Há que levantar cedo para ir ao trabalho ou escola, passar horas no trânsito até chegar lá, decorrer as seguintes 8 ou 10 horas trabalhando, compartilhando o dia a dia com pessoas que podem se tornar os melhores colegas, amigos ou inimigos, comer em bandejas ou comida lixo na lanchonete próxima do escritório, sair do trabalho ou escola para passar outras horas em um engarrafamento diabólico, chegar em casa e fazer a limpeza, jantar e tentar desligar a mente até conciliar o sonho. Tudo isto, para poder ganhar o necessário para nossos luxos. |
Isso é vida? Desgraçadamente passam os dias e, sem dar-nos conta, nosso corpo e mente se transformam em máquinas de produção com mínimas doses de felicidade. Pese a que vivamos em uma "sociedade muito amorosa", onde inundam as canções de corações dilacerados, filmes de grandes histórias onde o amor triunfa sobre todas as coisas, aplicações móveis para conhecer uma possível transa, publicações em redes sociais com hashtags como #AllIsNeedLove, comerciais com paraísos românticos, carros, viagens... a realidade é que há muito pouco tempo para a amizade, para o amor.
Perdemos a capacidade de amar inclusive a nós mesmos, pois deixamos de ser capazes de nos prover e experimentar prazer.
Em tempos de redes sociais as pessoas perderam o seu maior dom: a sociabilidade interpessoal, o diálogo cara a cara e alguns até mesmo nem sabem como "chegar" em uma garota, como mostra um famoso vídeo de um garoto tímido no Facebook. Chegamos mesmo ao ponto absurdo de abundarem tutoriais de como conquistar alguém no Youtube, quando tudo o que você precisa fazer é sorrir, ser simpático e sincero.
Pensando nisso a fotógrafa Johanna Siring decidiu fazer um experimento com estranhos que ela encontrou no Festival de Roskilde, na Dinamarca: ela tirou fotos de estranhos antes e depois de beijá-los.
A norueguesa juntou estes cliques em uma simpática série chamada "Kiss A Stranger", através da qual tenta estabelecer uma conexão significativa com estranhos, e ela vai mais longe:
- "Ao criar novos relacionamentos e aprender sobre os pensamentos e idéias de estranhos, poderemos construir pontes e combater a ignorância e o julgamento", disse Johanna.
A fotógrafa abordava seus modelos (sem importar o gênero ou a raça) e tirava o primeiro retrato e então lhes dava um beijo e voltava a fotografar. Surpreendentemente, as pessoas deixavam seus papéis conscientemente criados e se tornavam elas próprias numa clara demonstração de que gentileza gera gentileza. Ela ainda cita uma explicação biológica para isso:
- "Beijar e ser beijado causa uma liberação de dopamina e um aumento na oxitocina. É um auxiliar de estresse instantâneo e cria um vínculo emocional imediato entre duas pessoas."
Evidentemente que não vamos sair por ai beijando todo mundo, mas podemos rir, ser mais simpáticos e sobretudo empáticos com a situação alheia. A experiência pode ser transformadora.
Fonte: Johanna Siring.
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