Nós já mostramos o trabalho de Pawel Kuczynski, um artista polonês que nos últimos anos vem satirizando com seus traços algumas situações contemporâneas e outras que poderiam ser consideradas os problemas eternos do ser humano. Em seus desenhos convivem a política e a democracia, a morte, os meios de comunicação e mais, sempre com seu rosto mais sinistro, ainda que com uma careta irônica em que o riso, ainda que inevitável, não deixa de ser incômoda. Sim é um carrossel. |
Quase desde o momento mesmo em que as redes sociais irromperam em nosso presente, tomaram uma prática muito específica e de imediato muito popularizada: servir como uma cato do cotidiano de seus usuários. Hoje em dia, a maioria estamos tão familiarizados com esse uso que nos parece normal e talvez inclusive inquestionável. Para isso servem as redes, não? As selfies, as imagens do que comemos, o check-in dos lugares que visitamos e às vezes inclusive os pensamentos e ocorrências que passam por nossa cabeça. Tudo, de uma forma ou outra, pode encontrar expressão pontual em um post do Facebook, Instagram ou Twitter.
Mas ainda que a mídia social seja um dos principais assuntos de Pawel, ele não bebe somente dessa fonte e, à primeira vista, suas imagens podem parecer reações imediatas e viscerais dos problemas do mundo em nossos dias, mas trata-se simplesmente de um recurso para que o espectador questione sua realidade cotidiana, desde as redes sociais até a política e economia.
Pawel, de 40 anos de idade, afirma que não é muito partidário das telas:
- "Prefiro o papel, as aquarelas, os lápis de cores, gosto do cheiro da tinta..." Mas, pese essa postura de desconfiança em frente à especialização técnica, ainda acha que a ilustração é um idioma e para os ilustradores, esta é uma etapa muito boa, segundo conta.
A verdade é que o artista polonês é um mestre absoluto em mostrar que os absurdos e as falhas que parecem ter sido aceitas à medida em que a norma se torna evidente, combinando comentários sociais poderosos e sátiras com peças ilustradas, para nos fazer sentar e reavaliar nossas prioridades.
- "Desde o início, descobri que a ilustração era a melhor maneira de expressar minhas observações", disse Pawel. - "Eu sempre digo que sou um ilustrador de um momento surrealista, o que se reflete no meu trabalho."
No momento em que o Facebook senta no banco dos réus por vender nossos dados, as guerras que continuam a se espalhar pelo mundo, a pobreza, a desigualdade e a degradação ambiental em todos os lugares, essas ilustrações são altamente relevantes e profundamente instigantes.
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Comentários
Que tapa na cara !!!