Em 50 anos podem ocorrer muitas coisas, sobretudo no que está relacionado a qualidade de vida dos países. Há nações que sofrem guerras, outras que empreendem processos amplos de renovação, algumas mais que não deixam de repetir seus erros políticos e históricos. Também, em termos gerais, é inegável que existe uma dependência global que, pela via do sistema econômico em que vivemos, provoca que certos fenômenos transcendam as fronteiras e afetem muitas pessoas, sem importar seu lugar de residência. |
Edifício do STF em Brasília durante a construção e após 55 anos, por © Marcel Gautherot e © Gonzalo Viramonte. Via: Arch Daily
O Pew Research Center acaba de publicar um estudo em que comparou a qualidade de vida de diferentes países tal e qual se apresenta agora e como era faz 50 anos, com o fim de avaliar se esta melhorou ou piorou nesse período.
Dita organização não governamental, com sede em Washington e especializada em estudos demográficos e de opinião, realizou uma pesquisa com quase 43 mil pessoas distribuída em 38 países para recolher suas impressões gerais e detalhadas sobre as mudanças que sua vida teve nas últimas cinco décadas e o balanço que poderia fazer sobre eles.
Os resultados obtidos são sem dúvida surpreendentes e, em alguns casos, totalmente justificados quando reflexionamos um pouco sobre as condições de cada país.
A média global é ironicamente quase média com 38% achando que piorou e 43% pensando que suas vidas melhoraram. Na rabeira da fila está a Venezuela, cuja população sofre os efeitos de uma hiperinflação proporcionada pelo próprio (des) governo e que desembocou na grave crise humanitária marcada pela escassez de produtos básicos, como alimentos e remédios.
Do outro lado estão alguns países da região da Ásia-Pacífico, que têm algumas das avaliações mais favoráveis de progresso. O Vietnã (88% melhor) se destaca, mas as visões de vida hoje contra o passado também são bem fortes na Índia (69%), Coréia do Sul (68%) e Japão (65%). Em comum,são todas sociedades que viram dramáticas transformações econômicas desde o final da década de 1960, para não mencionar o fim do conflito armado no caso do Vietnã.
No Brasil a percepção não é das melhores com 49% da população acreditando que as coisa pioraram e 35% pensando que os dias atuais são melhores que aqueles vividos em 1967quando o Congresso Nacional rejeitou a emenda que restabelecia as eleições diretas e que promulgava a sexta Constituição, substituta a de 1946.
Em geral, e explicando alguns números estranhos, os especialistas do Pew Reserach Center acreditam que os países que são mais otimistas em relação à sua economia nacional são mais propensos a dizer que a vida hoje é melhor em comparação com o passado. Em geral, a correlação entre avaliações econômicas e pontos de vista do passado é bastante forte.
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