Mapa ilustra com detalhes quantos super-ricos tem cada país do mundo

Em nenhum outro momento de sua história a humanidade foi capaz de gerar tanta riqueza como nos últimos duzentos anos. O capitalismo é um sistema, nesse sentido, insuperável. Agora bem, por todas suas virtudes podemos listar outros tantos defeitos. O principal: não é efetivo distribuindo a riqueza que gera. Alguns, muito poucos, têm enormes quantidades de dinheiro. Outros, muitos, mal temos grama para chegar ao final do mês.

Assim, enquanto 0,002% da população mundial -aqueles com fortunas superiores aos $30 milhões- acumula 7% da riqueza, a população mais pobre, mais de 50%, mal é dona de 9%. Um contraste ainda mais acentuado quando nos fixamos na minoria absoluta da economia universal: os super-ricos. As 2.095 pessoas cuja fortuna em 2020 supera o bilhão de dólares. O cume da pirâmide capitalista.

Mas como se repartem? A desigualdade não é só econômica, senão também geográfica. Este mapa de HowMuch ilustra até que ponto: 614 (29% deles) é de origem americana. Em nenhum outro país convivem tantos bilionários. A China segue de longe (388), e a uma maior distância a Alemanha (107), a Índia (102), Rússia (99), Hong Kong (67), Brasil (45), Reino Unido (45), Canadá (44) e França (39).

Como é evidente, não existe uma correlação direta entre o volume de supe-ricos e a riqueza por habitante de cada país. A Índia é um exemplo muito significativo: seus 73 milhões de pessoas abaixo da linha de pobreza (5% de sua população) convivem com uma centena de bilionários. Em menor medida, um fenômeno similar ocorre na Rússia, México ou Brasil. Países com enormes desigualdades sociais. Sim existe no entanto certa relação. Continentes mais pobres, como África ou América Latina, têm um menor número de supe-ricos.

Tão seleto clube de abastados perdeu algo de dinheiro durante os últimos tempos. A Forbes estima que sua riqueza total supera os $8 trilhões, uns $700 bilhões menos que no ano passado a estas alturas. A lista também é mais curta. Há 58 bilionários a menos que em 2019. E ao todo, 51% dos 2.000 privilegiados é menos rico hoje que há três meses.