e curiosas, veja:
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Comentários
muito legal vou pesquisar muito mais...sabe como que é né...ficar esperto(a).
é mesmo, a foto 6 da primeira sequencia tá a cara de um palahço certinho :)
Gostei das fotos e da explicação.
Lindo e tenebroso.
A beleza da destruição.
Apesar disso, a quantidade de energia em qualquer evento cosmico faz isso parecer peidinho de velha.
Isso lembrou da minha juventude 2006, pois eu era fissurado em coisas atomicas.
a13 parece o Hommer Simpson
A figura 6 parece um palhaço abrindo a boca, hehehe
Já sabia, mas gostei das imagens.