Os nazistas pretenderam ressuscitar os mortos? A história parece absurda mas há quem tenha proposto a hipótese de que existiu um programa secreto no qual que uma equipe de cientistas esteve trabalhando na criação de um exército de zumbis. Não parece disparatado pensar que os Nazistas achavam que seria possível ressuscitar os mortos, porque eles tiveram várias frentes de trabalho dentro do terreno do sobrenatural, das relíquias religiosas ou a procura de entradas secretas a mundos desconhecidos. |
Por exemplo, a Ahnernerbe foi um grupo de investigação de fenômenos paranormais criada por Heinrich Himmler, chefe da SS, em 1 de julho de 1935. Depois, já em plena Segunda Guerra Mundial, seria ampliada por ordem direta de Adolf Hitler, um apaixonado pelo ocultismo .
As forças especiais do exército nazista foram criadas baseando-se em crenças ocultistas. No castelo de Wewelsburg estava o quartel geral dá SS e foi o palco dois rituais de iniciação de seus membros, cavaleiros inspirados na lenda de Artur.
Ali invocaram os poderes das runas e inclusive o logo desta organização era inspirado nelas. Utilizaram psicólogos e astrólogos para combater o inimigo e suas táticas estavam baseadas no alinhamento estelar. Os Nazistas também tentaram criar supersoldados mediante o uso de esteróides e drogas, inspirando-se livremente no Übermensch, o super-homem do livro "Assim Falou Zaratustra", de Nietzsche.
Não temos nenhuma prova tangível ou evidência científica, além dos interesses conhecidos de Ahnenerbe e Himmler, de que o Terceiro Reich estaria preocupado com questões como a ressurreição dos mortos ou zumbis. Mas em 28 de abril de 1945, os Aliados encontraram uma câmara secreta em um depósito de munição da mina de Turíngia contendo quatro caixões.
Um deles continha o corpo de Frederico, o Grande, Rei da Prússia, os outros dois o do Marechal de Campo Von Hindenburg e sua esposa, e no último havia uma placa com o nome de Adolf Hitler.
Não se sabe o que pretendiam fazer com esses corpos, mas foi levantada a hipótese de que queriam ressuscitar seus líderes militares. É aí que entra a teoria do zumbi nazista.
Em 1943, Wolfram Sievers, diretor do Ahnenerbe e do Instituto para o Interrogatório e Pesquisa Científica Militar em Nuremberg, supervisionou um programa assustador de exames médicos em prisioneiros de campos de concentração, alguns dos quais ocorreram em paralelo com o conceito de ressuscitar os mortos.
Havia três categorias principais de experimentos médicos antiéticos conduzidos por cientistas nazistas, a maioria deles sob a supervisão de Sievers e dos Ahnenerbe. A primeira categoria era o teste de sobrevivência. A ideia era determinar os limites de sobrevivência humana para os soldados nazistas.
Por exemplo, em Dachau foi feita uma tentativa de determinar a temperatura na qual o corpo humano começaria a falhar em caso de hipotermia, e também a melhor maneira de ressuscitar um ser humano quase congelado. Os métodos usados foram, como se pode imaginar, degradantes e desumanos.
A segunda categoria de testes estava usando drogas experimentais e cirurgias. Vacinas contra malária, tifo, hepatite ou tuberculose foram testadas nos prisioneiros. Antídotos para armas químicas como o gás mostarda também foram usados.
Não menos sério foi o experimento realizado em novembro de 1944 no campo de concentração de Sachsenhausen com um coquetel de drogas chamado D-IX. Incluía cocaína; pervitin, a droga maravilha da Alemanha nazista; eucodal, um analgésico à base de morfina e cocaína sintética. Aliás é famosa a história de um soldado da Finlândia, então aliada da Alemanha, que tomou uma overdose da anfetamina, teve um apagão e só recobrou a consciência quando estava a mais de 100 km do ponto de onde partiu.
A terceira categoria é mais conhecida, é a do Dr. Josef Mengele, que fez experiências com seres humanos de diferentes raças para verificar sua resposta às doenças contagiosas. O projeto de Himmler, Lebensborn, que visava criar arianos puros, também seria enquadrado aqui.
Apesar de toda a literatura publicada, não há nenhum documento que chegou até nós sobre este programa de criação de um exército de zumbis nazista. Acreditar ou não na sua existência é algo que a literatura, principalmente o mundo dos quadrinhos, e do cinema, por exemplo, o filme "Zumbis na Neve" (completo acima), foi responsável por nos mostrar em inúmeras ocasiões.
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