As previsões deste profissional de saúde sobre o coranovírus não são nada boas

Como tudo que está relacionado a saúde pública há um disse-que-disse nas redes sociais que consegue confundir até as pessoas mais céticas. Além da pandemia vivemos um momento de "infodemia" que mistura emoções com notícias falsas especialmente por conta do medo do desconhecido. Se por um lado existem aqueles que inventam curas estrambóticas para o covid-19, como uísque, hibisco e chá de abacate; por outro há aqueles que dizem que a doença é uma estratégia chinesa visando manter seu crescimento desenfreado.

Também há aqueles que em menor medida, tentam conter o pânico generalizado contando mentiras ou ocultando a realidade, o que não ajuda nem um pouco também, pois engrossa o caldo das conspiranoias, dessa vez do antro político.

Nesse sentido a fala de Carlos Machado, médico e professor com quase 40 anos de experiência, me pareceu a mais sensata. Ele repete as informações divulgadas pelos órgãos de saúde: o problema da doença não é a taxa de letalidade, senão a forma rápida com que se espalha.

Por ser um vírus novo, para o qual ninguém tem ainda imunidade, quem for exposto ao vírus vai ter que desenvolver anticorpos a ele. Segundo os especialistas de saúde, o covid-19 vai se desenvolver como um resfriado comum -muitas vezes nem percebido- na grande maioria dos casos, sobretudo nos mais jovens, e só uma minoria irá apresentar sintomas mais graves, como uma obstrução repentina das vias aéreas, resultado de uma broncopneumonia. É esta particularidade da doença que deu pé a conspiranoia que o covid-19 é um doença para matar idosos.

Diante de todo este cenário e se quisermos minimizar as consequências de hospitais e postos de saúde coalhados de gente dentro de poucas semanas, há algumas atitudes que todos poderíamos adotar: lavar as mãos, sempre que possível. Lavar as mãos e depois o rosto assim que chegar em casa. Não cumprimentar ninguém e manter uma distância segura e, se possível, ficar dentro de casa.