Há 75 anos ocorria a primeira explosão atômica, que ademais criou um novo mineral: a trinitita

Há exatos 75 anos, em 16 de julho de 1945, ocorreu a experiência Trinity, a primeira explosão de uma arma nuclear, a cargo dos Estados Unidos, que foi feito em um remoto enclave do deserto no que é hoje o Campo de Teste de Mísseis de White Sands, perto de Alamogordo, no Novo México. A bomba detonada usava como material de fissão o plutônio, igual a que foi lançada semanas depois sobre Nagasaki, no Japão. Às 05:29:45 hora o dispositivo explodiu com uma energia equivalente a 19 kilotons, equivalentes a 19.000 toneladas de TNT, deixando uma cratera no solo desértico de 3 metros de profundidade e 330 metros de diâmetro.

Depois da explosão, a areia do deserto, composta principalmente de sílica, derreteu se tornando um vidro verde claro, que foi chamado de trinitita, também conhecida como Atomsita ou Vidro de Alamogordo.

A trinitita é um vidro criado pela verificação das areias do deserto de Alamogordo. O vidro é composto de areia arcósica composta de grãos de quartzo e feldspato -tanto microclina quanto uma quantidade menor de plagioclase-, com pouca proporção de calcita, hornblenda e augita em uma matriz de argila arenosa, que foi derretida pela explosão atômica. É ligeiramente radioativa, ainda que pode ser manipulada sem perigo.

O estampido da explosão demorou 40 segundos para atingir os observadores e a onda de choque foi sentida a 160 quilômetros de distância. A nuvem em forma de cogumelo atingiu 12 quilômetros.

A área depois foi declara Monumento Histórico Nacional em 1975 e é acessível ao público durante o primeiro sábado de abril e de outubro. Ainda existe uma pequena radiação residual no lugar. O Monumento Trinity, formado por uma rocha áspera e escura em forma de obelisco de uns 3,6 metros de altura, marca o hipocentro da explosão.