Ai-Da é a primeira humanoide a pintar com inteligência artificial

O galerista Aidan Meller e uma grande equipe conformada por psicólogos, programadores, engenheiros mecatrônicos e especialistas em robótica começaram faz 2 anos com o desenho de Ai-Da. A equipe que trabalhou nas instalações da Universidade de Oxford criou o primeiro robô humanoide ultrarrealista do mundo, que possui como habilidade destacada sua capacidade para pintar e "expressar artisticamente". O nome Ai-Da homenageia Ada Lovelace, pioneira da informática.

O mais inovador de Ai-Da é que suas obras e ela estarão presentes durante a 59ª Exposição Internacional de Arte na Bienal de Veneza. "Saltando para o Metaverso" será o espetáculo individual de Ai-Da, tecnicamente um evento paralelo durante a bienal, organizado pelo Concilio Europeu da Arte e o mais perto que poderá estar do evento principal fora do palco.

Além disto, no dia a dia Ai-Da atenderá os visitantes na Galeria InParadiso. A robô única em seu tipo faz desenhos, pinturas e esculturas, e também é uma espécie de artista da performance que interage com os espectadores. Meller considera-a uma artista por direito próprio e uma obra de arte conceitual, ainda que dentro e fora do âmbito artístico Meller e sua robô recebam uma considerável quantidade de críticas.

Sobretudo porque, para além de entender os alcances do desenvolvimento da inteligência artificial, muitos especialistas começam a se perguntar onde deve estar o limite ético em cada um destes desenvolvimentos. Conquanto Ai-Da não representa "uma ameaça" à existência humana ao estilo de Hollywood nem deixa sem trabalho ou espaços de expressão artística a pintores de renome ou emergentes, sim propõe perguntas sobre o que significa a arte, a criatividade e a imaginação.

Teria que seguir de perto os passos desta artista robótica para encontrar novas respostas, ou talvez, novas perguntas.