Massagista invade campo e elimina time da final da Série D

Longe de dizer que o passado era melhor, senão de que éramos menos seletivos, mais burros e que qualquer bola de futebol era motivo de diversão. Gostava de ir aos estádios ver o Cruzeiro jogar, acompanhava o campeonato, torcia e hoje me limito a ir na Arena Joinville para acompanhar os amigos. Muitas vezes vou embora sem saber o resultado do jogo. O caso é que em copas recentes aprendemos que o futebol é puro circo, manipulável e dirigido por um grupo de corruptos e sem-vergonhas.

A copa será um espetáculo para Inglês ver, pois o grosso da população não terá grana para pagar o ingresso que custará uma fortuna, e depois dela, estádios construídos a preço de ouro serão abandonados às traças. Que graça tem isso? Somente as patacoadas que continuam acontecendo em campo pelas divisões de acesso, conforme aconteceu pelas oitavas de final da série D do Campeonato Brasileiro no jogo entre Tupi e Aparecidense na noite do último sábado, em Juiz de Fora.

No final do jogo, a pressão do Tupi era avassaladora. No entanto, aos 44 minutos do segundo tempo, um lance chamou bastante a atenção. Em uma jogada, quando a bola estava entrando no gol do Aparecidense, surgiu a figura do goleirão massagista do time goiano que invadiu o campo e impediu o gol do Tupi. Todos os dirigentes do Tupi invadiram o campo e foram para cima da arbitragem. Como o gol não foi validado, foi dado bola ao chão. Os mineiros tiveram mais cinco minutos para tentar fazer o gol, mas não conseguiram. Agora, a decisão será no STJD. Mas a regra é clara: elemento estranho em campo é falta, certo Arnaldo?

O caso é que o futebol é um esporte cheio de pessoas xenófobas e intolerantes, torcedores, que são verdadeiros bandidos, que vão aos estádios para fazer arruaça e matar gente, puxa-sacos de jogadores modinha e detratores de jogadores no ocaso da carreira. Vejam que coisa deprimente aconteceu durante uma partida do campeonato Turco, quando a torcida adversária começou a insultar a mãe de Volkan, do Trabzonspor, que havia perdido a mãe a pouco tempo. O jogador não suportou as ofensas e deixou o campo em meio as lágrimas, enquanto era amparado por outros jogadores, inclusive do outro time.

É por essas e outras que o futebol foi perdendo seu encanto e, pelo andar da carruagem, a próxima copa tem tudo para ser a pior de sempre: cheia de desmandos, erros grotescos, gente descontente e com um monte de capitães Brunos.

Fonte: Procurando Vagas.