O problema da superpopulação é um tema que ultrapassa as inter-relações humanas, as diferenças sociais e econômicas, as posturas religiosas, ideológicas e políticas; vai para além da educação, da arte e toda manifestação cultural do ser humano.
Este tema está vinculado estritamente no nosso lugar no planeta, na nossa capacidade para sobreviver como espécie ou de extinguir por causa da falta de consciência, do pobre uso da razão e de não sabermos como estabelecer nossas prioridades. O problema é simples: a superpopulação destrói o mundo, e nós perecemos com ele.
Atualmente, podemos perceber que são poucos os que tem coragem para criticar a superpopulação como o problema que realmente representa, talvez por temor a atentar contra o direito natural do ser humano a existir. Mas se as pessoas não pararem de se reproduzirem como coelhos em breve não haverá mais seres humanos que lutem a favor de seus direitos.
John Feeney, especialista em temas ambientais, manifestou que as soluções não emanam do silêncio. Já passou da hora de centrarmos a discussão pública na superpopulação.
Um problema do presente
No começo, a Terra precisou de 2,5 milhões de anos, desde o aparecimento do ser humano até 1820, para criar 1 bilhão de pessoas. No entanto, nos dois últimos séculos, o ser humano ultrapassou este curso natural ao redor de cinco vezes, superando os 7 bilhões.
Outra referência são os dados que mostram que entre o ano 8.000 a.C. e 1750 de nossa era, a população teve um incremento médio de 67 mil pessoas por ano; atualmente este mesmo aumento acontece a cada sete horas. Isto é, em uma semana aumentamos o que antes levávamos 24 anos.
Desta maneira, calcula-se que se não adotarmos medidas rigorosas, radicais e fortes, mediante leis e decretos apropriados para frear o problema da superpopulação, esta quase se duplicará no curso dos próximos 50 anos. Em 2060, a população mundial deve chegar aos 11 bilhões de pessoas.
Não obstante, este aumento populacional não se registra do mesmo modo em todos os países. Sabe-se, que nas nações subdesenvolvidas a população duplica a cada 20 anos. Sem ter o que fazer a população faz filhos.
Por outro lado, muitos países desenvolvidos mostram números da natalidade negativa. Igualmente os países desenvolvidos apresentam uma população geralmente adulta, diferente dos países subdesenvolvidos onde a população predominante é jovem.
Causas da superpopulação
Esta explosão demográfica deve-se a vários fatores, entre eles está o aumento da expectativa de vida. Do mesmo modo, a diminuição da mortalidade infantil, graças aos avanços médicos, tecnológicos e a melhores condições de vida.
O avanço da ciência conseguiu aumentar a média de vida das pessoas, se levarmos em conta que muitos estudos prognosticam que o ser humano poderá viver uma média entre 200 e 300 anos, que futuro nos espera se não solucionarmos a superpopulação?
Outro causador do aumento constante de seres humanos é a desinformação por parte das autoridades de diversas nações. Uma população não instruída e desinformada sobre os inconvenientes que implica a superpopulação, não poderá assumir responsabilidades e atuar frente a este problema.
Do mesmo modo, podemos incluir nesta categoria as posturas radicais e dogmáticas como a assumida pela Igreja Católica, que tem mostrado sua negativa em frente à utilização de qualquer método anticoncepcional.
São célebres as declarações recentes do Papa Francisco convidando as pessoas a fazer filhos em vez de criar animais de estimação. Um homem merecedor de tantos elogios como Bergoglio, igualmente merece a crítica de irresponsável e inconsciente por pregar a natalidade nestes dias de desencadeado crescimento populacional, fomes e recursos cada vez mais escassos.
Problemas
O aumento acelerado da população origina maior demanda de cidades e a expansão dos assentamentos humanos. Devido a isso, a cada ano desaparecem 16 milhões de hectares de matas, propiciando a destruição dos habitats naturais de muitas espécies, as quais são obrigadas a se deslocar a lugares inóspitos, onde os animais nativos se extinguirão em massa.
Isto levou a que na atualidade a média de extinção de uma espécie seja 10 mil vezes mais rápida do que acontece naturalmente.
Também calcula-se que as necessidades de água aumentarão em 20% no ano 2025, podendo gerar conflitos para a obtenção deste recurso, que já é bem escasso em alguns lugares do mundo.
Ademais aumentas o número de doenças associadas aos dejetos orgânicos, causados pela superpopulação de pessoas.
Podemos dizer que da superpopulação provem todos os males que tornam indigna a vida humana, destroem lentamente toda a existência. O ser humano segue produzindo extinções, destruições, exterminações, explorações e aniquilações que jamais poderão ser retificadas.
Desgraçadamente, a superpopulação está no centro das causas da superexploração dos recursos naturais, deficiência de serviços, aumento do desemprego, pobreza e contaminação ambiental, com o nefasto resultado do aquecimento global.
A vigência de Malthus
O panorama é desolador. Se atuássemos agora mesmo, tomando medidas como informação, conscientização e a prática de um estrito controle mundial de natalidade, precisaríamos ao redor de 100 anos para que a população mundial diminuísse.
O problema foi prognosticado em 1798 por um pastor anglicano chamado Thomas Robert Malthus, e junto ao problema propôs a solução. Em um revolucionário e vigente livro, intitulado "Ensaio sobre o princípio da população", Malthus sustentava que a capacidade de crescimento da população é infinitamente maior que a capacidade da terra para produzir alimentos. Desta maneira esgrimiu a famosa frase:
- "A população cresce de forma geométrica enquanto os alimentos crescem de maneira aritmética". Isto é, se somos 10 pessoas, a próxima geração seremos 20, depois 40, 80, 160, e assim sucessivamente. Pelo contrário, a produção de alimentos aumenta aritmeticamente, isto é se temos 10, a próxima geração terá 20, depois 30, 40, 50, e assim sucessivamente. Isto prognosticava, um tempo em que a população séria transbordante, e os alimentos se converteriam em um bem insuficiente.
Sua teoria não perdeu vigência, e poderíamos dizer que Malthus foi um profeta ignorado. No entanto, os atuais movimentos ecológicos e muitos cientistas que reclamam solução à explosão demográfica, sabem que esta sempre esteve aí. Devemos deter o mais cedo possível a natalidade, caso contrário precipitamos-nos em um mundo incerto, mas com nefastas possibilidades.
Há mesmo quem diga que já não há mais nada a fazer, a não ser relaxar e curtir o que nos resta. Essa é a opinião do cientista James Lovelock, que acha que a Terra é um organismo vivo, que sabe se defender do ataque de parasitas. E, neste momento, os parasitas somos nós e lgo seremos eliminados:
- "É muito tarde. Talvez se tivéssemos tomado diferentes decisões lá no passado, teria ajudado. Mas agora já não temos tempo."
Não obstante Malthus sustentava três medidas a fim de reduzir o iminente perigo em que se converteria a superpopulação. O pastor sustentava, que devemos frear impulso natural de procriar, de três formas: preventiva, própria da consciência moral dos indivíduos, e finalmente de maneira repressiva. Resta ao ser humano escolher. Naturalmente o pastor optava pela contenção moral.
O Fundo de População das Nações Unidas (Unfra), têm uma meta longe de ser alcançada para o ano que vem: conseguir que todos os governos do mundo garantam aos casais acessos aos métodos de planejamento familiar, pois existem estimativas que a cada ano 250 milhões de mulheres ficam grávidas por não ter acesso e orientação de métodos de planejamento.
O problema está sobre a mesa, e junto a ele a solução; corresponde aos governos informar e à população agir. Esta é uma reflexão às portas do Dia Mundial da População, instituído em 1989, em 11 de julho, com o fim de criar consciência na humanidade de que um mundo com excesso de habitantes vai nos encaminhar à extinção.
Vocês devem se lembrar do pesquisador japonês Mitsyuki Ikeda, que desenvolveu um método de transformar produtos derivados de dejetos humanos em carne artificial. O otimista Seu Ikeda acredita que o alimento produzido em laboratório, menos calórico em sua composição de 63% de proteína, 25% de carboidratos, 3% de lipídios e 9% de minerais, poderia ser a solução da fome no mundo. Há quem acredite que logo logo não teremos merda suficiente para todo o mundo...
A ótima ideia da enquete vem do comentário de um amigo que não quis se identificar no artigo "19 fotos que mostram que o mundo está lotado".
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Comentários
E uma crueldade isso, o mundo precisa de menos odio e mais amor. Sim, isso e um odio, um odio contra a raca humana. Quem diz isso odeia sua propria especie. Quer dizer entao que desejam salvar a raca humana exterminando-a ou deixando-a sem os seus direitos? O planeta e de todos, ninguem tem o direito de falar que o nascimento de um novo irmao causara problemas, sendo que nos mesmos ja estamos ocupando e destruindo com nossas proprias atitudes o nosso planeta. O problema e que o proprio ser humano enxergar o proximo como algo miseravel.
Haiduqque - Mas você sabe se eles já viveram no armário por um tempo? Ou se não, se os filhos não são adotados e tal.
Por falar em m........ , caro .Tyr, vc me fez lembrar de uma piada sobre o pessimista e o otimista... :
" Estavam os dois ( o pessimista e o otimista ) conversando sobre o fim do mundo quando o otimista disse:
- Quando chegar o fim do mundo haverá tão pouca comida, mas tão pouca comida, que as pessoas terão de comer cocô.
E o pessimista retrucou:
- Será que vai haver cocô para todo mundo?! :|
:lol:
Dizem que a natureza sempre encontra um meio de driblar a extinção por completo, como o caso de determinados tipos de peixes e répteis que quando falta um dos dois gêneros dá conta de transformar um em outro (macho -> fêmea ou mesmo reprodução assexuada, aquela que não precisa haver cópula para haver procriação) e fico imaginando se em determinado momento isso não acorrerá com a espécie humana por haverem constatado que o gene 'Y', o que determina a masculinidade ser remissivo, ou seja, estar minguando e perdendo suas características.
Controle populacional? Nessa altura do campeonato é besteira. É como querer frear uma locomotiva lotada numa descida íngreme. De um jeito ou de outro vai dar merda.
Parabéns pra quem conseguiu misturar luta de classes com um assunto tão grave como a explosão demográfica e o meio ambiente. A elite branca agora é culpada de tudo! Os eleitores de cabresto do bolsa-esmola são os mesmos que fazem filho sem parar e a culpa é dos ricos. Entendi.
Nessa altura do campeonato não creio que tenha alguma diferença ter 1 filho ou 10, a raça humana tá ferrada mesmo. Não creio que a humanidade vá muito longe do jeito que tá a coisa, já tem cientista dizendo que essa sociedade esta a beira da extinção, e eu não duvido, pra todo lado que eu olho só vejo pessoas que parecem estar totalmente perdidas, a maioria não levantaria da cama para viver mais um dia se pudessem. Eu que não coloco filho no mundo, não digo que não queria, mas não sou egoísta para por mais uma pobre criatura ai no planeta do jeito que tá, se um dia tiver uma crise de meia idade e resolver ter um filho adoto um.
O problema não está na quantidade de pessoas, mas na mentalidade de consumo. Planejamento familiar deve ser livre.
Dizer que o problema é a superpopulação como Malthus defendeu é tampar o sol com a peneira, ignorando a má distribuição de renda em nosso planeta...
Não podemos ser simplistas catastróficos desse modo ;)
Eu sou a favor...
Firelow, eu conheço gays fora do armário que têm filhos, assim como conheço inúmeros heteros que ainda não têm ou não querem descendência. É claro que a norma é os gays morrerem sem descendência.
Será que a homossexualidade é uma forma de a própria Natureza controlar a proliferação de uma espécie?
A ser isso, é pena que não hajam mais mosquitos homossexuais.
Questão complicada, pois a princípio acho que todos deveriam ter quantos filhos quisessem, no entanto, acho que c/ a população de baixa renda se faz necessário um planejamento e alguma política do filho único. Fico pensando nessas mulheres de rua com um filho nos braços e outro na barriga, ou mesmo famílias miseráveis com trocentos filhos.
Ter filho(s) pode ser um direito, mas é preciso entender e aceitar que, como a maioria dos direitos, ele deve ser conquistado; em outras palavras: quem deseja formar uma família deve ter condições satisfatórias para tal, pois criar um filho é, sobretudo, uma responsabilidade. Quem profere discursos do tipo "Eu vou ter quantos filhos eu quiser e ninguém tem nada a ver com isso" está assumindo uma postura egoísta e ignorante, pois cada humano que vem ao mundo será responsável – direta ou indiretamente – pelo que lhe acontecer, e muitas vezes os efeitos de sua simples presença se voltam contra seus genitores.
Em famílias com melhores condições financeiras, devido a um maior acesso à educação e a informações, por exemplo, o número de filhos gerados tende a ser menor – no máximo 2 por casal, consoante algumas pesquisas. Nas famílias menos abastadas, por outro lado, quase não existe a preocupação com o planejamento familiar e o que se vê, na maioria dos casos, é uma quantidade grande de filhos por casal. Uma das causas deste grande número de descendentes nas famílias é a falta de informação, o menor grau de educação, mas também há outro motivo: em alguns casos, uma maior quantidade de filhos é intencional, com a finalidade de melhorar as condições financeiras da família. O raciocínio é este: mais filhos = mais pessoas trabalhando e trazendo mais dinheiro para casa. Na prática, porém, esse raciocínio se mostra falho, já que as chances de obter o triunfo esperado para uma criança que vive sob tais circunstâncias – poucos recursos financeiros, pais com uma educação incompleta e família numerosa – são muito pequenas.
É verdade que métodos contraceptivos, como preservativos e anticoncepcionais, fazem a sua parte, mas eles não são suficientes, principalmente para casais que têm menos acesso às informações. Esterilização em massa pode ser uma alternativa radical e invasiva, mas, para alguns casos, parece ser a única solução realmente eficaz.
como todos têm, em parte, razão, precisamos urgentemente de um déspota esclarecido para tomar a frente do que é necessário fazer. vai faltar planeta pra muita gente e aí, ou os pobres acabam com os ricos ou os ricos acabam com os pobres. de qualquer maneira vai se perder muita gente. faz-se necessário então que se deixem os caraminguás e nhem-nhem-nhens de lado e faça-se alguma coisa. que o controle é inevitável, isto é. o como é para o déspota. ou para os mais fortes (regra básica da vida).
Como diz no filme 'O dia em que a terra parou'...O ser humano só vai fazer alguma coisa quando a situação estiver muito critica, a beira do precipício, até lá vamos empurrando com a barriga.
Já fazemos isso quase todos os dias...
Firelow, há gays com filhos e heteros sem eles
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psé mas gays só tem filhos se viverem no armário, nesse mundo em que todo mundo é gay não haveria gays no armário, então nunca ninguém mais teria filhos
Não tinha a opção pra votar " nenhum filho"
acho que deveriamos deixar de nos reproduzir e aos poucos extinguir a humanidade. O mundo seria perfeito!
Ah, sim. Abraços fraternos!!!!
Admin, você se referiu a elite como algo puramente fantasioso e minha atitude puramente conspiratória. É o mesmo que desprezar os próprios dados que você apresenta muitas vezes aqui no MDig. Tem elite, sim. Um grupo reduzido da população mundial que se locupleta com um acúmulo pornográfico de bens e de poder e que vê a necessidade de uma diminuição do contingente populacional como forma de se evitar insurgências, pura e simplesmente. Não é questão humanitária, não. Nem consciência soical/ecológica. Se fosse, já estariam agindo com o objetivo de impedir o consumo desenfreado de bens e recursos, coisa que ninguém fala. Vender é bom, né. Já quando o assunto é administrar os recursos, a culpa é do miserável que tem uma renca de filhos. Nestes países há bens de sobra e recursos capazes de manter toda uma população. Mas, não desta forma desigual, da qual o próprio sistema se alimenta. Jão falei, não sou contra o controle de natalidade. ou planejamento familiar. Venho de uma família de 8 irmãos e sei o que significa ter tanta boca pra alimentar. E me lembro também de casos nos anos 70 (!) em que, por intermédio do governo americano, se fez esterilização em massa em toda a América latina, inclusive aqui, sem o conhecimento das próprias mulheres. Não é conspiração pensar que estas elites as quais você até questiona a existência, não sejam capazes de implementar à revelia de concentimentos, uma política de controle populacional cruel em lugares onde acharem necessário. Isto á tratar as camadas menos favorecidas como bicho, mesmo. No tocante à produção alimentícia, há plenas condições de amplificar a produção e manter o abastecimento mundial. O Brasil já duplicou anos seguidos sua produção sem ampliar demais a área agrícola. Isto é logística e tecnologia. Agora, como lembrou o Tyr, a formação educacional apresent outras perspectivas que compelem a sociedade à caminhar pra racionalidade em nome de seu bem-estar. Eu e meus irmãos estudamos. Nenhum de nós teve mais de dois filhos. O entrave religioso a esta perspectiva, só se faz eficiente se somado à ignorância. Tenho primos evangélicos que, graçsa à formação parca, povoaram o mundo. A indigência intelectual é o principal problema. Pensar em manter uma nação de ignorantes sem o efeito colateral do controle autoritário da natalidade, obriga as ELITES dos países a recorrer a ideias pouco dignas. E se pensarmos em mundo globalizado a impessoalidade fica ainda mais evidente, quando vemos a dominação de uma nação sobre outra.
Quanto a Igreja, percebo que esta, por seu conservadorismo e seu compromisso em preservar tradições e instituições, sempre prefere o discurso ortodoxo, quando há alguma dubiedade no discurso. Só depois, ela se revê, quando o assunto foi devidamente aprofundado. Nem sempre é correto, mas, não deixa de ser prudente. Em se tratando deste assunto, ela aposta na reflexão sobre a dignidade humana e na reflexão sobee as desigualdades sociais, como algo anterior às necessidades de mercado ou culpabilização dos setores mais oprimidos. Depois, com o tempo, ela se abre, quando já estão expostas as reais intenções de quem discute. Quando não foi assim, a Igreja pecou por ser conivente com desumanidades.
No meu primeiro ano de colegial a matemática se mostrou verdadeira em dois pontos;
A matéria era progressão. Meu professor Nestor na introdução havia dito o seguinte
A produção de alimentos cresce numa taxa anual em P.A. - Progressão Aritmética, ou seja somando (+) á uma razão de 2 a 3 em relação ao ponto atual.
O crescimento populacional cresce numa taxa anual de P.G. - Progressão geométrica, ou seja multiplicando ( * ) á razão, também de 2 a 3 em relação ao ponto atual.
Quando ele mencionou isso, a população do planeta estava na casa de 4 bilhões de pessoas. As áreas cultiváveis eram imensas. Hoje; As áreas são praticamente as mesmas (aumento de apenas 15%) e a população já quase dobrou de tamanho.
Isso ele disse em 1986. Nunca esqueci. Os números não mentem. Jamais.
Como sou apreciador das resenhas do Edgar fui pesquisar esse tal Malthus. Cara legal. Visão ampla e sagaz. Só não concordo com um veredicto que ele não fez, mas isso é opinião minha.
Alguns países entraram em decréscimo populacional e um fator dominante se fez presente; O nível (odeio essa palavra) do IDH é alto. Já em outros países que as pessoas praticamente estão se amontoando umas sobre as outras acontece justamente o inverso.
Conclusão; Estudar demais tira o tesão de qualquer um. Só pode.
E você queria que eu fosse imparcial com a superpopulação Edgar? Você está brincando né? Malthus não defendia, Maltus não propôs, Maltus disse (teorizou) que dentre os obstáculos para o crescimento da população estava o (involuntário) destrutivo propiciado por trabalhos penosos, pobreza, insalubridade, doenças, epidemias, fome, peste, excessos, guerras, etc. Ele não inventou nenhuma roda nem nenhuma guerra, somente disse que as guerras acabavam por resultar um mal necessário para o controle populacional e isso, convenhamos, não é novidade para ninguém.
Pese que a revolução industrial e os novos meios de controle de praga dos cultivos tenham momentaneamente minado e postergado sua relação das progressões exponencial da população e linear de alimentos, uma em cada 8 pessoas passa fome hoje no mundo. Realmente complicado ver como Malthus pode ainda ser vigente nos tempos atuais. Junte-se a isso o problema da exaustão de recursos e do aquecimento global e a referida relação poderá ser quadrática, cúbica talvez.
Malthus tinha todos os problemas dos homens de sua geração, mas sua teoria tinha a melhor das intenções: o objetivo de alertar que o crescimento desordenado da população acarretaria a falta de recursos alimentícios e salvar o futuro da fome e não o de matar gente como você está equivocadamente sugerindo ao recorrer a lei de Godwin para colocá-lo no mesmo caldeirão dos malvadões históricos.
Não disse que o direito à reprodução é ilegítimo, só que todos sabemos que é condição básica abrir mão de alguns deles (direitos) em prol da sociedade de vez em quando.
Estamos em um mundo globalizado, os discuros de Bergoglio não são seletivos, o que ele supostamente diz aos países superdesenvolvidos, é ouvido pelos sub, onde ainda é costume fazer uma renca de filhos, muitas vezes sem a condição de sustentá-los. Em vez de propor uma sandice irresponsável como esta, devia logo admitir que o uso da camisinha é necessário. Se não fosse por ela, Malthus teria muito mais razão.
Tudo isso é lindo, tudo isso é muito socialistamente correto, mas não há tempo. A sociedade precisa começar a discutir este problema já.
Que elites? Onde você está vendo imposição? Que conspiração é essa Edgar?
Se houvesse comida para todos não havia gente passando fome. O decréscimo populaconal não pode ser uma tendência natural quando o crescimento vegetativo médio mundial se mantém rondando o 1,20% (dobro da população em 60 anos).
Não vai melhorar em nada se não fizermos alguma coisa para salvar o planeta (ou posarmos de salvadores, como queira) o quanto antes, sabe por quê? Porque ai já não haverá nenhum motivo para fazê-lo.
Abraços fraternos
Firelow, há gays com filhos e heteros sem eles, portanto a sua receita não tem chances de funcionar. :-)
Não penso que as opiniões alheias devam ser tomadas em conta quando se trata da mais sagrada e inviolável das instituições: a vida privada de uma família. Exceto no conhecido caso da China, também os Estados não costumam interferir no número de filhos que cada família deve ter, e é assim que está correto.
É certo que o planeta está contaminado com humanos, mas cada casal é que deve saber com quantos filhos quer contribuir para essa contaminação. Se se estabelecem padrões de controlo, eles serão sempre tiranos e injustos. Por exemplo, os ricos não aceitarão limites e terão sempre formas de contornar isso, portanto esse seria um controlo visando apenas os pobres.
Sempre foi o ecosistema a encontrar formas de controlar a população, de forma natural. Se forem os próprios humanos a fazer isso eles acharão que os feios, os estúpidos, os incapazes ou os sem recursos financeiros não devem "sujar" o planeta parasitando os parcos recursos das sociedades...
Pensando melhor, parece que essa seleção já está a germinar e prestes a acontecer.
Sou a favor do planejamento familiar, desde que me entendo por gente, não tenho filhos e (biológico) nem sei se vou ter, se por ventura fizer, será um só. Senão mais para frente adoto uma criança. Lovelock está certo, também acho que não dá mais tempo, pelo menos de uma maneira amena... A coisa vai se auto-regular eu acredito, mas neste processo muita gente morre, seja por guerras, doenças, ou falta dos recursos básicos... os ricos continuarão ricos, os pobres cada vez mais pobres e por ai vai...
todo mundo precisa virar gay pra ajudar a humanidade, que nem eu faço
Admin, sempre respeito tuas opiniões e gosto de participar de suas enquetes. Mas, desta vez, você foi parcial demais. Você se esqueceu que Malthus defendia também que a guerra e as catástrofes seriam positivas para a conteção populacional. Suas teorias serviram de amparo para teses de cunho fascista e eugenista No post sobre as vacinas, comentei dos perigos de um retrocesso malthusiano (com h, havia me esquecido). A gente não pode se esquecer que uma boa teoria deve contemplar todas as possibilidades. Seu direcionamento ideológico se define mais pelas brechas deixadas do que pela linguagem direta. São lacunas propositais que permitem aos interlocutores agirem em contrariedade com princípios básicos de gestão social, passand por cima de contradições mais do que evidentes. Segue-se a ele, Lombroso como definidor e qualificador do ser humano a ser dispensável pela 'civilização'. Daí em diante, guerras, massacres, genocídios, etc. Tudo justificado pelo racionalismo e pelo positivismo subsequente. Complicado evocar a Malthus nos tepos atuais.
A questão populacional é de uma urgência inquestionável. O problema é o processo pelo qual se pretende resolvê-la e os princípios equivocados pelo qual este se norteia. O direito à reprodução é legítimo. Francisco está certo, até porque, como já falei em outro post, seu discurso deveria se dirigir aos países com déficit populacional atualmente. Já os países explodindo de gente, acredito que suas realidade"S" devam ser analisadas indivudualmente, a fim de sanar os problemas de forma conjunta, em comum acordo com toda a sociedade. Ordens de cima pra baixo não funcioam simplesmente porque são sempre seletivas, opressivas, exclusivistas. Deve haver um pacto social e, a despeito da premência de uma solução, sua aplicação deve ser feita respeitando a todos os direitos e atendendo às reais necessidades. Em países que sofrem com falta de alimento, sabemos que o grande problemas está na má distribuição de renda do que na falta de alimentos propriamente dita. Ações como reforma agrária, política de geração de rendas, de trabalho de inclusão social são os primeiros passos. Leva tempo, é verdade. Mas, qualquer ação mais 'pragmática' redunda em hipocrisia, violência e agressão a direito fundamentais. Pimenta nos olhos dos outros é refresco. Outro fator é o aumento do nível educacional, sem o qual não se tem uma compreensão da importância em se planejar a família.
Você pode dizer que tudo isto é lindo, mas que não há tempo. Tudo bem. Mas, de quem é a culpa? Que direito as elites têm de impor controle populacional, agir de forma a exterminar populações, forças esterilizações, etc.? Enquanto estas populações serviam de mão de obra barata, todo mundo queria mais é que nascessem uma legião de miseráveis. Agora, querem exterminar e ainda posarem de salvadores da Terra? Me poupe. Sou a favor do controle populacional, mas acredito que a real situação do abastecimento mundial só ficará clara se considerarmos os níveis de concentração de bens e de produção nas nações. Creio que haja comida pra todos e que o decréscimo populacional seja uma tendência natural. Mas, sem distribuição, voltaremos apenas aos níveis 'adequados' para a manutenção do sistema, ou seja: gente faminta apenas o suficiente para atender às demandas. Como no século XIX. Não vai melhorar em nada.
Uma vez eu li que existem grandes áreas do planeta desabitadas, e pequenas áreas do planeta habitadas... que a população se concentra em pequenas áreas, é muita gente para pouco espaço, enquanto a maior parte do planeta está vazia... uma proporção +/- de 10% de área habitada para 90% de área do planeta não habitada.
E que, segundo essa proporção, chega-se à conclusão de que tem pouca gente no mundo até, o problema é que fica tudo concentrado num ponto só e parece que é muita gente.
Totalmente a favor.
Fico, em certa parte, com a opinião de James Lovelock.
Só acho que somos parasitas que serão destruídos não pelo planeta vivo, mas sim por nós mesmos. Seja com guerras, através de desmatamento onde pode acordar um vírus mortal desconhecido, ou até mesmo criarmos este vírus para dar um basta na super população. Agora uma formula de conscientizar as pessoas para o assunto ser resolvido. Creio que seja uma coisa muitíssimo difícil.
Hoje, está dissidido que não terei filhos. Amanhã, é outro dia.
Recentemente vi um documentário chamado "No Sex Please, We're Japanese" que mostrava a diminuição da população japonesa e alertava para os problemas que este país enfrentará em 40 anos. Segundo uma especialista um país necessita que sua população aumente em uma proporção mínima (acho que eram 2 filhos por casal) para que a economia não fique estagnada. Por questões culturais os japoneses não estão tendo filhos suficientes para atender essa demanda que somado com o aumento na expectativa de vida faz com que o cuidado com os idosos (previdência, etc) seja ameaçado. Países como o Canadá importam jovens trabalhadores para que estes paguem impostos e mantenham a previdência funcionando. A China possui um plano rigoroso de controle de natalidade que faz com que os idosos dependam de seu único filho após não ter mais condição de trabalhar (eu já li que lá não tem aposentadoria, não sei se é verdade). Por isso creio que o sistema econômico baseado na produção e consumo constantes é uma das coisas que mais impedem um plano de redução populacional, para não sacrificar suas gordas aposentadorias os políticos preferem empurrar esse problema para debaixo de um tapete onde não cabe mais sujeira.
Como, se sexo é bom e é de graça ???
:-/
Levando em conta a vida de meus ancestrais, preferi não colocar mais gente ruim no mundo. E apesar de não ter rebentos, sou a favor do controle de natalidade. Entretanto, isso não vai acontecer nunca. Não com a propaganda massiva de "faça sexo e seja feliz" que está sendo disseminada. Ainda mais no brasiuiuiu, que graças a coleção de bolsas mais caras do mundo, a população trepa e pare incansavelmente. Então, como eu não estarei aqui para ver, que se phodam todos. Inclusive, o papa e seus asseclas. Assim, a humanidade se auto extingue, e o nosso lindo planeta poderá enfim, respirar novamente. :twisted: :twisted:
foi este relógio mundial que me fez conhecer o site em uma aula de medicina de tráfego em 2009.desde então o visito quase diariamente.
eu sou a favor.quanto mais gente mais problemas a resolver.