![]() | No interior existe uma espécie de construção para uso coletivo e colaborativo, normalmente conhecida como "rancho". Na realidade é uma cabana de taipa de mão (pau a pique), que serve de pouso e guarida a pescadores, aventureiros, trilheiros, praticantes de campismo, entre outros. O bacana é que existe um código de conduta, entre pessoas que talvez nunca se conhecerão, de jamais deixar o rancho desabastecido (lenha, víveres e alimentos) e bagunçado. |
Quando jovem, conheci muitos ranchos como estes quando ia acampar ou pescar e, em nenhuma oportunidade, nunca encontrei um rancho marginalizado. O mais incrível é que estes ranchos não têm um dono em específico. Muitas vezes ficam dentro da propriedade de alguém, que nunca lhes cobram pertinência. Falar a verdade? Nem sei se ainda existem.
Neste post mostramos uma compilação de ranchos e cabanas abandonados pelos 4 cantos do mundo. Não há como garantir que quando eram funcionais tinham as mesmas características coletivas dos ranchos do interior de Minas Gerais, mas gosto de pensar que sim, gosto de imaginar a lenha estalando no fogão de barro, enquanto as palavras soltas e os acordes de um violão vazam pelas frestas da taipa de terra batida, um ambiente tão rústico quanto aconchegante.
As fotografias, que infelizmente não contemplam créditos ou localização, são ao mesmo tempo bonitas e tristes, parecem esperar por seus donos que já não mais virão.








































Me lembrei de um episódio muito curioso e engraçado, de quando tinha mais ou menos uns 13 anos e junto a mais usn 10 amigos, todos crianças, fomos "escalaminhar" o Pico do Itaguaré, o "Gigante Adormecido". O cume está a quase 2.500 metros de altitude, seu platô é inóspito, gelado e venta o tempo todo. O plano era acampar na sua base e fazer a escalaminhada de mais ou menos 1,2 km até o pico num dia de sol.
Quando chegamos próximos à base, para a alegria geral da molecada, encontramos um rancho recém-construído. Beleza, não precisaríamos construir as cabanas com folha de sapé e caeté (nós não tínhamos barracas então). Para a surpresa o rancho tinha de tudo, até goiabada cascão encontramos. Fizemos uma festa.
Para encurtar a história: no outro dia de noite quando cantávamos em volta da fogueira, chegou um senhor muito bravo, era o ermitão que morava ali há pouco. Na manhã do dia seguinte, 3 de nós, depois de um par ou ímpar bem disputado, voltamos até a cidade (16 km de caminhada) para repor o que havíamos usado da dispensa do Seu Serapião.
Fonte: Perfect Nature.
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Comentários
Adorei os Ranchos apesar de não ter como não lembra de alguns filmes de terror kkkk ,adoro rancho desde criança meu pai tem um no sítio dele,vivia lá ...Já faz uns 10 anos q não vou lá ,agora fiquei com vontade depois de ver o seu Blog,amei mais ainda a sua história, vivi algumas quando criança iguais a sua!
amei os ranchos.vc vendem as imagens?
http://calangodecamelo.files.wordpress.com/2008/12/pa240534.jpg
Ja passei umas noistes aqui..
ainda recebe bastante trilheiro, em frente ao Rancho tem um lago revigorante..
http://mw2.google.com/mw-panoramio/photos/medium/54104294.jpg
foto 7 - é nossa.
Pensou o mesmo que eu. V
Legais, mas em algumas fotos aparecem outro tipo de "casinha".
Amei, as imagens fazem sonhar, e ao mesmo tempo me dão medo.
Mas, voltando a nossa realidade (Brasil) serveria para três coisas: ponto de droga, invasão dos sem tetos e consequentemente partida para uma nova e enorme favela.
Lindas, adoro esse tipo de coisa, a 38 parece que saiu de um conto de fadas com todas aquelas flores.
Tem uma ai igualzinha a do filme Evil Dead mesmo.... coisas abandonadas nos fazem ficar imaginando coisas... pelo menos minha mente viaja bastante neste tipo de foto :roll:
Adorei essas cabanas que pena q aqui não tem ...seria mto legal explorar esses lugares .
COOL!!! Eu queria morar numa cabana.
Imagens bonitas.
Pena que se tivessem desses ranchos por aqui alguém rapidamente se entocaria, logo depois viriam outros e em pouco tempo nasceria uma nova favela. =/
KRISTINA
Muita história prá contar, quantos choros, quantas risadas e quantos sons já ouviram essas paredes, quantos pés já pisaram esses pisos.
rapaz... têm umas que eu sentiria menos medo dormindo fora do q dentro....
Imagens como essas rendem bastante coisa.
Legal, dá pra fazer uns filmes de terror.
Coisas abandonadas me deixam triste, mas gosto de ver coisas assim. sempre que vejo algo deixado para trás, me pego pensando: "De quem era isso?" "Por que abandonou?" "Qual a história e como era esse lugar antigamente?"
E isso no faz pensar no nosso fim, a morte. Felizmente temos esperança, e ela não vai demorar! :D
Algumas lembram o cenário do filme Evil Dead. Esses ranchos à noite devem ser bem tenebrosos.
lembrei do Resident Evil 4, tem umas casinhas parecidas.
Algumas são muito belas.
"Treides, se Deus vos perdon, albergar mais adeante a hãs choças que estan preto de nosso caminno. Aê podemos jazer." (in: "Como sofre mui gran coita o om' en cego seer" - Cantigas de Santa Maria, Rei Afonso X de Castela, séc. XIII). referindo-se ao caminho de Santiago de Compostela (Galícia).
É um hábito antigo este, de deixar paradas em auxílio aos viajantes. Curiosidade: Moro em frente a "Estrada do Caaguaçu", que era caminho obrigatório para chegar à Estrada do Sapopemba e, enfim, alcançar o Riacho do Ipiranga. Por estas redondezas havia uma destas paradas, onde D. Pedro teria apeado para descanso com sua comitiva (Talvez pra dar um barro, por causa da diarreia, rsrsrs). Até hoje procuram o lugar exato desta parada, onde o homem teria depositado seus reais excrementos.
Hoje, casa vazia é casa invadida. E boa pra fumar um crack.
"Vou morar sozinho".
Não gosto de isolamento.
Obrigada pelo post. 8)