O dia em que Christopher Lee quase matou um italiano de susto

Christopher Lee, o ator britânico conhecido por sua versatilidade e longevidade cinematográfica, além de um notório cantor de ópera e metal progressivo, foi um dos atores mais prolíficos do cinema, de fato, realizou mais de 200 produções, o que faz dele o ator ocidental com mais participações no cinema. Entretanto, ele ficou marcado para sempre por interpretar o Conde Drácula, personagem que encarnou por diversas vezes.

É fácil inferir porque ele foi originalmente escolhido como Vlad: tinha 1m96 com uma voz sepulcral e porque tinha um grande senso de humor que o permitia atuar para tornar o inacreditável crível. Foi ele quem emprestou todo este suspense e medo aos vampiros em 1958, quando Drácula era relativamente pouco conhecido e que Bella Swan e Edward Cullen nem pensavam em nascer.

Em 1963, depois de dirigir a noite toda, quando visitava a Itália com a esposa, a ex-atriz e modelo dinamarquesa Gitte Lee, o pneu de seu carro furou. Para seu desconsolo, ao verificar o estepe descobriu que estava murcho também.

Ele logo viu luzes de casas nas proximidades e pediu a Gitte, que estava grávida de Christina Erika, que aguardasse no carro, enquanto ele procurava um telefone ou socorro. Naquela escuridão toda, o homem tropeçou e foi parar de cara dentro de uma vala na beira da estrada.

Em uma entrevista de 1997, Lee contou que não conseguia parar de rir enquanto se agarrava em uma touceira de capim para sair do buraco. Coberto de lama da cabeça aos pés, ele caminhou até chegar a uma das casas e bateu na porta.

- "O proprietário abriu a porta", lembrou Christopher Lee. - "Deu uma olhada em mim, aquela figura medonha que parecia ter saído de uma cova, e berrou 'È lui!' (É ele!), e desmaiou."

Mais tarde, depois que o infeliz chefe de família se recuperou do susto, ele contou que tinha visto o Drácula na noite anterior.