Este foi o verdadeiro disco voador da Força Aérea dos EUA

No final dos anos 1950, a Força Aérea dos EUA financiou um projeto secreto para desenvolver um disco voador. O engenheiro da Avro Canadá, John "Jack" Frost, a principal mente por trás do Avrocar, estava profundamente envolvido no "efeito Coandă", um fenômeno no qual o fluído (incluindo ar) vindo de um orifício fica próximo à superfície plana ou curva ao adjacente, criando uma área de menor pressão. Para o VZ-9, a ideia era que o efeito Coandă redirecionasse o ar de um turborotor sob o veículo para fornecer sustentação.

Originalmente projetado como uma aeronave semelhante a um caça capaz de velocidades e altitudes muito altas, nos primeiros anos da Guerra Fria, o projeto foi repetidamente reduzido ao longo do tempo e a Força Aérea dos EUA acabou abandonando-o. O desenvolvimento foi então assumido pelo Exército dos EUA para um requisito de aeronave de combate tático, uma espécie de helicóptero de alto desempenho.

O registrou cerca de 75 horas de voo no final do teste de voo. Julgado por seu desempenho, o Avrocar foi um fracasso monumental: não conseguia se erguer com segurança a mais do que alguns metros do solo, e seu design bulboso limitava o desempenho em alta velocidade, acompanhado de calor insuportável e ruído de escape estridente, tornando-o impraticável para o militares.

Embora considerado um fracasso técnico, seu design seria profético: era uma saia de borracha que não viria a equipar os primeiros hovercrafts do mundo, o Saunders Roe SR.N1 que também decolou em 1959.

Ademais nos testes de voo, o Avrocar provou ter problemas de empuxo e estabilidade não resolvidos que o limitaram a um voo degradado e de baixo desempenho. John propôs algumas mudanças que não foram aceitas, e o Avrocar e os programas VTOL supersônicos foram oficialmente cancelados em dezembro de 1961 pelos militares dos EUA.