Passageiros estão pedindo zonas livres de crianças nos vôos

Você já se sentou, no transporte público, ao lado de uma criança irritante ou birrenta que não para de fazer manha ou traquinagem o tempo todo? Com toda a honestidade, é bastante estressante, certo? Bem, você não está sozinho. Aparentemente, muitas outras pessoas estão pedindo que as companhias aéreas forneçam zonas livres de crianças em aviões. Elas não são as culpadas, lógico, mas como não dá para educar os pais que não educam seus filhos, a medida extrema vem sendo cogitada por algumas empresas.

Isso pode não ser agradável para muitos pais. No entanto, uma pesquisa recente da Airfarewatchdog descobriu que cerca de 52% dos passageiros das companhias aéreas realmente pagariam para permanecer em áreas sem a presença dos pequenos.

A pesquisa, realizada no final do ano passado perguntava aos passageiros se as crianças deveriam ficar em zonas separadas. Os resultados mostraram que muitos são favoráveis ​que famílias com crianças de 10 anos e abaixo se sentem em uma certa parte do avião, onde não possam incomodar ninguém. Uma possível idéia é que os pais usem um extremidade do avião e aqueles sem filhos na outra.

O debate ressurgiu depois daquele vídeo sobre um garoto gritando todo o vôo de oito horas da Alemanha para Newark, Nova Jersey. O garoto, que foi até apelidado de "capeta dos céus" por seus co-passageiros, pode ser visto gritando alto, correndo para cima e para baixo pelo corredor e se mexendo pelos assentos.

Muitos acreditam que o problema dessa nova geração é a educação laxa dada pelos pais, que muitas vezes acham gracioso ter um filho pestinha. Mas também há aqueles que justificam toda esta "energia" com desordens como o Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Curiosa e ironicamente, grandes especialistas -inclusive o cara que inventou a doença- desestimaram o TDAH, dizendo que é apenas uma prática para vender remédio, mas as pessoas diagnosticadas ou pais com filhos identificados simplesmente se ofendem quando ouvem falar disso, porque, ao que parece, é muito mais fácil medicar do que educar ou ajudar o filho a mitigar a vivacidade em atividades lúdicas.

Seja como for, algumas companhias aéreas como IndiGo, uma empresa indiana, já anunciaram zonas livres de crianças. Além disso, na Ásia, a AirAsia e a Malaysia Airlines já têm zonas para famílias com crianças, no entanto, as companhias aéreas internacionais ainda não comentaram se seguirão a nova tendência.

Isso pode apenas apresentar benefícios para os pais que viajam com crianças, afinal. Eles podem embarcar em aviões sem lidar com pessoas que não são suficientemente pacientes com crianças durante o vôo. Eles podem desfrutar de vôos sem a pressão adicional de outros passageiros. Além disso, eles não vão se preocupar em ter seus filhos filmados e publicados em mídias sociais.

Fonte: Express.