A lendária acrimônia da separação dos Beatles transparece no filme de Michael Lindsay-Hogg, "Let it Be", de 1970, que documenta a gravação de seu último álbum de estúdio e seu famoso show de despedida no telhado, acompanhado pelo tecladista Billy Preston. As coisas ficaram tão tensas que George Harrison deixou o local algumas vezes durante as sessões. Mais tarde, ele disse que aquilo foi - "...a pior coisa de todos os tempos.". Lennon foi mais longe: "... inferno ... que sessões mais miseráveis." |
Não há dúvida de que Lindsay-Hogg construiu o filme em torno do drama de estúdio, em vez de monotonias, bocejos rotineiros sem brilho de quatro pessoas que se conheciam muito bem, ele preferiu dar destaque às cenas mais dramáticas que evidenciavam o fim da banda.
Ironicamente, "Let it Be" deveria se chamar "Get Back, mas sabe-se lá o porquê mudaram o nome no último momento. Agora, o cineasta neozelandês Peter Jackson, conhecido por dirigir a trilogia "O Senhor dos Anéis", mostrou cinco minutos de clipes exclusivos de seu documentário "The Beatles: Get Back", que será lançado em 2021, após os atrasos provocados pela pandemia do novo coronavírus.
Com base nos conhecimento de restauração via IA que ele adquiriu durante a produção de "Eles não envelhecerão", Jackson e sua equipe vasculharam centenas de horas de filme, juntando 56 horas de filmagens nunca antes vistas.
- "O filme promete ser a experiência definitiva com a qual os fãs dos Beatles sempre sonharam", diz Jackson. - "Podemos sentar no estúdio para assistir esses quatro amigos fazerem uma ótima música juntos."
O filme também apresentará uma visão muito mais brilhante da separação dos Beatles e foi feito com a permissão total dos membros sobreviventes Paul McCartney e Ringo Starr, bem como de Yoko Ono e a esposa de George Harrison, Olivia. Como Ringo disse em entrevista:
- "Havia horas e mais horas de nós apenas rindo e tocando, nada parecido com a versão que saiu. Tinha muita alegria e acho que o Peter vai mostrar isso. Acho que essa versão será muito mais pacífica e amorosa, como realmente éramos."
Para comprovar o que Ringo disse, Paul McCartney, que acabou de lançar seu último álbum, McCartney III, tuitou o clipe de cinco minutos acima ontem, no qual Jackson apresenta o que ele chama de "montagem" do processo de edição do filme até agora.
A vivacidade das imagens é um resultado do processamento digital por inteligência artificial, que Jackson diz que foi desenvolvido por ele e sua equipe, mas isso não procede, pois as redes neurais de aprendizado automático são todas de código aberto.
O que mais se destaca é a alegria que a banda claramente ainda sentia na companhia um do outro, "apenas rindo e tocando música", como Ringo lembra. "Get Back" está programado para lançamento nos cinemas em agosto de 2021.
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Beatles: respeito mas não gosto.