Bem-vindo... tchau e desculpe a nossa falha Marty McFly

Sempre esperei o 21 de outubro de 2015 para comprovar quanto tinha de verdade na predição de Zemeckis. Ansiava amarrar a cada amanhã os cordões do Nike Mag, tomar uma Pepsi Perfect, subir no meu hoverboard para passear pela praça e cruzar com o desgraçado do Biff Tannen com seus amigos igualmente basbaques para recuperar o almanaque e garantir a continuidade espaço/tempo. Agora, daqui a pouco, Marty McFly vai chegar e permanecer por ai escondido em algum lugar, boquiaberto, vendo no que se transformou o mundo: um poço de intolerância, racismo, guerras e discursos de ódio.

As quatro e meia da tarde Marty vai descobrir que tem uma multidão de refugiados passando fome e sentindo frio nas fronteiras da Europa, que um haitiano foi agredido até a morte em Santa Catarina, que em vez de escolher bons e dedicados representantes, como o bom Goldie Wilson, em Hill Valley, o povo elege bandidos para representá-lo, que seu alterego Michael J. Fox sofre do mal de Parkinson, e um grandessíssimo etcétera.

Certamente, se o capacitor de fluxo não apresentar nenhum problema, Marty salvará seus filhos rapidinho, subirá de volta em seu DeLorean, sem demora, e irá embora para muito longe deste mundo desgraçado, mas antes deve instalar um bom media player automotivo no DeLorean para ir escutando esta versão do filme regravada pelo maestro Alan Silvestri em Viena.

Alguém fez o favor de percorrer as locações do filme e as gravou, interpondo-as com fragmentos do filme. Magnífico!