Muitas vezes questionamos se os embates do MMA são esporte ou pura selvageria. Vejam por exemplo a disputa do "German MMA Championship", em Düsseldorf, Alemanha, onde aconteceu um dos nocautes mais violentos do ano. Não só pelo golpe do vencedor, senão porque previamente o seu adversário decidiu debochar da situação ainda que estivesse em situação de inferioridade. Marcel Jedidi, de 32 anos, estava prostrado de costas no chão depois de receber uma saraivada de golpes por parte de Soufian Haj Haddou, de 26 anos. |
Enquanto seu rival buscava o melhor ângulo para finalizar a luta, Jedidi levou suas mãos por trás da nuca como fingindo que estava tirando um descanso em pleno octógono. Não foi uma boa ideia. Deu no que deu, levou uma bordoada, já apelidada de "soco meteorito" e dormiu como um bebê.
Os outros esportes de embate corporal tem regras mais estritas e ainda que hajam brigas entre os adversários, de vez em quando, somente os menos controlados comem a orelha do outro dentro do ringue. Dizem que duas pessoas agarrando-se a base se socos e trombadas até que um fica inconsciente é a perfeita combinação de diferentes artes marciais, mas, sinceramente, mais parece uma rinha de galos com seres humanos. Não é por acaso que o "esporte" nasceu no Brasil chamando vale-tudo -excetuando meter os dedos nos olhos, golpes na nuca ou nos testículos-.
Perfect KO !!! Souifan Haj Haddou brutally knocks out Marcel Jedidi at #GMC13 !! #GerMMAny pic.twitter.com/g8PnY9IpQB
— ibdbMMA (@ibdbmma) 16 de dezembro de 2017
Naquela época os desafios entre diferentes escolas e estilos estavam longe de ser sanguinários: o objetivo era imobilizar o rival e deixá-lo indefeso. Em definitiva, demonstrar a superioridade de uma arte marcial sobre a outra ante o monitoramento dos mestres. Nesse duelo de disciplinas, o jiu-jítsu impôs seu domínio graças à família Gracie, o clã de lutadores que passou o cetro de geração em geração. Mas a violência do MMA de hoje parece estar saindo do prumo; dias atrás um lutador teve a testa afundada.
A violência como espetáculo segue sendo vista com o rabo do olho e com desconfiança por vários setores. Enquanto isso o UFC acumula dinheiro e seguidores, sem se importar com as críticas. O fenômeno deste "vale-tudo" um pouco mais regulamentado parece estar em expansão em um século XXI que abomina a violência social, mas que dá legitimidade jurídica à violência dentro de uma "jaula" aramada, onde duas pessoas tentam tirar sangue um do outro ante a expectativa do público.
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Comentários
Opa... pisou na bola, irmão!
O cara não tava tirando onda, ele realmente tava apoiando a nuca pra relaxar a musculatura pq a posição sacrifica muito o pescoço.
É muito comum no MMA e não tem NADA de deboche.