Faça o seu comentário

:

:







Comentários

Elson Antonio Gomes em 07 de junho de 2014 às 05:00:39»
É meu amigo 'Edgar Rocha', também fiquei na dúvida de fazer parte ou não do mesmo escândalo. Mas as datas não batem.

Mas mesmo assim fica a sugestão do filme, pois como os judeus sempre dizem que não podemos esquecer o holocausto da Segunda Guerra, também não devemos esquecer destas atrocidades que a Igreja ou religião, como queira cada um, fizeram e fazem.

Bom final de semana a todos!
Edgar Rocha em 06 de junho de 2014 às 20:56:07»
Elson, acredito que o post se refira ao mesmo caso. Eu assisti ao filme também. É revoltante. Mais ainda pensar que sendo um fato de domínio público, só agora as autoridades internacionais estejam dispostas a cobrar atitudes do governo irlandês. Que os corpos sejam de crianças, pode até ser novidade. Mas, aquilo que o filme mostra já seria suficiente pra tal atitude, não?

Muito bem lembrado!
Elson Antonio Gomes em 06 de junho de 2014 às 15:30:19»
Quer mais escândalos deste tipo na Irlanda. Este texto abaixo é de um filme chamado "As Irmãs Madalena" que ponho o link do "Youtube no final.

""Publicado em 08/02/2014
O governo da Irlanda trouxe à tona de novo o que os jornais do país chamam de "vergonha nacional": as lavandeiras administradas por ordens de freiras católicas que exploravam o trabalho das "caídas" (mães solteiras e suas filhas, vítimas de abuso sexual, prostitutas e portadoras de deficiência física ou mental). As mulheres trabalhavam duro sem nada ganhar, como se fossem escravas. Algumas sofriam abuso sexual de padres e outras morreram em circunstâncias desconhecidas.

As roupas eram de empresas, órgãos públicos e Forças Armadas— um negócio altamente lucrativos para as freiras.

O governo divulgou um relatório com a informação de 1922 a 1996 mais de 10.000 jovens tidas como fardo pela família, escola ou Estado trabalhavam nas chamadas Lavandeiras Madalena. Para serem "purificadas", elas ficavam trancadas de seis meses a um ano nesses locais lavando e passando roupas, além de trabalho de costura.

No relatório, o governo reconheceu que o Estado irlandês encaminhou para essas lavandeiras 2.124 mulheres, 26,5% do total. Também informou ter descoberto que cerca de 900 mulheres morreram nesses locais de trabalho forçado — a mais nova delas tinha 15 anos.

"Caídas" trabalhavam mais de 10 horas
por dia sem ganhar um tostão
O historiador Diarmaid Ferriter disse que as lavanderias faziam parte dos mecanismos que a sociedade, Estado e ordens religiosas usavam para tentar enquadrar as pessoas tidas como párias no modelo de pureza mítica cultural da identidade irlandesa.

A imprensa tem publicado o testemunho de algumas sobreviventes das lavandeiras. Uma delas, por exemplo, contou que sofre até hoje de depressão por causa dos maus-tratos. "Eu me sinto em pedaços", disse. "Já tentei o suicídio várias vezes."

Como representante do Estado irlandês, o primeiro ministro Enda Kenny pediu desculpas pelo sofrimento das mulheres internadas nas lavanderias Madalena, por endossar o estigma de "caídas" e por ter demorado para assumir parte da responsabilidade pelas mazelas.

Para mulheres sobreviventes das lavanderias, só o pedido de desculpas não basta. Elas querem ser indenizadas.

O filme de 2001 The Magdalene Sisters ("Em Nome de Deus", na versão para o português) conta a história de quatro jovens que foram mandadas por seus familiares para uma dessas lavanderias ou, como eram chamadas, asilos católicos. As jovens são chamadas de "irmãs Madalena". Três delas eram mães solteiras e uma tinha sido estuprada.

O cineasta Peter Mullan se baseou em histórias reais para mostrar a rotina de castigos (alguns físicos) e de humilhações que as freiras imponham às "decaídas".""

https://www.youtube.com/watch?v=kgRcGKVPlLI
Marya em 06 de junho de 2014 às 14:48:42»
Que horror!
Politico Honesto em 06 de junho de 2014 às 13:26:02»
Isso é somente o que vem à tonta, a "sujeira" debaixo do tapete é muito maior.
PadreTorque em 06 de junho de 2014 às 12:14:59»
Bah...
Sem comentários...
:-/
revolt4d4 em 06 de junho de 2014 às 10:52:26»
Você está certo Edgar, mas em geral somos 7 Bilhões e é nos países superpopulosos que esse tipo de coisa acontece com mais frequência, não só por ser uma maior concentração de pessoas, mas pela precariedade em que elas vivem, pelas leis retrógradas que defendem os estupradores e os "poderosos". :|
Edgar Rocha em 06 de junho de 2014 às 10:29:20»
Admin, com todo o respeito, discordo um pouco de você. Talvez, Bergoglio esteja dirigindo seu discurso especificamente a uma Europa laica, em que inúmeros países (acho que você já falou sobre isto aqui) têm observado um decréscimo populacional e uma taxa de natalidade ridícula, tão prejudiciais às sociedades quanto o excesso populacional em outras regiões do mundo. Como exemplo, a Bulgária pode se considerar uma nação em vias de extinção, dado o êxodo de seus jovens e a diminuição drástica de seu contingente. Isto também pode gerar até guerras, na minha avaliação. Vazios demográficos são um convite a invasões e desrespeito à soberania de um povo. Não falo da questão da produção porque isto é inerente a um sistema que explora a injustiça sob todos os aspectos e oportunidades. Faltar gente pode ser tão pernicioso quanto sobrar.
Mas, o centro deste excelente post é outro, acho eu. Como a Igreja permitiu tamanha barbaridade por tanto tempo, vindo este escândalo à tona por pura força da gravidade, caindo sobre as cabeças do clero e desnudando o lado perverso de uma instituição corporativa, protecionista e mafiosa? Certa vez, um amigo meu, estudante num seminário no interior de São Paulo, relatou-me os motivos de sua desistência em seguir o sacerdócio. Segundo ele, os padres falavam aos seminaristas que, era importante não perder o foco: por mais que se repetisse no altar que a Igreja era o povo, o padre deveria saber que a Igreja, na verdade, é o clero. O povo é o povo, nada mais. Com uma mentalidade destas não me admira que a Igreja tenha se afundado tanto em sua decrepitude moral. Agir assim é constituir uma máfia. Vai além do conceito de elitismo, puramente. O referido seminarista adquiriu uma saudável repulsa pela instituição, embora ainda se mostre capaz de ter fé. Acho que o caminho é este mesmo. Ficar à mercê de um grupo seleto, submeter-se aos desmandos de quem não faz outra coisa senão aprimorar a arte da manipulação é entregar a própria consciência aos interesses os quais você desconhece, e que podem resultar em algo muito ruim para si e seus pares. Depois, não adianta dizer que não sabia, que foi manipulado, que a responsabilidade não é tua. Isto vale pra toda e qualquer institução viciada, seja ela religiosa, política, administrativa, etc. Ainda bem que não colaboro nem com a Igreja, nem com Partido (era simpatizante do PT) há uns vinte anos. Comparando, o que vi estes dias com o surgimento de ligações entre o Luís Moura e o PCC (via Transcooper, aqui de Itaquera), só me deixou aliviado por ter sido tão crítico à omissão destes "companheiros" quanto à questão da segurança pública e do crime organizado durante estes anos. Apesar de saber que o PSDB tem acordo com o PCC desde o início, infelizmente, tenho que admitir que, pra falar dele, todo mundo vai ter que enfiar a própria língua no rabo. O triste é saber que não há mais representatividade do cidadão em nenhuma força política. Estamos às traças na política, assim como na fé religiosa.
Politico Honesto em 06 de junho de 2014 às 10:10:12»
Que coisa.