Quase todos temos um amor perdido, correspondido ou não, na nossa vida pregressa. Estranho é que mesmo que os anos passem a gente costuma sentir um vazio estranho, um frio interno quando topamos com esta pessoa anos depois. Este vídeo, uma cena retirada do documentário "A Artista está presente", de Matthew Akers e Jeff Dupree, mostra um desses momentos emocionalmente desconcertantes. |
O filme segue a artista sérvia Marina Abramović que se prepara para uma retrospectiva de sua obra no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. Marina começou sua carreira no princípio dos anos 70. Ativa durante mais de três décadas, recentemente descreveu-se a si mesma como a "Avó da arte da performance".
Na sua apresentação no MoMA, Marina permaneceu por três meses, impassível, sentada em uma cadeira, enquanto, por sua vez, os visitantes podiam sentar em uma cadeira em frente dela tentando roubar-lhe uma demonstração de sentimento.
O que para muitas pessoas parece uma bobagem, gerou uma grande rebuliço com uma fila enorme de pessoas aguardando a noite inteira só para sentar-se na frente da artista performática. Até um site foi criado na época para receber as fotos das pessoas que terminaram chorando ao encarar Marina.
Mas a organização tinha uma surpresa para ela: um amor antigo: Ulay. Juntos, o casal produziu a arte da performance durante 12 anos, entre 1976 e 1988, viajando em um trailer. Eles diziam que eram um só corpo -nascidos no mesmo dia, em anos diferentes-, feito de duas cabeças, mas com a mesma identidade artística. Permaneceram juntos até 1988, quando Ulay decidiu terminar, causando a revolta de Marina que na época disse:
- "Todos se esforçam tanto para começar um relacionamento e tão pouco para acabar com ele".
Como bons artistas da intensa dramaticidade, realizaram uma última performance, antes da separação, na Muralha da China. Ela veio do leste e ele do Oeste, encontraram-se bem no meio e se despediram para sempre.
O vídeo é bem bacana, seu ex aparece de surpresa durante a apresentação, 23 anos após a separação.
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Comentários
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Quem nunca amou realmente, não consegue entender ou mesmo aceitar isso.
Amor é um grande sentimento, que muitos nunca tiveram o prazer de sentir.
Como já dizia um velho sábio cristão ateu das florestas da Malásia:...
O amor... ah, o amor...
O amor... sim, o amor...
O amor... ora, o amor...
O amor... O amor...
Espiã de araque
Envio uma foto minha e vamos ver no que dá.
Bonito, mas acho que "faz parte" da performance.
Amores antigos, quando procuro no Facebook por vezes encontro. Nenhum reencontro me provocou comoção, apenas o despertar de memórias adormecidas. Para quê reviver amores antigos se eles tiveram o seu tempo e morreram porque estavam condenados a não ser eternos? Amores zumbi, não preciso.
Fiquei procurando na memória um amor cúmplice, companheiro, com vezes de paixão e vezes de calmaria, um rosto, um nome, e nada.
Devo ter perdido tanta coisa... e penso que não há mais jeito de encontrar.
Ainda me lembro há bem poucos anos atrás quando ainda era uma menininha... um rabo de cavalo, umas três sardas no rosto e faltando um dentinho na frente... vestidinho azul e branco com florzinhas vermelhas bordadas... sandalhinhas brancas, pezinhos pequenos... brinquinhos de pérola... não pera, eu estava de maria-chiquinha... E, ele chegou... com seus olhos verdes, cabelos castanhos claros, pele branca... calção preto e camisa branca... não pera, calção marrom... aquele sorriso maroto... aquelas mãos macias... me tocaram o pescoço e ele me olhou bem nos olhos... perguntou meu nome e eu saí correndo e me escondi... nunca mais o vi... Mas dia destes, hã, mês passado ... entrei numa loja e dei de cara com ele... ele tinha mudado muito! Alto, gordo, careca... o reconheci pelos olhos... aqueles mesmos olhos verdes... Acho que ele me reconheceu porque ficou me olhando calado... Então eu fui embora pensando... pensando... pensando...
Quando tinha 10 anos (é, acredite se quiser) me apaixonei por um menina da mesma idade. Nunca vingou o namoro e sequer uma aproximação (maldita timidez!) e a vida seguiu. Semana passada topei com ela. A mesma cara de 1981. Não mudou nada. E pelo visto ela me reconheceu, pois um ficou encarando o outro como nunca havia acontecido antes.
:lol:
Que coisa.