Convertida ao Islã, Sinéad O'Connor disse que «gente branca é asquerosa» e causou repúdio nas redes

Muito antes do costume (ou golpe de marketing) que algumas cantoras da atualidade têm de despirocar, Sinéad O'Connor já polemizava com sua conturbada carreira. A maioria das vezes pelos motivos certos, mas lançando mão de atitudes equivocadas, a cantora irlandesa de 51 anos teve a vida marcada por altos e baixos que moldaram sua personalidade e lhe marcaram para sempre. Agora, que se converteu ao islamismo e se chama Shuhada Davitt, foi de novo notícia por polêmicos comentários nas redes.

Recentemente, a artista voltou a surpreender com suas declarações. Em sua conta do Twitter, afirmou que nunca mais quer passar o tempo ao lado de "brancos asquerosos", ideia que referendou em uma série de tuites depois de sua recente conversão ao Islã.

- "Lamento muito. O que estou prestes a dizer é algo tão racista que nunca pensei que minha alma pudesse sentir. Mas, em verdade, nunca mais quero voltar a passar meu tempo com pessoas brancas (como são chamados os não muçulmanos). Nem por um momento, por nenhuma razão. Eles são nojentos", escreveu no tuite, que gerou grande repúdio entre os tuiteiros.

Os internautas responderam rapidamente à mensagem da agora Shuhada, e alguns sugeriram que é um exemplo de radicalismo, enquanto outros lhe aconselharam a não fazer declarações baseadas na raça ou religião.

- "Você também é asquerosa, porque também é branca!", - "Nem todos os não muçulmanos vão te maltratar. Do mesmo modo que nem todos os muçulmanos vão te tratar bem!", - "Em vez de se concentrar na cor ou religião de alguém, centre-se naqueles que são bons e amáveis para passar tempo com eles", foram alguns dos comentários, entre outros impublicáveis.

Sinéad também escreveu em outra mensagem que seria interessante ver se o Twitter a proibirá, enquanto permite que gente como Donald Trump, escreva lixo satânico na rede.

Em suas últimas publicações a irlandesa também aparece cantando o adhan, a chamada à oração muçulmana, e veste hijab ou véu islâmico.

Sinéad atingiu a fama mundial nos anos 90 graças à canção "Nothing Compares 2 U", composta por Prince -que detestava esta versão-, que chegou a compor a lista das 500 melhores da história da revista Rolling Stone. É também recordada por rasgar em 1992, durante um programa em uma rede de televisão americana, uma fotografia do então papa João Paulo II, em protesto pelos abusos sexuais cometidos contra menores.

Em 1998 a cantora irlandesa foi ordenada sacerdotisa por uma igreja dissidente em Lourdes, na França. No entanto, a cerimônia não foi reconhecida pela Igreja católica.

Nos últimos anos, a artista contou reiteradas vezes que sofre de depressão e que muitas vezes já pensou em se suicidar. Também confessou que se foi vítima de abuso na infância. Em maio de 2016, a cantora desapareceu da cidade de Chicago, onde viveu durante vários meses. A Polícia procurou a cantora por mais de um dia e tratou seu desaparecimento como um caso de possível suicídio. Ela já foi diagnosticada com doença bipolar.