5 verdades da vida difíceis de aceitar (mas libertadoras quando por fim você entende)

A vida não é simples, entre outras razões, pelo monte de circunstâncias que determinam seu estado. De certa forma, tudo influi para que nos encontremos neste presente, e não só desde o primeiro instante de nossa existência, senão talvez poderia ser dito que inclusive com muita antecedência ao minuto de nosso nascimento. E assim, com tudo e com todos, a existência é essa conjunção preciosa de probabilidades que nos trouxe até este momento. Daí, entre outras razões, sua complexidade.

Contudo, existe um punhado de verdades que faz com que a existência, se não mais simples, seja ao menos mais compreensível. Viver pode parecer um mistério, mas só porque deixamos de tomar consciência de nossa própria vida. Ignoramos de onde viemos, o ponto onde queremos chegar, as circunstâncias que potencializam ou obstam nossos esforços.

A seguir compartilhamos cinco situações que valem a pena ter em conta para viver, não para tornar tudo mais simples, mas talvez sim mais significativo.

1. As pessoas se vão

Toda pessoa tem seu próprio caminho. Às vezes, por ventura, coincidimos com algumas com quem encontramos amor, afeto, companhia, felicidade, apoio... e ainda que o laço tecido com elas pode chegar a ser muito forte, isso não significa que, em certo momento, esses mesmos caminhos não se separem. As pessoas se vão, mudam de casa, às vezes acontece de seu tempo estar tomado por outras ocupações... as pessoas morrem.

"Deixar ir" uma pessoa é talvez uma das aprendizagens mais árduas da vida, mas quando entendemos que assim é, que nenhuma relação é para sempre, então, paradoxalmente, podemos amar melhor, desfrutar mais do amor, sem angústias nem preocupações vãs, entregues totalmente aos frutos de nosso tempo com os outros.

2. Você tem que aprender a se cuidar: ninguém mais o fará por ti

Entre os muitos efeitos que a infância deixa em nossa formação como pessoas, sem dúvida um dos mais estendidos e nocivos é o da pouca consciência que temos do "cuidado de si". A forte influência do cuidado familiar deixa muitas pessoas com certa dificuldade para cuidar de si mesmas ou, dito de outro modo, com o hábito mental e comportamental de esperar que alguém mais cuide deles.

Seu corpo, seu futuro, sua integridade, o estado de sua vida: tudo isso é sua responsabilidade, inalienável e intransferível. Ninguém mais que você pode tomar a decisão de comer saudavelmente, de economizar dinheiro, de ir ao médico quando é necessário, de não tomar decisões capazes de danar o curso de sua existência, de cultivar sua mente e cuidar de seu bem-estar psíquico. Ninguém mais que você pode cuidar de sua própria vida.

3. Não há recompensa sem esforço (ou trabalho)

Especialmente em nossa época, existe certa inclinação a crer nos ganhos imediatos e avassaladores. Até faz alguns anos, por exemplo, pareciam comuns as histórias de pessoas que tinham ficado milionárias de uma hora para a outra desenvolvendo um aplicativo.

A verdade, no entanto, é que em praticamente todo o curso da história só o esforço sustentado, persistente, conduz à consecução de nossos objetivos. A planta que estava sob nosso cuidado e que abandonamos, termina por morrer: assim também é com os projetos que empreendemos e não sustentamos com o esforço da continuidade.

4. Não há vida sem dor

A morte, a doença, a decepção, a tristeza, o desamor, a perda: tudo isso é parte da vida, e quem afirma o contrário está mentindo, e da pior maneira. São realidades que, tarde ou cedo, se apresentam em toda existência, impossíveis de eludir. Nossos entes mais queridos morrerão, nós mesmos ficaremos doentes, terá quem deixe de nos amar... e isso por sua vez nos causará dor, pena e sofrimento.

E poderia ser de outra maneira? Ou, melhor, será que queremos que seja de outra maneira? De certa forma, a dor é necessária para depurar a quintessência da vida, sua substância mais preciosa. O segredo, em todo caso, é não sofrer em vão, não sofrer sem razão nem por besteiras. Não sofrer porque sim.

5. A vida tem um difícil ponto de equilíbrio entre permanecer e deixar fluir

Como sabemos, a vida é mudança, puro movimento. Essa é sua essência. - "No cosmos não há lugar que esteja a salvo da mudança", escreveu certa vez Carl Sagan. Por outro lado, não obstante, parte importante da natureza do homem está baseada na permanência, na vontade de pausar por um instante essa transformação que não cessa.

Viver, em certo sentido, implica encontrar o equilíbrio nessa contradição: entender que nada do que cremos saber sobre a realidade é permanente, mas, por outro lado, conhecer isso dentro de nós mesmos que define o que somos e a maneira em que vivemos. Navegar o rio da vida, mas atentos sempre ao leito por onde transitamos.

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