Todo mundo tem uma história sobre como conheceu alguma pessoa e que a primeira impressão foi péssima, mas acabou percebendo mais tarde que ela é realmente a pessoa mais legal do mundo, já que, se dermos chance, a primeira impressão pode não ser aquela que fica. De qualquer forma, geralmente, você só tem alguns segundos para fazer com que alguém queira passar mais tempo com você. Tudo importa: desde o sobrenome até o cheiro do seu suor. |
Por exemplo, vestir-se de forma totalmente desalinhada suscita desconfiança, ainda que um sujeito com traje todo esfrangalhado não diga nada de sua real personalidade, mas a primeira impressão não é boa. Exatamente por isso políticos se vestem de uma forma alinhada para aparentar retidão, ainda que não tenham nenhuma. Ou seja, julgamos e pressupomos rápido demais antes de fazermos outras considerações mais importantes.
Abaixo, compartilhamos algumas descobertas científicas sobre traços e comportamentos que fazem com que as pessoas não gostem de você, tanto on-line como pessoalmente. Dessa forma é possível, felizmente, ter algum controle sobre a maneira como os demais nos vêem.
1. Compartilhar muitas fotos no Facebook
Se você é o tipo de pessoa que compartilha fotos de suas refeições, formatura do primo, do seu cão fantasiado ou truques de maquiagem cheias de caras e bocas. Sinto muito em dizer: as pessoas detestam. Um estudo de 2013 descobriu que publicar muitas fotos no Facebook pode prejudicar seus relacionamentos da vida real. Ainda que todos seus amigos gostem realmente de você, não precisam saber tantos detalhes da sua vida.
2. Ter muitos, ou muito poucos, amigos no Facebook
Em um estudo de 2008, pesquisadores da Universidade Estadual de Michigan pediram aos estudantes universitários que olhassem perfis fictícios do Facebook e decidissem o quanto eles gostaram. Os resultados mostraram que o "ponto de equilíbrio" para a simpatia era de cerca de 300 amigos. As escolhas decaíam vertiginosamente quando um perfil tinha menos de 100 amigos e mais de 300.
Mas há um porém, a maioria dos voluntários do estudo tinham cerca de 300 amigos no Facebook. Assim, os pesquisadores reconheceram que, em uma entorno onde o número mais comum de amigos do Facebook é de 1.000, por exemplo, o ponto de maior equilíbrio poderia ser 1.000. De qualquer forma, uma pesquisa global de 2014 descobriu que a média de amigos do Facebook entre os usuários adultos era 338.
3. Divulgar algo extremamente pessoal no início de um relacionamento
Em geral, as pessoas gostam de trocar confidências. A auto-divulgação é uma das melhores maneiras de fazer amigos na idade adulta. Mas os psicólogos dizem que revelar algo muito íntimo, digamos, que sua irmã está tendo um caso extraconjugal, no início de uma amizade, pode fazer com que a pessoa desconfie de você. Afinal você mal a conhece e já está contando "podres" que não interessam a ela.
O segredo, como concluiu um estudo de 2013, liderado por Susan Sprecher na Universidade Estadual de Illinois, é simplesmente compartilhar detalhes sobre seus hobbies e suas memórias de infância favoritas. Isso basta.
4. Fazer perguntas a alguém sem falar sobre você mesmo
Esse mesmo estudo de 2013 encontrou uma advertência importante para a idéia de que a auto-divulgação prevê proximidade: deve ser mútua. As pessoas geralmente gostam menos de você, se não retribuir quando divulgarem algo íntimo. Ou o que é o mesmo, é preciso haver uma troca para gerar a proximidade mútua.
5. Publicar uma foto de perfil de close-up
Se o seu perfil de qualquer rede social apresentar uma imagem do seu rosto praticamente encoberta contra a câmera, você talvez deveria trocá-la. Pesquisas do Instituto de Tecnologia da Califórnia sugerem que os rostos fotografados a partir de meio metro são considerados menos confiáveis, atraentes e competentes do que os rostos fotografados de 1,35 metros.
6. Ocultar suas emoções
Uma pesquisa sugere que deixar seus sentimentos reais fluírem é uma boa estratégia para que as pessoas gostem de você; melhor do que ficar ocultando tudo que envolve a sua vida. Instintivamente, as pessoas que resguardam seus sentimentos, acabam sendo mais desagradáveis (mesmo que não percebam) que as pessoas que reagem naturalmente.
Acontece também que quando os interlocutores notam que alguém está escondendo suas emoções, podem interpretar isso como um desinteresse nas coisas emocionais. A expressão facilita a proximidade, apoio social e coordenação interpessoal.
7. Ser muito "bonzinho"
Faz sentido lógico que quanto mais amável e mais altruísta alguém pareça, mais pessoas gostarão dele. Mas isso quase sempre não é verdade. Além da "sinalização de virtude" tão em voga na mídia social, um estudo de 2010 da Universidade Estadual de Washington e do Desert Research Institute descobriram que as pessoas, em geral, desconfiam das reais intenções dos comportamentos muito altruístas, suspeitando motivos ocultos, ainda que, às vezes, eles não existam.
8. Falsa modéstia
Em um esforço para impressionar amigos e potenciais empregadores, algumas pessoas fazem afirmações que indica modéstia, mas cujo verdadeiro objetivo é gabar-se de algo. Esse comportamento, também conhecido como "humblebragging", pode ser um tiro no pé, de acordo com um estudo recente da Harvard Business School.
Fazer afirmações do tipo: - "Meu problema é ser muito perfeccionista!", - "É difícil viver com esta minha auto-crítica!", - "Ninguém suporta minha mania de organização!", são significativamente desagradáveis (e inclusive falsas) para o interlocutor.
9. Ficar muito nervoso
Nunca deixe ninguém ver -ou cheirar- seu suor. Pesquisas sugerem que o odor do seu suor nervoso pode influenciar subconscientemente os julgamentos das pessoas sobre sua personalidade. Em 2013, os pesquisadores do Monell Chemical Senses Center fizeram com que participantes assistissem vídeos de mulheres em situações cotidianas, enquanto cheiravam -sem saber- três tipos de suor: produzido durante um exercício, durante uma situação estressante e o produzido durante uma situação estressante encoberto com desodorante.
No resultado os participantes avaliaram as mulheres com pontuações mais baixas quando sentiram o cheiro do suor induzido pelo estresse, independente da situação. Já o cheiro do suor do estresse com antitranspirante, foi avaliado de forma mais positiva. Mais um motivo para usar desodorante.
10. Não sorrir
Quando você está em um evento e conhece muitas pessoas novas, pode ser difícil manter um sorriso estampado o tempo todo no seu rosto. Mas continue tentando. Em um estudo da Universidade do Wyoming, cerca de 100 mulheres olharam as fotos de outras em uma das quatro poses: sorrindo com uma posição do corpo aberta, sorrindo em uma posição introvertida, não sorrindo extrovertida, ou não sorrindo introvertida. Os resultados mostraram que todas preferiram as fotos com sorriso, independentemente da posição do corpo.
Mais recentemente, pesquisadores da Universidade de Stanford e da Universidade de Duisburg-Essen descobriram que os voluntários preferiam interagir on-line com pessoas que tinham fotos de perfil sorridentes, quanto mais "boca aberta" o perfil, maior era a sua popularidade. Outro estudo descobriu que sorrir quando você conhece alguém ajuda a garantir que se lembrem de você mais tarde.
11. Agir como se não gostasse de alguém
Os psicólogos já sabem faz um tempo sobre um fenômeno chamado "reciprocidade de atração": quando descobrimos que uma determinada pessoa gosta de nós, nós também gostamos dela.
Em um estudo da Universidade de Waterloo e da Universidade de Manitoba descobriram que, quando queremos que as pessoas nos aceitem, agimos de forma mais simpática em relação a elas, aumentando assim as chances de que elas realmente acabem gostando de nós. Então, mesmo que você não tenha certeza sobre o que uma pessoa com a qual você está interagindo pense sobre você, agir como se gostasse dela provavelmente vai fazer com que goste de você.
12. Ser muito (ou nada) religioso
Um estudo realizado recentemente por neurocientistas da Case Western Reserve University e Babson College sugere que o confronto entre os extremismos religiosos e ateístas é uma das constantes ideológicas nas sociedades modernas e ocidentais mais enfadonhas que podemos enfrentar. Esta sorte de dualidade irreconciliável em que ademais existe um elemento de suposta superioridade, de um lado moral e de outro racional, só serve para "espalhar rodinhas", quando na realidade a simples aceitação e respeito pela religiosidade ou pela descrença, de um em relação ao outro, acabaria com todas as discussões.
13. Ter um nome difícil de pronunciar
Nós sabemos: esta não é realmente justo. Mas um estudo de 2012, de pesquisadores da Universidade de Melbourne, da Universidade de Leuven e da Universidade de Nova York, descobriu que as pessoas com sobrenomes mais complicados são julgadas de forma mais negativa. No estudo os voluntários leram um artigo falso do jornal acadêmico em que um tal de Fulano Paradowska iria concorrer com Sicrano Vougiouklakis a um conselho interno da Universidade. O Paradowska ganho de goleada do outro com nome de arranhado de gato em telhado de zinco.
Não precisa ir muito longe: quantas vezes você já odiou digitar "Suwarzineger" para saber algo sobre o Exterminador do Futuro?
14. Referências famosas
Pode ser tentador mencionar o nome daquele famoso autor (ou amigo) para impressionar seu parceiro de conversa. Mas a tática pode não ser muito agradável, sobretudo quando são referências clichês como o autor da frase "Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar!", que todo mundo sabe que é da Martha Medeiros ou então "A mentira pode percorrer meio mundo antes que a verdade calce suas botas!", que tem tantas atribuições que ninguém sabe mesmo quem escreveu.
Um estudo da Universidade de Zurique de 2009, indica que a menção de nomes de famosos faz com que as pessoas pareçam menos agradáveis e menos competentes.
Fonte: Business Insider.
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Caguei. Em abril de 2019 fez 4 anos que deletei Facebook, Twitter, Linkedin e Twitter. Uma das melhores coisas que já fiz. E não sinto falta nenhuma.
Frescura...