Dois estudantes fraudaram a Apple enviando milhares de iPhones falsos para consertar

Em uma suposta fraude sem precedentes, Yangyang Zhou e Quan Jiang, dois estudantes de engenharia, levaram milhares de iPhones falsos aos Estados Unidos, queixaram-se a Apple de que não funcionavam e receberam iPhones autênticos como substituição. Os estudantes enviaram os telefones genuínos a amigos e familiares no estrangeiro para gerar ganhos, das quais levavam uma percentagem. Tanto Zhou como Jiang são cidadãos chineses com vistos de estudante F-1 válidos.

Os promotores afirmam que eles enviaram 3069 iPhones a Apple reclamando a garantia, dos quais 1493 resultaram em que a Apple desse telefones de substituição. A empresa calcula sua perda por este tipo de fraude com uma taxa regular de $600 por iPhone, a perda total é de $895.800. O resto das 1576 reclamações foram recusadas por manipulação.

A Apple devolveu os telefones falsos junto com cartas que explicavam por que se tinham recusado as reclamações de garantia, o que põe em dúvida a defesa de ambos estudantes que diz que nenhum dos dois sabia que os telefones em questão eram falsificações.

Os agentes federais começaram a pesquisar esta fraude de falsificação em 2017. O Escritório de Proteção Fronteiriça confiscou mais de cinco envios de telefones falsos vindos da China dirigidos a Zhou e Jiang. A polícia encontrou mais de 300 iPhones falsos, registros de envio e registros de garantia na residência de Jiang. Os funcionários públicos também encontraram ao menos quatro caixa postais no nome de Zhou, uma das quais continha um pacote com 25 iPhones falsos. Os investigadores também citaram os próprios registros da Apple, que detalhavam 16 devoluções dirigidas a Zhou em seu endereço.

Jiang enfrenta acusações de tráfico de produtos falsos e fraude eletrônica. Isso significa que poderia receber multas de até $2.000.000 ou 10 anos de prisão, ou ambos, pela acusação de falsificação. E uma multa não especificada e 20 anos adicionais por fraude eletrônica. Já Zhou é acusado de enviar informação falsa ou enganosa na declaração de exportação. Isso implica uma multa de até $10.000, ou cinco anos de prisão, ou ambos.