Estátuas do século 19 ganham vida quando são colorizadas

O processo que nos permite dar cor a uma imagem em preto e branco é quase tão antigo como a própria fotografia. No início do século XIX, na época de Niépce e Daguerre, ainda não era possível fotografar em cor, de modo que os fotógrafos decidiram utilizar os recursos que tinham a seu alcance para consegui-lo. Optaram por colorir suas fotografias mediante técnicas artesanais, utilizando tintas e pigmentos similares aos empregados pelos pintores em suas telas.

Já as técnicas utilizadas hoje em dia são radicalmente diferentes: tudo o que precisamos é de um computador, um software de retoque fotográfico, muita paciência, uma certa dose de talento e conhecimento do contexto histórico. É complicado!

De qualquer forma, as fotos antigas ainda guardam delineamentos que nos permitem identificar (e separar) os relevos, diferentes materiais, pele e tecidos que serão colorizados depois. Mas se estas diferença fossem compostas apenas por sombras e cujo modelo tem uma cor única, como as estátuas?

Foi o que pensou a artista australiana Jane Long, que após a restauração e colorização de uma série de fotos antigas decidiu experimentar com as estátuas. Ela conta que as imagens originais foram fotografadas no Jardim Botânico de Ballarat, no estado de Victoria.

- "Todas, exclusive uma, são parte da mesma série de estátuas de Charles Summer, compradas com fundos do legado de James Russell Thompson em 1888. O estranha é Hebe, que faz parte da Coleção Stoddard", explica Jane.

Ela mantém seus nomes originais na série, mas escolheu deliberadamente não colocá-las no contexto dos personagens históricos que as estátuas representavam:

- "Eu queria vê-las simplesmente como mulheres bonitas como forma de imaginar como elas poderiam ser originalmente", conclui.

Hebe

Susannah

Ruth

Rebekah

Modesty

Fonte: Jane Long.